Quase todos os dias vemos e ouvimos o cidadão comum a queixar-se da Justiça, dizendo que ela é lenta, contraditoriamente injusta, etc, etc. E dão como exemplos os conhecidos processos mediáticos da Casa Pia, do Face Oculpa, dos Sobreiros e outros, que se arrastam anos e anos nos tribunais e cujos crimes, no todo ou em parte, ficam perto de prescrever. Por isso, em muitos debates políticos, nos programas de acção dos partidos e em diversas conferências ouvimos dizer que é preciso uma reforma total da Justiça. Até parece que não há. Sobretudo nestes chamados casos mediáticos. Mas há. Há pouco mais de quinze dias, o chamado movimento dos indignados promoveu uma manifestação junto à Assembleia da República. Alguns manifestantes, maioritariamente jovens, excederam-se um bocado nos seus protestos, arremessaram umas pedritas aos polícias e dois ou três deles foram detidos e devidamente identificados. Rapidamente foram levados ao Tribunal e, zás ..., foram julgados e condenados! Só não estão na cadeia porque as penas foram suspensas, salvo erro, por um ano. Então, digam lá: Há ou não há justiça? Claro que há. Senão houvesse como é que estes cidadãos eram julgados e punidos em pocos dias e há outros que mesmo já punidos não cumprem as penas a que foram condenados há vários meses, para não dizer há vários anos!
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1 comentário:
Mas quem é que disse que não há justiça? V. é muito injusto com a dita. O que acontece é que há vários escalões e nem todos podem estar na 1.ª divisão. Tão simples quanto isso. Veja lá que até o PGR se queixa da lentidão da justiça inglesa, no caso do Vale Tudo. E veja mais: para não ser anulado o julgamento, uma juíza vai directamente da cama do hospital para o tribunal de Ovar por causa do Face Escondida.
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