Os nossos políticos não param de nos surpreender.
Talvez por isso, estão cada vez mais desacreditados e dão motivos a que
apareçam alguns oportunistas demagogos que, de acordo com a História,
constituem sempre um perigo para a Democracia.
Ainda ontem, numa pequena reportagem sobre o debate
quinzenal no Parlamento, ouvi o primeiro-ministro dizer que agora estamos muito
melhor do que estávamos quando este governo iniciou funções. Fiquei
estupefacto. Então o país empobreceu, é muito maior o número de cidadãos
portugueses que vivem em situação de pobreza ou no limiar da mesma, e o tipo
faz de conta que não sabe e diz que estamos melhor? É preciso ter lata!
Há dias Passos Coelho comentando a venda/não venda dos
Mirós referiu que o contrato com a leiloeira era um contrato de “chave na mão”.
Quando o ouvi dizer este disparate, interroguei-me se o homem teria sido
vendedor de apartamentos, pois a linguagem utilizada é impropria quando falamos
de obras de arte e própria dos negócios imobiliários. E concluí: pobre país que
tem um chefe de governo destes!
Entretanto, dá-se o episódio dos inconseguimentos (o
quê?) e outras expressões da Presidente da Assembleia da República, a qual não
se ficou por aí. Não é que a loira senhora queria que as despesas das
comemorações dos quarenta anos do 25 de Abril fossem suportadas por mecenas ou,
melhor dizendo, por patrocínios? Imaginei logo a D. Florinda – aquela velhinha
simpática que faz publicidade ao Continente – a dizer: “no meu tempo num abia
binte e cinco de Abril!”. Dá para rir. Felizmente que a ideia não foi avante!
Mas até o Tozé não fugiu à regra. E foi inventar
aquela do tribunal especial para os investidores estrangeiros. Ó Tozé; acorda,
pá. Se é para dizeres disparates, então não fales.
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