O actual governo faz-me lembrar o efémero governo de Santana Lopes: é só trapalhadas, parece que ninguém se entende, o que de manhã era verdade, à noitinha já é mentira ou vice-versa. Tudo manda palpites parece que para ver as reacções do pessoal. Ele é o IRS, que entra em vigor em 1 de Julho, mas afinal é em 1 de Junho (já está do Diário da República?), para apanhar o 13.º mês da função pública e, assim, não temos meio ano mas 8/14 de salários anuais (e no próximo do ano ainda vamos ver como vai ser, quando entregarmos a declaração de IRS, com as deduções específicas e tudo o mais), ele é o TGV, que não pode parar sob pena de pagarmos uma indemnização aos espanhóis e agora estes adiaram o projecto por um ano, mas nós continuamos. E etc.. Entendam-se de uma vez por todas e digam-nos o que tem que ser dito. Utilizando um terno que hoje ouvi na rádio, andamos com medidas às mijinhas e, com o calor que está, as mijinhas fedem.
O nosso primeiro, que gosta de fazer citações dos clássicos, nunca leu o Maquiavel? Façam o mal todo de uma vez e deixem-nos em paz.
E o nosso primeiro não se sente corar quando vem dizer que a diminuição dos salários dos políticos foi da iniciativa de Passos Coelho, coisa que ele não proporia?
E onde estão diminuições das despesas de Estado que não apenas as prestações sociais?
E tirem a coca-cola dos bens taxados a 5%.
Assim, não vamos lá.
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