A
ministra da Justiça apresentou o novo mapa judiciário e, fazendo jus à canção
que diz: “loira não é burra, tem é preguiça de pensar”, a loira Paula Teixeira
da Cruz, ministra da Justiça, prevendo contestação ao novo mapa, resolveu,
entre duas ou três banalidades, arranjar um argumento para ela de peso, dizendo
que encerravam apenas vinte tribunais enquanto o PS tencionava encerrar
quarenta. Não é insólito o governo justificar uma medida polémica com o
argumento de que a oposição faria pior, e menos ainda que esconda o que ela tem
de pior. A loira não explicou que para lá dos vinte tribunais que fecha vai
transformar outros vinte e sete naquilo a que chama secções de proximidade que
não serão mais do que uns escritoriozinhos de representação ou, pior ainda, uma
espécie de “correspondentes de…”, que antigamente funcionavam em algumas tascas
das aldeias do interior. E mais, também não explicou essa coisa das secções de
instância central e das secções de instância local que pode levar a que um
cidadão de uma pequena localidade possa vir a ter que tratar, relativamente ao
mesmo caso, do processo crime, numa localidade, e do consequente processo cível,
noutra, ambas a vinte ou mais quilómetros de distância. Enfim, uma reforma
feita em cima do joelho, sem dar ouvidos a quem poderia dar ajuda, nomeadamente
às autarquias. A arrogância do costume!
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário