Serão
poucos os portugueses que não têm sobre a Justiça a mesma opinião que eu: A
Justiça é o pior sector da nossa Democracia. E o pior da Justiça é a
investigação criminal. Longe, mesmo muito longe, vão os tempos em que nos orgulhávamos
do facto de a nossa Polícia Judiciária ser considerada uma das melhores
polícias de investigação do mundo. Mas agora, no tempo presente, são cada vez
mais as trapalhadas criadas pela nossa polícia de investigação.
Uma
das últimas, diz respeito às buscas feitas em casa e no escritório de Medina
Carreira, no âmbito da investigação do chamado caso “Monte Branco”. Como é
possível que tivessem sido feitas estas buscas, que delas tenha sido dado
conhecimento à Comunicação Social e que depois, no fim do dia ou no início do
dia seguinte, venha o Ministério Público dizer que foi por puro engano? Como é
que um juiz autoriza que alguém veja violada a privacidade da sua casa e do seu
escritório, lhe sejam remexidas gavetas e armários, lhe sejam confiscados os
computadores, etc, etc. sem que haja a certeza ou grande indício de que esse
alguém pode estar directa ou indirectamente ligado a um crime? Que confiança e
respeito podem ter os cidadãos por um órgão de soberania que não os respeita a
eles? Bem, e já não vale a pena falar da promiscuidade entre os investigadores
e os jornalistas. Uma vergonha! Que Justiça é esta?
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