Se Tu Viesses Ver-me...
Se tu viesses ver-me hoje à tardinha,
A essa hora dos mágicos cansaços,
Quando a noite de manso se avizinha,
E me prendesses toda nos teus braços...
Quando me lembra: esse sabor que tinha
A tua boca... o eco dos teus passos...
O teu riso de fonte... os teus abraços...
Os teus beijos... a tua mão na minha...
Se tu viesses quando, linda e louca,
Traça as linhas dulcíssimas dum beijo
E é de seda vermelha e canta e ri
E é como um cravo ao sol a minha boca...
Quando os olhos se me cerram de desejo...
E os meus braços se estendem para ti...
A essa hora dos mágicos cansaços,
Quando a noite de manso se avizinha,
E me prendesses toda nos teus braços...
Quando me lembra: esse sabor que tinha
A tua boca... o eco dos teus passos...
O teu riso de fonte... os teus abraços...
Os teus beijos... a tua mão na minha...
Se tu viesses quando, linda e louca,
Traça as linhas dulcíssimas dum beijo
E é de seda vermelha e canta e ri
E é como um cravo ao sol a minha boca...
Quando os olhos se me cerram de desejo...
E os meus braços se estendem para ti...
Florbela Espanca
Nasceu em 8 de Dezembro de 1894 e morreu no mesmo dia do ano 1930
3 comentários:
E venho vê-lo, sim senhor! A si e reler este belo poema da Florbela.
Fiquei a saber que a 'poetisa dos excessos' nasceu no mesmo dia que o neto mais velho.
Vim ao blog, numa corrida, pois hoje o dia é do João Pedro.
Um beijo e bom Feriado.
PS- Se o pregador não mentir para o próximo ano retomaremos o 1º de Dezembro!
uma poetisa polémica, como todos os poetas... mas maravilhosa.
Ó Janita, quem é esse do pregador?
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