segunda-feira, 29 de setembro de 2014

PS

No discurso da vitória de ontem à noite, António Costa não se referiu ao seu adversário interno,  António José Seguro, ainda secretário-geral do PS. Assumiu que foi ele, Costa, quem cortou o cravo, regado com carinho e desvelo por Seguro durante 3 anos, e o atirou à plateia, dizendo: este cravo é vosso.
Depois, ala até à sede da candidatura de Seguro (ninguém disse a este que a sede da sua campanha não deveria ter sido a sede do partido? há gestos minimamente elementares).
Não sei se gostei dos gestos de Costa.
Este vai ter uma carga de trabalhos, a começar pela eleição do líder da bancada na AR. Dos nomes avançados pela comunicação social nenhum me parece à altura do cargo, não tanto pela competência, que terão, mas pelo "carisma" pessoal, seja isso o que for. 
Entretanto, Seguro demitiu-se, e bem, do Conselho de Estado, mas não se pronunciou sobre a permanência como deputado. Cessa o cargo ou vai continuar? E, a continuar, qual a sua posição, regressa à 6.ª fila da bancada? Confesso que não gostaria de estar na sua pele. Porém, foi ele próprio quem cavou o buraco em que se meteu, não se tendo apercebido das borrascas que aí vinham. E, também ninguém o avisou, ou fez orelhas moucas aos (eventuais) agoirentos?

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