Governo vendeu a um espanhol primeiros metros de Portugal
Publicado às 16.48
EMÍLIA MONTEIRO
foto JOSÉ MOTA / GLOBAL IMAGENS |
"São os 60 metros quadrados de terreno mais a norte de Portugal e a mais importante caseta da Guarda Fiscal que o Governo aceitou vender, sem consultar ninguém, a um privado que, por acaso, é espanhol", denuncia, ao JN, António Sousa, presidente da Junta de Freguesia de Cristóval, em Melgaço, onde se situa a emblemática fronteira de S. Gregório.
Esta fronteira era conhecida sobretudo pela intensidade do contrabando e pelo número de pessoas que a usavam para dar "o salto" para Espanha e depois para França. O facto de, neste local, a fronteira geográfica ser feita pelo rio Trancoso, um pequeno afluente do Minho, que permite o atravessamento a pé, fez da fronteira mais a Norte, uma das mais conhecidas do país.
"É uma afronta o Governo aceitar vender os primeiros metros de território português sem sequer informar as autoridades locais", referiu Avelino Fernandes, antigo guarda-fiscal, que ajudou a colocar o soalho na pequena casa agora vendida a um espanhol.
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JN de hoje
Um dia destes o novo proprietário vai querer, e bem, traçar a nova fronteira. E, quem sabe?, se comprar uns espigueiros vai querer puxar a fronteira da Galiza mais para Sul, como é legítimo. O que custa são as primeiras pancadas (Passos Coelho dixit), depois um gajo habitua-se. Grão a grão, digo, metro a metro vamos encolhendo. O que vale é que, segundo a novo mapa de Portugal da senhora Cristas (já aqui afixado), há muito mar a desbravar.
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