Neste fim de semana, mais propriamente ontem Domingo, Atenas viveu momentos de extraordinária violência, em consequência dos protestos de muitos cidadãos contra as novas medidas de austeridade impostas à Grécia pelos dirigentes europeus, a mando da "patroa" Merkel, para que aquele país possa beneficiar de novo resgate financeiro. Nada, mas mesmo nada, justifica o que se passou, com prédios, viaturas e lojas a arder e uma autêntica batalha campal travada entre os manifestantes e a polícia. Ah, e os dirigentes políticos gregos não tratam nem falam para os seus concidadãos como se fossem gente de segunda, nem os insulta chamando-lhes, entre outras coisas, piegas. Mas há situações de tal maneira dolorosas para as pessoas que, de cabeça perdida, as leva a tomar atitudes impensáveis noutro contexto.
Portugal é, como sabemos, um país de brandos costumes. Mas infelizmente já se levantam vozes, como a do novo líder da CGTP, a dizer aos cidadãos que se as medidas de austeridade em Portugal se agravarem devem sair à rua e protestar, tal como os gregos o têm feito. Por mim acho mal e insensato que se façam esses apelos, mas é bom que os nossos governantes, e principalmente o primeiro-ministro, tomem as cenas que todos vimos como um alerta do que pode acontecer se os cidadãos portugueses forem conduzidos à situação de desespero dos gregos. Esperemos que não aconteça.
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