Em Portugal, como em todos os países democráticos do mundo, qualquer cidadão, desde que o faça sem proferir ofensas, pode criticar o Governo, o Presidente da República, o Parlamento e quaisquer outras pessoas e/ou instituições. Mas, pelos vistos, não se podem criticar os juízes. Porquê?
O Tribunal da Relação de Lisboa absolveu um empresário acusado de tentativa de suborno, devidamente comprovada. O Advogado Ricardo Sá Fernandes, entretanto condenado a multa e ao pagamento de uma indemnização ao empresário em causa, indignado por aquela sentença, criticou-a de uma forma contundente, dizendo que "não vale a pena combater a corrupção" e que há sectores da magistratura complacentes com ela. Tanto bastou, para que o presidente do Sindicato dos Juízes Portugueses viesse dizer que tais críticas além de ofensas aos juízes, eram um desafio à autoridade do estado e, consequentemente, o estado devia equacionar a extinção da Ordem dos Advogados e substitui-la por um órgão que consiga estabelecer sansões para as violações deontológicas dos advogados.
Como? Extinguir a Ordem dos Advogados?! Nem o Estado Novo se atreveria a tanto.
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1 comentário:
Ajguns juízes preferiam os tribunais plenários de antes do 25/4, em que até os advogados eram presos.
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