Quando anunciou ao país as medidas de austeridade que era preciso pôr em prática para cumprir o valor do défice das contas públicas acordado com a Troika, o primeiro ministro disse que elas eram indispensáveis, mas que podiam não chegar. Mais recentemente, o PS disse que segundo cálculos que possuia não seria necessário cortar uma boa parte do subsídio de Natal aos trabalhadores portugueses e aos reformados. Nem pensar, disse logo o primeiro ministro, e avisou: "olhem que para o ano (2012), para lá das incluídas no Orçamento, se calhar ainda vamos ter que impor à populaça mais medidas de austeridade. Temos que os pôr pobres para depois podermos crescer". Que insensibilidade, Dizíamos nós! Não, diziam aqueles comentadores da treta, o primeiro-ministro tem razão. Vivemos à rico durante anos e agora temos que nos habituar a viver à pobre!
Bom, entretanto é o próprio Governo que anuncia que o défice vai ficar abaixo da percentagem acordada (5,9%), porque, diz, vai acontecer um "excedente orçamental" que ronda os dois mil milhões de euros . Mas descobre-se agora que não são dois mil milhões, são três mil milhões. E, com um jeitinho, ainda poderá ser maior. E, então, não se podem aliviar os portugueses, no todo ou em parte, e possibilitar-lhes um Natal mais desafogado? Nem pensar, dirá Passos Coelho, a Troika não deixa. Ah, e sujeitava-se a que a Sra Merkel ainda lhe puxasse as orelhas.
1 comentário:
E continua por explicar o "colossal desvio". Esta gente não é de fiar.
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