Com alguma pompa e pouca circunstância, o ministro Nuno Crato apresentou ontem a revisão curricular para os ensinos básico e secundário. Melhor dizendo, apresentou uma proposta de revisão curricular, já que o documento estará em discussão pública até ao próximo dia 31 de Janeiro de 2012. Isto , se o Governo não tomar a mesma posição que tomou relativamente ao aumento do horário de trabalho em mais 30 minutos diários para os trabalhadores do sector privado em que, não tendo conseguido acordo imediato na Concertação Social, decretou a medida unilateralmente (quero, posso e mando).
Tudo o que sei do documento, li-o e ouvi-o na Comunicação Social. Não dá para ter uma opinião muito avalizada sobre ele, mas já dá para sentir um certo retrocesso. Direi mesmo, um certo regresso ao passado. Parece-me muito parecido com o currículo do ensino do meu tempo de estudante - anos cinquenta e sessenta, com o Inglês a trocar com o Francês como língua obrigatória durante cinco anos. Vamos aguardar para ver. Mas, não é de mais uma revisão curricular que precisamos. O que é urgente fazer-se, é uma reforma do Ensino. Para isso é necessário um consenso muito mais amplo. Pelo menos entre os partidos do chamado "arco do poder".
1 comentário:
Não sendo, como se sabe (!) entendido no assunto, li o que os jornais noticiaram. Fico com a sensação de que se trata de uns remendos e não de um qualquer novo programa de Ensino.
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