sexta-feira, 10 de junho de 2011

O 10 de Junho e as cerimónias

Hoje 10 de Junho celebrou-se o dia de Portugal, também chamado de Camões e das comunidades portuguesas e, como tem sido habitual, realizaram-se as respectivas cerimónias civis e militares. Estas (as cerimónias militares) que nos consulados de Mário Soares e Jorge Sampaio vinham perdendo aparato e ostentação, embora decorressem com muita dignidade, têm, com Cavaco Silva, recuperado o protagonismo que lhes era dado nos já felizmente longínquos "Dias da Raça", em que as gloriosas Forças Armadas faziam uma demonstração de força, num desfile que se seguia a uma grande parada militar, em Belém, com a presença de S. Exa. o venerando Chefe de Estado e de S. Exa. o Senhor Presidente do Conselho de Ministros. A parada de hoje não teve como cenário Belém, em Lisboa, mas uma praça de Castelo Branco. Já agora, gostava de saber quanto custou à "despesa pública" o transporte de mais de 1500 militares e de toda aquela logística. Ó Dr. António Barreto, o senhor não acha que foi gastar acima das posses? E quem vão ser responsabilizados por tal opulência? Já agora diga, se faz favor! Ah, e para ter um cheirinho das emoções do antigamente, não faltou uma evocação de S. Exa. o Presidente da República aos antigos combatentes. E estou à vontade para falar disto, pois sou antigo combatente, embora sem o espírito e o saudosismo daqueles que aparecem nestas cerimónias com a boina militar.

Mas passemos agora às cerimónias civis. Daquilo que os jornalistas mais gostaram foi das vaias a Sócrates. Não houve noticiário que não as referisse e repetisse até à exaustão. Mas eu gostei mais dos discursos. Fartei-me de rir. Quando S. Exa. falava, fartei-me de rir, pois pensei que o homem só podia estar a troçar de todos nós, já que enquanto primeiro-ministro de dois governos de maioria absoluta fez o contrário do que agora disse ser preciso fazer. É obra! Quanto ao discurso do dr. António Barreto (perdão, do Senhor Prof. Doutor António ... Barreto), pensei: o homem é corajoso, pois está a atingir o ex-primeiro ministro Cavaco Silva, agora ali presente no papel de S. Exa. Também gostei muito dos acenos de cabeça de Paulo Portas e da chegada de Passos Coelho, imediatamente antes do Chefe de Estado, como se fosse a segunda figura do mesmo. Mas ..., enternecedor, foi assistir à investidura daqueles "oficiais" e "comendadores" e, sobretudo à investidura da agora baronesa D. Manuela Ferreira Leite. Que bonito e comovente!

1 comentário:

500 disse...

Eu, que lamentalvelmente não vi em directo, mas apenas o que passou no telejornal, comovi-me quase até às lágrimas, nomeadamente aquando da entrega da comenda à dra. Manuela, cujos feitos a Pátria jamais poderá esquecer.