quinta-feira, 14 de junho de 2018

CONTRIBUTOS EXTERNOS


               «» EVOLUÇÃO FORÇADA «»    
                                                                                                                  Gil Monteiro*

Estamos em tempo de dizer, como quando era pequeno:
 
--- “O mundo anda de cabeça perdida!” --- (os acontecimentos raros eram estranhas surpresas desconfiadas). Seria um comentário normal?

Com o envelhecimento ativo, dado pelos sentidos e com a vida a caminho das últimas etapas. A resultante das dezenas vivências compreendidas dá que pensar!: bárbaras, tanto as terrestres como mesmo as estratosféricas. Há que ter em mente os meios culturais novos e as máquinas de informação, a baterem insistentemente à porta dos conhecimentos! As maldições dos vídeos deviam ser escolhidas conforme o interesse social e formativo. Sintonizar as rádios, televisões, cinema, teatro e notícias de papel deviam estar debaixo de instituições, a cargo da formação constante da governação, para a cidadania.

Repetir, repetir as desgraças só por si, quando não por serem bárbaras ou grosseiras, é rude e torpe. São chamadas as não notícias!--- “Mentiras repetidas passam a verdades”! Nas estórias populares, e até, em muito credos não deixam de estar presentes, basta ver a Virgem Maria com Cristo Crucificado no regaço! Só a obra superior de Michelangelo, decorridos os anos é feita, em pura harmonia, na sua célebre e muito famosa Pietà. Nunca vi estátua tão perfeita como a Virgem de Cristo descido do Santo Lenho, exposta na Basílica de São Pedro, do Vaticano.
           
Parece que as TVs têm prazer e “gozo” a ganharem euros e elevarem a economia do país, mas à custa de sacrifício de tanta desilusão, valerá apena? Não. A corrupção, a patifaria e as guerras sucessivas, são, cada vez mais de menor piedade. No lugar de nascidos para o amor e alegria, vemos o Vale de Lágrimas mais cheio de mesquinhos!

E a guerra das audiências? E as vendas? Menos leituras (pouco se lê); mas, os desenhos progrediram, e evoluíram muito os bonecos. São giros com os balões de calão ou piadas surdas... Outro tempo: cinema e teatro, mesmo ao ar livre; romarias e serenatas de cada aldeola tinham as suas Comédias; e os estudantes citadinos, em férias, ensaiavam peças aos (as) analfabetos. O amor não andava só! Os bombos, as concertinas, os ferrinhos, as gaitas de lábios, compradas, pela feira de Santo António, com os chapéus de palha, assobios e alparcatas. A branquinha, menina Branca João, a estudar no Porto, e ao usar a sua palhinha fazia sorrir o avô... Enquanto tocava o bombo e batia palmas.

A gente graúda da Terra: senhores Regedor, presidente da Câmara e a senhora Professora (Regente Escolar), de chinelas nos pés, faziam levantar o pó do terreiro ou da eira de secar os cereais!

Os foguetes deitados e a estrelejar na serra da Durinha, faziam o povo pasmar e a rapaziada a lutar para as canas, ainda fumegantes, nas lameiras da abundante fonte!

As canas limpas e estonadas, passadas pelas labaredas da lareira, eram trofeus de guerras dos viriatos, acompanhando as croças, no apanhar vides e na vareja dos olivais!

Durante o tempo do desfile da procissão, os cortejos dos anjinhos e banda musical, com as notas cadenciadas, todos gostavam de fazer afagos às cabeleiras dos figurantes, recordando os tempos de idos!

É digno de perceber ou escutar as várias leituras litúrgicas ou o curto sermão do S. Prior imaginar, durante os trajetos da procissão.

Forçar os carateres para o envelhecimento bem ativado dá um coração forte e bem “medicado” --- bem ouvi pronunciar ao Zé do Vale, quando perfez os cem anos da sua idade!|

Um humano de barba ou cabelo escuros, quando festeja oitenta de vida, causa espanto...

Porto, 1 de junho de 2018

                                                                *José Gil Correia Monteiro

2 comentários:

A Nossa Travessa disse...

Quando for grande quero ser... Cristiano Ronaldo.

INFORMAÇÃO

Como deixei escrito no final do quarto texto da saga É DIFÍCIL VIVER COM UM IRMÃO MONGÓLICO fiquei seriamente a pensar em terminar a sua publicação. Isto porque o primeiro episódio teve uma boa aceitação (52 comentários e correspondentes respostas), o segundo ficou-se pelos 20 e o terceiro ainda menos, 18…
O apelo para uma boa polémica só teve uma resposta. A da Nonamamiga.
Escuso de matutar mais no problema: fico-me por este último texto. Continuarei a escrever a saga mas para outra finalidade. Obrigado a todos os que me acompanharam e também a quem o não fez


500 disse...

Também tenho faltado. Isto por aqui anda um pouco complicado.
Abr.