Os dez ex-ministros das Finanças que foram a Belém fazer queixinhas do primeiro-ministro José Sócrates, disseram estar muito preocupados com a situação do país, e estarem convictos de que os portugueses apoiarão medidas que se impõem para restabelecer a confiança na economia portuguesa, desde que sejam apresentadas com transparência.
Ora, pergunto eu: mas que medidas? Se são aquelas de que se fala e que eles também preconizam, como: aumento do IVA, diminuição das prestações sociais e tributação especial sobre o subsídio de Natal, não vai ser fácil explicá-las, pois mais uma vez vão penalizar a classe média e as classes menos favorecidas. Cortar nas prestações sociais, como dizia hoje o Bispo D. Januário Torgal Ferreia, só vai aumentar a pobreza. Aumentar o IVA vai agravar os preços de bens, que não sendo de 1ª. necessidade, deixam de poder ser comprados por quem tiver salários abaixo da média. Tributação especial sobre o subsídio da natal vai impedir que algumas famílias tenham bolo-rei na mesa. Enfim, são sempre os mesmos a pagar a crise. Desta vez, se quiserem que o povo compreenda medidas de restrição, têm de lhe dar um sinal que a crise quando ataca, ataca todos; caso contrário vão surgir, infelizmente, problemas sociais. Por isso, eu não tenho a certeza dos queixinhas e, acho mesmo, que os portugueses não vão maioritáriamente apoiar as medidas. Os queixinhas que falem por eles!
1 comentário:
Ó 4-pereiró: há aí um "não" a mais. Bens que 'sejam' e não que 'não sejam', de primeira necessidade.
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