Li hoje a seguinte notícia: "Troika quer dispensar trinta mil funcionários públicos". Ouço, também hoje, o seguinte: "Troika exige que o Governo diminua drasticamente as despesas do Estado". Há dias, a propósito da desistência da Nissan em instalar em Portugal uma fábrica de baterias para os carros movidos a electricidade, ouvimos um Secretário de Estado dizer que não era possível dar à Nissan quaisquer benefícios fiscais porque a Troika não deixa. Ora, é verdade que perante as dificuldades financeiras que se instalaram, em consequência da crise internacional para a qual não estava preparado, Portugal viu-se obrigado a recorrer à ajuda externa. Surge, então a falada Troika, que representa as três entidades que nos ajudam. E, se é certo que para sermos ajudados nos comprometemos a tomar determinadas medidas (o tal memorando de entendimento), não o é menos que Portugal é um Estado Democrático (pelos vistos"com falhas") que deve ser governado por um Governo representativo dos resultados eleitorais para a Assembleia da República. Que eu saiba, a Troika não ganhou eleições, porque até nem concorreu a elas, no entanto, pelos vistos, é quem governa por intermediação da coligação PPD/CDS. Mas, governa porquê? Quem votou na Troika?
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