Era inevitável. São as classes média e média baixa, quem mais vai contribuir para o equilíbrio das contas públicas. Também as pessoas de menos recursos vão contribuir, embora indirectamente, já que todas as taxas do IVA vão ser aumentadas , incluindo as que são aplicadas aos bens de primeira necessidade. E não há qualquer sinal de que os mais ricos vão contribuir mais para a diminuição do défice, pois algumas medidas a implementar, como a taxa de IRS dos 45% ou a taxa adicional de IRC de 2,5%, para lucros tributáveis superiores a dois milhões de euros, apenas vão afectar uma dúzia de cidadãos e de empresas. Não entendo que haja só duas taxas adicionais de IRS, uma de 1% e outra de 1,5% . A primeira aplica-se àqueles que auferem salários superiores ao salário mínimo e até 2.375 euros por mês. A segunda, aplica-se a quem ganha mais do que os 2.375 euros, sem limite. Quer dizer que proporcionalmente tanto paga um cidadão que ganha 2400 euros, como o Jardim Gonçalves que ganha mais de 100.000 por mês. Isto é justo? Claro que não é.
Ah! O meu sorriso como comentário ao corte salarial de cinco por cento aos políticos, gestores de empresas públicas e líderes das entidades reguladoras.
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