Realizaram-se
ontem eleições primárias no Partido Socialista, para escolher quem será o
candidato a primeiro-ministro indicado pelo partido nas próximas eleições
legislativas. Quer dizer que o PS quis que desta vez não fossem só os
militantes a fazer a escolha, mas também os seus simpatizantes, pois sabem que os
simpatizantes dos partidos têm uma importância muito maior que os militantes
nos diversos actos eleitorais. Ah, e não são influenciados pelos aparelhos
partidários. Mas…, ironia das ironias, o mentor das primárias foi apeado da
liderança do partido. Percebe-se agora o porquê de António José Seguro não ter
aceitado o desafio de Francisco Assis para que a liderança do partido fosse
escolhida por primárias!
O resultado das
primárias de ontem foi uma expressiva derrota de António José Seguro e uma
muito expressiva vitória de António Costa. Tão expressiva que, apesar de se
destinar a eleger um candidato a primeiro-ministro, acabou também, na prática
por encontrar o novo líder do partido. Não passa pela cabeça de alguém que
António Costa não seja o próximo Secretário-Geral do Partido Socialista e que,
desde já, se sinta legitimado a liderar o partido.
Porque, não
sendo militante, sempre me senti próximo do partido, achei-me mais que
legitimado a inscrever-me como simpatizante. Fi-lo e por isso participei nesta
eleição, contribuindo com o meu voto para a eleição de António Costa. Com ela
nasce a esperança de que o PS mude de atitude e crie nos cidadãos o sentimento
de que é possível enfrentar e acabar com este desgraçado governo que nos governa.
E não só; tem que fazer sentir ao venerando Chefe de Estado que não pode mais
assobiar para o tecto e fazer de conta que nada se passa. “Acabou a
brincadeira!”
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