Portugal é um país com poucos hábitos de leitura. Ainda há analfabetos e a iliteracia e a falta de cultura geral afecta uma percentagem muito grande de pessoas. Do pouco que se lê, lêem mais jornais e/ou revistas do que livros, mas são muito menos ainda aqueles que os compram. No entanto, o número de publicações de jornais e revistas por capitação é grande, comparativamente com outros países. Há vários jornais diários generalistas, três diários desportivos (um por cada clube chamado grande), alguns semanários e ainda jornais gratuítos. Quanto a revistas, há algumas (poucas) com alguma qualidade, e há várias ditas cor-de-rosa ou de fofocas, que não servem para nada, a não ser para promoverem aquelas pessoas ditas do jet set (muitas delas referidas e conhecidas por nomes que mais parecem nomes de cão e de gato), mostrarem-nos como vão vestidas às festas, com quem vão e com quem dormem.
Ora, com tantas publicacões, não admira que muitas delas estejam à beira da falência, senão mesmo falidas, como acontece com o semanário SOL, criado para satisfazer um capricho do Arq.
Saraiva, que tinha sido colocado na prateleira do EXPRESSO por Pinto Balsemão.
As vendas do SOL iam diminuindo semana a semana. Que melhor oportunidade que o face oculta para aumentar as vendas do jornal e, por arrastamento, aumentar a facturaçao em publicidade?
Foi o que aconteceu. Por exemplo, uma pequena papelaria que conheço, recebia três ou quatro exemplares para venda, sendo que às vezes ainda tinha de devolver um exemplar. Na semana da divulgação das escutas foi-lhe proposto receber o dobro. Vendeu-os todos em menos de uma hora, e da edição especial vendeu, sem dificuldade, os tais três ou quatro do costume.
Aumentar assim as vendas, não. No imediato salva a situação. Mas o destino vai ser o mesmo de O INDEPENDENTE.
1 comentário:
O arqt.º não é aquele que um dia disse que ainda podia vir a receber o prémio Nobel da Literaura? Valha-nos Nosso Senhor.
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