quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

MEMÓRIAS

Neste dia,



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Já Bocage não sou!... À cova escura

Já Bocage não sou!... À cova escura
Meu estro vai parar desfeito em vento...
Eu aos céus ultrajei! O meu tormento
Leve me torne sempre a terra dura.

Conheço agora já quão vã figura
Em prosa e verso fez meu louco intento.
Musa!... Tivera algum merecimento,
Se um raio da razão seguisse, pura!

Eu me arrependo; a língua quase fria
Brade em alto pregão à mocidade,
Que atrás do som fantástico corria:

Outro Aretino fui... A santidade
Manchei!... Oh! Se  me creste, gente ímpia,
Rasga meus versos, crê na eternidade!


Em 1805, morre Manuel Maria Barbosa du BOCAGE, poeta português






em 1940, morre Scott Fitzgerald, escritor norte-americano

3 comentários:

Janita disse...

Gostei da escolha do soneto para lembrar a efeméride, mas acho que teria preferido outro mais sonante ( dos muitos 'aceitáveis' ) de Bocage.
Sempre que leio o nome do escritor Scott Fitzgerald, só me vem à ideia o filme "Terna É a Noite". Talvez, por ter admirado tanto, a linda Jennifer Jones.

Um abraço.

Janita disse...

Gostei da escolha do soneto para lembrar a efeméride, mas acho que teria preferido outro mais sonante ( dos muitos 'aceitáveis' ) de Bocage.
Sempre que leio o nome do escritor Scott Fitzgerald, só me vem à ideia o filme "Terna É a Noite". Talvez, por ter admirado tanto, a linda Jennifer Jones.

Um abraço.

500 disse...

Não é necessário exagerar, publicando em duplicado.
Do Bocage há muito por onde escolher, mas algumas impublicáveis. Escolhi esta.
"Terna é a noite", sim e "O Grande Gatsby"?