Mais
de um milhão e setecentas mil pessoas assistiram ontem à entrevista de José
Sócrates e eu fui um deles. Devo confessar que Sócrates não defraudou as minhas
espectativas. Foi um bom regresso à vida pública mas não, como ele explicou, à
vida política activa.
Pois
bem, até que enfim que o ex-primeiro-ministro teve oportunidade de contraditar
todas as acusações que lhe foram feitas, pelos seus adversários políticos, por
muitos comentadores e, não menos, pela comunicação social. Não vou repetir os
argumentos que ele utilizou, mas devo dizer que se defendeu com convicção,
sobretudo para que caia essa mistificação de que ele é o único culpado, ou até
o maior culpado, da situação a que chegamos. Gostei particularmente da coça (foi
este o termo usado por Pedro Santos Guerreiro do Jornal de Negócios) que
Sócrates deu a Cavaco Silva. Dividiam-se as opiniões sobre se seria o Governo
ou o PS, o principal visado por ele. Afinal quem foi mais atacado foi o Presidente da República.
Quem o mandou atacar Sócrates pelas costas?
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