quinta-feira, 16 de junho de 2011

COPIANÇOS E A FALÊNCIA DA JUSTIÇA

Quem nunca tenha, como aluno de um qualquer liceu ou escola por onde andou, tentado um copianço ou perguntado ao vizinho qual a resposta correcta a uma qualquer questão num teste ou num exame, que atire a primeira pedra.
Grave, já me parece um qualquer mestrando ou doutorando plagiar, se não mesmo copiar, sem mais, uma tese de um colega do mesmo ou de outro país, o que já se verificou imensas vezes, como é sabido.
Absurdo e intolerável é o que se passou recentemente no CEJ. 137 candidatos a juiz ou a magistrado do Ministério Público, ou seja, aqueles que um dia nos podem acusar ou julgar, tiveram o desplante de copiar entre si as respostas a um teste sobre Investigação Penal, o que aconteceu em mais que uma sala, o que deixa a dúvida se isto não aconteceu já no passado e/ou noutras provas. Que papel desempenharam os vigilantes das provas? "Portem-se bem, que a gente vai lá fora dar uma passa". Salomonicamente, foram todos "corridos" a 10, premiando os calaceiros e desonestos, e prejudicando os conhecedores da matéria em causa. Isto, com o pretexto de que não havia calendário para repetir a prova!!!
Estava tudo ansioso para rumar aos Allgarves ou Punta Cana, está visto. E a segunda época, em Outubro, pelos vistos não faz parte do calendário do CEJ.
E ninguém faz nada para meter a Justiça na ordem, que anda em roda livre? Suspeito que a Justiça ainda não bateu no fundo e que ainda não perdeu na totalidade o respeito dos cidadãos. Mas, por este andar, é o que vai acontecer, com consequências inimagináveis. É o descalabro. Sinto-me ofendido.

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