O nosso rei sem trono, D. Duarte, deu uma entrevista ao Diário de Notícias que nos mostra como nos sentiríamos envergonhados, se tal personalidade fosse o nosso chefe de estado. Entre várias frases, classificadas e bem num blog como coices, transcrevo duas que me parecem as mais infelizes.Diz:
"Tenho muitas vezes de explicar ao meu filho que o que ensinam no programa oficial de História de Portugal é mentira".
E referindo-se à carbonária: "Faziam-no por um ideal, estavam a dar a vida pelo seu ideal. Agora, se aceitarmos uma homenagem a essegénero de pessoas temos de também reconhecer a Al-Qaeda, a ETA ou o IRA, todos eles combatem por um ideal".
Quanto à 1ª: Só a má fé do Sr. Duarte de Bragança o levou a dizer tal disparate. A História do nosso país, como todas as histórias, é a narracção dos factos que foram acontecendo, baseada em documentos nacionais e internacionais. Os factos foram aqueles e não outros. A única coisa que pode acontecer é que em determinadas alturas e/ou em determinados contextos, as escolas dêm mais ênfase a uns em prejuízo de outros.
Quanto à 2ª: Nem tendo em conta que a carbonária e as três organizações terroristas mencionadas são de épocas tão distantes (a carbonária dos fins do século XIX / princípios do século XX, e as outras dos fins do século XX/ princípios do século XXI), se podem comparar, quer nos meios, quer nas acções. E depois insinuar que os festejos do centenário da República homenageiam a carbonária, é um insulto grave a muita gente. O que se celebra é a República e nunca, sequer, o regicídio. Esta frase é uma infâmia.
Já que tal personagem está sempre a referir-se ao rei de Espanha, eu digo-lhe:"porque não te calas" ( de vez)
1 comentário:
Deixe lá o homem, que até parece boa pessoa. E quem ouve o que ele diz?
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