Mais um contributo do Henrique Antunes Ferreira
Por
Antunes Ferreira
O cientista português Tiago Rodrigues
desenvolveu uma técnica que “provou conseguir
detectar mais cedo e com maior precisão" o cancro, um feito que consta de
um artigo publicado domingo na revista Nature Medicine.
O
investigador trabalha
na Universidade de Cambridge e a sua equipa partiu da constatação de que uma
das características fundamentais de qualquer cancro é a multiplicação
descontrolada das células anormais que o constituem. “Este crescimento
anormalmente rápido implica que a maioria dos tumores utiliza muito mais
glicose (a principal fonte de energia do corpo) do que os tecidos
normais", explicou uma fonte da universidade que está a divulgar a
descoberta.
Entretanto,
José Manuel Silva, o Bastonário da Ordem dos Médicos admitiu que a técnica desenvolvida pelo
investigador português para detectar cancros mais cedo poderá ajudar no futuro
e lamentou os cortes financeiros que têm sido feitos nos projectos de
investigação. "No futuro poderá revelar-se numa ajuda no diagnóstico
precoce no cancro, mas tem de se prosseguir a investigação para confirmar esse
potencial", disse José Manuel Silva, em declarações à agência Lusa.
E disse ainda ser um “orgulho e uma satisfação" o facto de se
tratar de um processo de investigação científica desenvolvido por uma equipa
liderada por um português, referindo tratar-se de um exemplo que demonstra o
"potencial de inovação, invenção e investigação" existente em
Portugal. O regozijo do Dr. José Manuel da Silva foi lamentavelmente
obscurecido. E porquê? A resposta deu-a o próprio médico: "Infelizmente
[este potencial de investigação] está a ser desaproveitado por força dos cortes
financeiros que estão a ser colocados às universidades”-
Apetece dizer
“sem comentários”; mas logo de seguida, um estudo internacional encomendado por uma seguradora
avaliou 12 países em diversos Continentes e concluiu que Portugal é o segundo
país da Europa com maior desejo de emigração. Apenas a Rússia se encontra acima
de nós na percentagem de pessoas que querem emigrar, com 64%. Eis um caso raro,
pois que desta feita não somos os segundos…
a contar do fim. Somos os segundos a contar… do princípio No
nosso país foram entrevistadas 629 pessoas de todas as faixas etárias, sendo
que que 62% deste universo quer sair do País para procurar oportunidades
profissionais e melhores condições de vida. Mesmo assim, 13,7% admite ter medo
de dar esse passo.
Foram 12 os países estudados – Alemanha, Áustria, Austrália, Espanha, Itália, Irlanda, Marrocos,
México, Portugal, Reino Unido, Rússia e Suíça; no entanto, as razões dos russos
são diferentes das dos portuguesas: eles cidadãos querem sair do seu país para
procurar uma vida com menos crime e menos corrupção. A Alemanha, a Áustria e a
Suíça são os países que quase metade dos inquiridos prefere como destino
(40,4%).
Estamos perante mais um desenvolvimento que comprova a má-fé e a
mentira e o descontrole dos (des)governantes que infelizmente temos. Os
portugueses querem emigrar; a percentagem deles é da ordem dos 62%. Não admira,
face às aspirações de melhor vida que hoje não se concretizam em Portugal. É
uma vergonha, mas estamos a voltar ao tempo salazarento, só que sem a mala de
cartão da Linda de Suza.
Agora os candidatos levam com eles os canudos que foram alcançando
no seu percurso escolar. É coisa que não falta por cá – e dada a crise e a
autoridade, digo, austeridade, os estudantes coleccionam licenciaturas,
mestrados e doutoramentos, pois não conseguem arranjar trabalho; já não falo em
emprego, refiro-me à obtenção de um posto de trabalho.
Há poucos dias Passos Coelho, já nem sei onde, defendia que o país
precisa de gente qualificada para enfrentar os desafios que se colocam a
Portugal. O despudor com que o fez é comparável à mentira mais ignominiosa. Foi
o mesmo senhor que há uns meses aconselhou os jovens a emigrar pois por cá era
difícil encontrar solução para o desemprego. Contradição? Não; insulto a quem
queria trabalhar no seu país e a quem foi apontada a porta de saída. Mentiroso.
Mentirosos!
1 comentário:
Já disse e escrevi várias vezes que o Sócrates, tido por mentiroso por muitos, era um aprendiz. Este láparo tem licenciatura, mestrado, doutoramento e pós doutoramento com borla e capelo, sem bolas pretas.
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