quarta-feira, 31 de agosto de 2011

A mesma receita de sempre

O senhor ministro das Finanças deu hoje uma conferência de imprensa. E como já vem sendo hábito, anunciou mais aumentos de impostos que vão incidir sobretudo sobre os rendimentos do trabalho. Mais uma vez ficam de fora de qualquer aumento da carga fiscal os rendimentos de Capital - Juros, mais valias bolsistas e distribuição de dividendos. Para enganar um bocadinho o "pagode", vai haver uma taxa adicional de 3% para as empresas que tenham um lucro tributável superior a 1,5%. Se pensarmos que a maior parte das empresas em Portugal não dão lucros, é fácil concluir que muito poucas vão ser afectadas com esta medida. Quanto a impostos sobre o património e as grandes fortunas, nada. Têm medo da fuga de capitais, diz-se. E eram estes senhores que agora nos governam que diziam serem contra qualquer aumento de impostos!

Mas não satisfeitos com o aumento de impostos, vão cortar e acabar com alguns benefícios fiscais, nomeadamente com a dedução à colecta das despesas com a saúde.

E as despesas? Onde está o corte histórico anunciado pelo ministro Álvaro? Onde está o anúncio concreto do corte das "gorduras" que Passos Coelho já tinha inventariado quando era Oposição? Ah, fica para mais tarde! Afinal de contas lá veio a mesma receita de sempre.

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