Por norma, gostamos dos escritores mercê da sua obra, dos seus livros e por tudo o que eles nos fazem sentir e vibrar através das suas histórias. Com Ernest Hemingway não ficamos por aí. O escritor representou uma verdadeira Lenda. Só lamentei, a ser verdade o que li um dia, há muitos anos, foi ele ter-se submetido a uma vasectomia, creio que aquando do seu 4º e último casamento, pois a mulher não queria filhos e não queria ou não poderia, sabe-se lá, tomar contraceptivos nem ser ela a laquear as trompas. Enfim, seja como for e não obstante Hemingway ser um "grande bêbado" eu sempre gostei deste homem valente, másculo e dono de um talento invulgar para a escrita. E tenho dito!
Quinhentosamigo Quando Hemingway se suicidou estava eu prestes a fazer 20 anos e era então «ajudante de auxiliar de praticante» no «Diário Ilustrado», que como ele próprio dizia era o primeiro jornal da tarde. O chefe da Redação, Miguel Urbano Rodrigues - como não havia mais ninguém na sala naquele momento - mandou-me fazer o necrológico do escritor. Mas, alertou-me: «O homem NÃO SE SUICIDOU - apenas morreu...» A Censura odiava os suicídios...
Fui à Biblioteca da Câmara Municipal, muni-me da Enciclopédia Luso-Brasileira em 23 volumes e lá saiu a notícia, dactilografada às nove e picos (poucos) da manhã; o DI era o primeiro jornal da tarde...
Só mais tarde comecei a ler Hemingway: «Por quem os Sinos Dobram» e «O Velho e o Mar» foram os primeiros; hoje tenho quase toda a obra dele, incluindo os «Contos». O gajo escrevia mesmo bem; muitíssimo bem! Abração Henrique
A Janita e disse muito bem., O Hemingway era um enorme escritor e dele li bastante. Sei que era amante do álcool e um femeeiro daqueles, mas ignorava essa estória da vasectomia. Se o fez, fez mal. Há, havia processos alternativos menos penosos e castrantes. Grato pela visita
Henrique, Folgo em "ver-te". Se bem me lembro (nada a ver com o V. Nemésio), o Diário Ilustrado era cor de salmão, não era? Li-o alguns anos, até desaparecer. Passei, num primeiro momento, para o Diário Popular e depois para o Diário de Lisboa, menos situacionista. Depois, acabaram os jornais da tarde. Pois, à época não havia suicídios, só mortes naturais e o Ernest não devia ser muito bem visto pelos gajos do lápis azul. Abração e te cuida, está bem?
5 comentários:
Por norma, gostamos dos escritores mercê da sua obra, dos seus livros e por tudo o que eles nos fazem sentir e vibrar através das suas histórias. Com Ernest Hemingway não ficamos por aí. O escritor representou uma verdadeira Lenda.
Só lamentei, a ser verdade o que li um dia, há muitos anos, foi ele ter-se submetido a uma vasectomia, creio que aquando do seu 4º e último casamento, pois a mulher não queria filhos e não queria ou não poderia, sabe-se lá, tomar contraceptivos nem ser ela a laquear as trompas.
Enfim, seja como for e não obstante Hemingway ser um "grande bêbado" eu sempre gostei deste homem valente, másculo e dono de um talento invulgar para a escrita.
E tenho dito!
Quinhentosamigo
Quando Hemingway se suicidou estava eu prestes a fazer 20 anos e era então «ajudante de auxiliar de praticante» no «Diário Ilustrado», que como ele próprio dizia era o primeiro jornal da tarde. O chefe da Redação, Miguel Urbano Rodrigues - como não havia mais ninguém na sala naquele momento - mandou-me fazer o necrológico do escritor. Mas, alertou-me: «O homem NÃO SE SUICIDOU - apenas morreu...» A Censura odiava os suicídios...
Fui à Biblioteca da Câmara Municipal, muni-me da Enciclopédia Luso-Brasileira em 23 volumes e lá saiu a notícia, dactilografada às nove e picos (poucos) da manhã; o DI era o primeiro jornal da tarde...
Só mais tarde comecei a ler Hemingway: «Por quem os Sinos Dobram» e «O Velho e o Mar» foram os primeiros; hoje tenho quase toda a obra dele, incluindo os «Contos». O gajo escrevia mesmo bem; muitíssimo bem!
Abração
Henrique
A Janita e disse muito bem.,
O Hemingway era um enorme escritor e dele li bastante. Sei que era amante do álcool e um femeeiro daqueles, mas ignorava essa estória da vasectomia. Se o fez, fez mal. Há, havia processos alternativos menos penosos e castrantes.
Grato pela visita
Henrique,
Folgo em "ver-te".
Se bem me lembro (nada a ver com o V. Nemésio), o Diário Ilustrado era cor de salmão, não era? Li-o alguns anos, até desaparecer. Passei, num primeiro momento, para o Diário Popular e depois para o Diário de Lisboa, menos situacionista. Depois, acabaram os jornais da tarde.
Pois, à época não havia suicídios, só mortes naturais e o Ernest não devia ser muito bem visto pelos gajos do lápis azul.
Abração e te cuida, está bem?
Ainda para a Janita:
deveria ter escrito "a Janita disse e disse muito bem"
Boa semana, quentinha, ao que parece.
(E o Bar?)
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