Afinal
a saída, a célebre saída da Troika, não foi limpa. Bem pelo contrário. Pelos
vistos foi bem suja!
Desde
Maio de 2014 e com mais ênfase desde Maio
de 2015, já perto, muito perto, das últimas eleições legislativas, que nos
fartámos de ouvir Passos Coelho, Maria Luís Albuquerque, Paulo Portas – o
relojoeiro de serviço de então – e muitos outros governantes e dirigentes
políticos da Direita a falarem da “saída limpa” da Troika. Queriam dizer que o
programa de assistência económica e financeira tinha terminado com sucesso e
que Portugal estava agora pronto a iniciar um caminho de recuperação. Para eles
pouco importava que a dívida tivesse aumentado assustadoramente, que o
desemprego real estivesse muito acima do comportável, que o défice não
estivesse ainda controlado, que o chamado Estado Social estivesse feito em
fanicos e, sobretudo, que a miséria tivesse aumentado. Nada disso para a gente
da Direita era importante. Importante para eles era dizer alto e bom som, e se
possível com cara de safado, que tinha havido “Saída Limpa”. E nisso Portas era
(será que ainda é?) mestre.
Pois
bem, afinal confirma-se agora a suspeita que muitos de nós tínhamos: A saída não foi limpa; Foi suja, muito suja! E se ao muito do que foi varrido para
debaixo do tapete e que ainda virá ao de cima, juntarmos esta vergonha do caso
BANIF, ficamos com a certeza de que fomos governados na última legislatura por
um bando de trapaceiros.
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