domingo, 13 de abril de 2014

O CHERNE

"No Portugal não democrático, no Portugal pré-União Europeia e pré-Comunidade Europeia havia ensino de excelência apesar do regime político em que se vivia e isso era possível porque numa escola era desejável reforçar a própria cultura de excelência da escola. Não estou seguro que aconteça hoje o mesmo em muitas escolas portuguesas e europeias", afirmou o presidente da Comissão Europeia.
Durão Barroso, que falava na cerimónia de entrega do donativo do prémio europeu Carlos V à CAIS e à Escola Secundária de Camões, em Lisboa, recuou ao tempo em que ele próprio estudava no então chamado Liceu Camões, onde beneficiou de "uma educação de exigência" numa "boa escola".
Público

Não me surpreendem as considerações que Durão Barroso expande sobre o ensino no Camões nos tempos em que ele o frequentou. Só que se esqueceu de informar que, então, apenas uma minoria frequentava o ensino secundário, já que o grosso se via obrigado a ficar pela 4.ª classe e começava a trabalhar em serviços braçais ou desqualificados.
Mas que ele aproveitou bem o ensino ministrado no Camões, não há dúvidas. Veja-se o seu percurso desde os tempos do MRPP, passando pela chefia do governo, qualidade que lhe permitiu oferecer, nos Açores, o chá aos seus amigos que queriam invadir o Iraque (ele viu e  confirmou as provas das armas químicas do Saddam), a fuga para Bruxelas (deixando entalado o seu amigo Santana Lopes), culminando nos "bons serviços" aí prestados ao País (Cavaco e Passos confirmaram, naqueles Jogos Florais em família de há dias na Gulbenkian), serviços extensivos à senhora Merkel,  a quem nunca ousou dizer "nein". Como parece que a "Europa" deixou de o apreciar e senhora Merkel já está farta dos seus acenos de cabeça, começou a fazer a rodagem (como o outro) para PR. Vade retro!...

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