Faço
parte do número de portugueses para quem os resultados das eleições europeias
de Domingo passado não foram surpresa, a não ser o resultado inesperado do MPT,
leia-se o partido de Marinho Pinto.
Era
um dado adquirido que o PS iria ganhar as eleições, que a Direita, escondida
numa coligação a que cinicamente chamaram Aliança Portugal, iria ter uma
derrota, que o PCP, perdão a CDU, iria subir a sua votação e que o Bloco de Esquerda
iria dar um trambolhão. E, é claro, mais a mais tratando-se de eleições
europeias, contava-se com elevada abstenção. Alguns diziam que Marinho Pinto
talvez fosse eleito. A grande dúvida era saber por quantos o PS ganhava.
Confirmou-se a vitória do PS, a derrota do
Governo, a subida da CDU e o trambolhão do Bloco. Mas, houve uma enorme
surpresa: Marinho Pinto atingia os 7%, o que desde logo confirmava a sua
eleição e a possibilidade, entretanto já confirmada, de eleger um segundo
eurodeputado.
O
que quer tudo isto dizer? Que o Povo não quer Passos & Portas e seus
séquitos. Que, dando a vitória ao PS, sim, mas por apenas menos de 4 pontos de
diferença e por muito menos votos do que nas autárquicas, ainda não confia
nele. E que o descontentamento mostrado foi, sobretudo para Marinho Pinto, para
a CDU, e talvez em alguns distritos para o Livre. E o Bloco? O Bloco entrou “no
“início do fim”.
De
realçar que resultado semelhante em eleições legislativas tornariam o país ingovernável.
E o PS, ou melhor dizendo, os seus dirigentes, parece que não deram conta disso.
Por favor, caiam na realidade, para bem de Portugal e dos portugueses.
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