NAMORISCAR
Gil Monteiro*
São
necessários os divertimentos? Regidos pela comunidade?
O conjunto
variegado de namoricos davam frutos.
Pelas
terras vizinhas passeavam os galanteadores,
Frequentavam
tabernas pois cafés ainda não havia.
Jogava-se,
bailava-se ao som da grafonola ou gaita-de-beiços,
Havia
refrescos à venda, tremoços e pão doce da Teixeira.
Os ensaios
das comédias divertiam mais que a Banda Desenhada.
Os feriados
e as festas litúrgicas, com Endoenças da Páscoa,
Faziam
repinicar o sino,
Na igreja,
o Senhor Prior cantava e rezava baixinho!
Casamento
aldeão: o Zé Povinho tinha
Tinha
pagode e “barrigas” cheiinhas;
Os
trabalhos, segunda-feira, eram suspensos nas vinhas
Os
convidados de vestes festeiras e domingueiras,
Noite
dentro, nas ruas regadas, ardiam fogueiras.
A música ao
som dos foguetes que estrelejavam
E corações
dos noivos perlavam.
Dia de
casamento, de chuva abençoada,
Até o Sr.
Abade saltava na calçada!...
Porto, de março de 2018
*José Gil Correia Monteiro
jose.gcmonteiro@gmail.com
2 comentários:
Um tempo bonito, esse!
Gostei de ler e aprender.
Cumprimentos!
Janita
Muito bem.
Retribuo
500
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