quinta-feira, 30 de junho de 2011

Há limites ou não há limites, Sr. Presidente?

Num dos seus últimos discursos, mas ainda no consulado do PS, o Presidente da República, criticando as medidas que o anterior governo tomou e as que previa tomar para combater o défice, se voltasse a ser governo, referiu em tom zangado que "há limites para os sacrifícios impostos aos portugueses". Pela forma como o disse, toda a gente concluiu que Sua Exa. entendia que já havia sacrifícios a mais. Ora, e agora Sr. Presidente, o que se lhe oferece dizer sobre esta medida inesperada da criação de um imposto extraordinário de 50% sobre os subsídios de Natal dos tabalhadores com salários superiores ao salário mínimo? Mais uma vez vai ser a classe média e, sobretudo a classe média baixa, quem vai "pagar as favas", e o senhor vai calar-se? Espero bem que não. E ao facto destas medidas serem tomadas por um governo de coligação cujos partidos tinham garantido aos portugueses que não aumentavam impostos, não vai chamar-lhes mentirosos? É assim que que se ganha a confiança dos cidadãos? Olhe, Sr. Presidente: são medidas como esta, que não faz parte do célebre acordo com a troika, que podem tornar a situação mais explosiva do que aquilo que o senhor acha. A CGTP, por intermédio do seu líder Carvalho da Silva, já apelidou esta medida "como um roubo"!

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