Candidatos e
candidaturas
Por Antunes Ferreira
O Diário Digital publicou ontem, sexta-feira uma
notícia que se baseou num e-mail da Lusa. Contra o que me é habitual, na minha
crónica de hoje passo a transcrevê-la na íntegra. Não me espantei pois
quotidianamente acontecem em Portugal “coisas” que nem ao Demo lembraria. De
resto, para quê o espanto? Espanto seria se Coelho dissesse uma verdade…
Permito-me no entanto acrescentar que o convite (?)
em tempos não muito recuados, feito pelo primeiro-ministro (?) Coelho
apresentado presencialmente aos estudantes portugueses para saírem da “zona de
conforto” deles e irem para o estrangeiro com
a finalidade de encontrar oportunidades de trabalho que não tinham em
Portugal. Estou a citar
de memória. Não conheço nem nunca conheci um chefe de (des)Governo que se
atrevesse a tanto… Mas posteriormente veio dizer que se tratava de um “mito
urbano” que não sei o que é…
O texto é o seguinte – mas não emprego o famigerado
Acordo do Sr. Malaca Casteleiro, o que significa que lhe faço uma ou duas
correcções…
“Ao fim de
quase duas semanas de candidatura ao ensino superior há já mais 10 mil
candidatos do que em igual período de 2014, com 35.123 candidaturas à Direcção-Geral
do Ensino Superior (DGES), entregues até ao final de quinta-feira. (passada)
A cerca de uma semana do fim do prazo de
candidatura para a primeira fase do concurso nacional de acesso ao ensino
superior, o número de candidatos está já a cerca de sete mil candidaturas do
total registado em 2014, quando 42.455 alunos concorreram ao ensino superior
nesta fase.
Numa comparação com o período homólogo, o
número de candidaturas este ano é superior em praticamente 10 mil registos: em
11 dias candidataram-se este ano 35.123 alunos, contra 25.426 em 2014.
A primeira fase de acesso ao ensino superior
arrancou a 20 de Julho, com 50.555 vagas disponíveis para 1.048 cursos em
universidades e politécnicos públicos, iniciando-se a entrega de candidaturas
através do portal da DGES.
O processo de candidaturas decorre até 07 de Agosto,
e os resultados do concurso vão ser divulgados um mês depois, a 07 de Setembro,
no portal da DGES.
De acordo com os dados disponibilizados pela
DGES, há este ano menos 265 vagas no ensino superior público na primeira fase
do concurso nacional de acesso, face às 50.820 de 2014, uma redução em termos
percentuais inferior a 1%.
O número de vagas para aceder aos cursos
superiores públicos está em queda desde 2012, depois de, em 2011, se ter
atingido um pico de oferta com 53.500 vagas levadas a concurso.
A quebra no número de vagas tem sido acompanhada
pela quebra no número de candidatos, uma tendência que apenas mostrou sinais de
inversão no ano passado, o primeiro desde 2008 a registar um aumento nas
candidaturas, com 42.455 estudantes a tentar aceder ao ensino superior na
primeira fase.”
E pronto, como
qualificar esta notícia face ao “conselho”/”mito urbano” que não se cingiu ao nosso primeiro pois anteriormente o
então secretário de Estado do Desporto e Juventude, Alexandre Mestre, também o fizera? Esta
pergunta que faço, na minha modesta opinião, tem algum interesse quanto à
comparação dos dados que a Direcção-Geral do Ensino Superior apresentou entre
as candidaturas de 2014 e 2015.
Ou seja, lendo o texto
por um angulo diferente, até à quinta-feira passada, o candidatos,
candilaram-se sim ao…desemprego, apesar das declarações de Cavaco e de Coelho, que viraram o disco da emigração
de gente qualificada para voltarem ao mesmo: a necessidade que Portugal tem
dessa gente formada e qualificada no ensino superior, o que quer quase dizer
deitar pérolas aos porcos.
A maioria andou nas
Universidades e Politécnicos Públicas pagos por todos nós, os Portugueses. Quer
isto dizer (uma vez mais na minha modesta opinião) que é possível virar o bico
ao prego ou dar o dito por não dito com a maior facilidade e com a ausência da
vergonha. A expressão peca por defeito; poderia utilizar outra, mas isso daria
um reboliço e uns insultos que acho desnecessários. Porém, não deixo de dizer
que a comparação representa o reino de
mentira e do já me esqueci que contraria o dito de Cavaco “Para serem mais honestos
do que eu tinham que nascer duas vezes”… Palavra de honra que não conheço
ninguém que tenha nascido duas vezes.
Ressuscitar
como Lázaro aconteceu – segundo os Evangelhos – porque Cristo acordara bem
disposto. Se não, seria o diabo…
1 comentário:
este quadrúpede já mete asco...
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