«» EVOLUÇÃO FORÇADA «»
Gil Monteiro*
Estamos em tempo de dizer, como
quando era pequeno:
--- “O mundo anda de cabeça perdida!” --- (os acontecimentos
raros eram estranhas surpresas desconfiadas). Seria um comentário normal?
Com o envelhecimento ativo, dado
pelos sentidos e com a vida a caminho das últimas etapas. A resultante das
dezenas vivências compreendidas dá que pensar!: bárbaras, tanto as terrestres
como mesmo as estratosféricas. Há que ter em mente os meios culturais novos e
as máquinas de informação, a baterem insistentemente à porta dos conhecimentos!
As maldições dos vídeos deviam ser escolhidas conforme o interesse social e
formativo. Sintonizar as rádios, televisões, cinema, teatro e notícias de papel
deviam estar debaixo de instituições, a cargo da formação constante da
governação, para a cidadania.
Repetir, repetir as desgraças só
por si, quando não por serem bárbaras ou grosseiras, é rude e torpe. São
chamadas as não notícias!--- “Mentiras repetidas passam a verdades”! Nas estórias
populares, e até, em muito credos não deixam de estar presentes, basta ver a
Virgem Maria com Cristo Crucificado no regaço! Só a obra superior de
Michelangelo, decorridos os anos é feita, em pura harmonia, na sua célebre e
muito famosa Pietà. Nunca vi estátua tão perfeita como a Virgem de Cristo
descido do Santo Lenho, exposta na Basílica de São Pedro, do Vaticano.
Parece que as TVs têm prazer e “gozo” a ganharem euros
e elevarem a economia do país, mas à custa de sacrifício de tanta desilusão, valerá
apena? Não. A corrupção, a patifaria e as guerras sucessivas, são, cada vez
mais de menor piedade. No lugar de nascidos para o amor e alegria, vemos o Vale
de Lágrimas mais cheio de mesquinhos!
E a guerra das audiências? E as vendas?
Menos leituras (pouco se lê); mas, os desenhos progrediram, e evoluíram muito
os bonecos. São giros com os balões de calão ou piadas surdas... Outro tempo:
cinema e teatro, mesmo ao ar livre; romarias e serenatas de cada aldeola tinham
as suas Comédias; e os estudantes citadinos, em férias, ensaiavam peças aos
(as) analfabetos. O amor não andava só! Os bombos, as concertinas, os ferrinhos,
as gaitas de lábios, compradas, pela feira de Santo António, com os chapéus de
palha, assobios e alparcatas. A branquinha, menina Branca João, a estudar no
Porto, e ao usar a sua palhinha fazia sorrir o avô... Enquanto tocava o bombo e
batia palmas.
A gente graúda da Terra: senhores
Regedor, presidente da Câmara e a senhora Professora (Regente Escolar), de
chinelas nos pés, faziam levantar o pó do terreiro ou da eira de secar os
cereais!
Os foguetes deitados e a
estrelejar na serra da Durinha, faziam o povo pasmar e a rapaziada a lutar para
as canas, ainda fumegantes, nas lameiras da abundante fonte!
As canas limpas e estonadas,
passadas pelas labaredas da lareira, eram trofeus de guerras dos viriatos,
acompanhando as croças, no apanhar vides e na vareja dos olivais!
Durante o tempo do desfile da
procissão, os cortejos dos anjinhos e banda musical, com as notas cadenciadas, todos
gostavam de fazer afagos às cabeleiras dos figurantes, recordando os tempos de
idos!
É digno de perceber ou escutar as
várias leituras litúrgicas ou o curto sermão do S. Prior imaginar, durante os trajetos
da procissão.
Forçar os carateres para o
envelhecimento bem ativado dá um coração forte e bem “medicado” --- bem ouvi
pronunciar ao Zé do Vale, quando perfez os cem anos da sua idade!|
Um humano de barba ou cabelo escuros,
quando festeja oitenta de vida, causa espanto...
Porto, 1 de junho de 2018
*José Gil Correia Monteiro
2 comentários:
Quando for grande quero ser... Cristiano Ronaldo.
INFORMAÇÃO
Como deixei escrito no final do quarto texto da saga É DIFÍCIL VIVER COM UM IRMÃO MONGÓLICO fiquei seriamente a pensar em terminar a sua publicação. Isto porque o primeiro episódio teve uma boa aceitação (52 comentários e correspondentes respostas), o segundo ficou-se pelos 20 e o terceiro ainda menos, 18…
O apelo para uma boa polémica só teve uma resposta. A da Nonamamiga.
Escuso de matutar mais no problema: fico-me por este último texto. Continuarei a escrever a saga mas para outra finalidade. Obrigado a todos os que me acompanharam e também a quem o não fez
Também tenho faltado. Isto por aqui anda um pouco complicado.
Abr.
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