sábado, 25 de junho de 2011

Os actos simbólicos do novo Governo

Todos nós sabemos que o bom povo, ou como lhe chama Vasco Pulido Valente a populaça, gosta que quem nos governa tome medidas que vão no sentido de mostrarem que são os primeiros a mudar de hábitos de modo a pouparem uns tostões ao erário público, querendo com isso dizer que se a crise não os atinge, são eles que, querendo estar ao lado de quem sofre, abdicam de algumas regalias que têm. São inspirados no exemplo de S. Francisco de Assis, um italiano muito rico que tinha tudo na vida, mas a quem um "chamamento" fez pensar quão injusta era a sua vida se comparada com a daqueles que nada tinham. Então resolveu renunciar a tudo o que tinha e foi viver com os pobres, como se fosse um deles. Mas esta espécie de franciscanismo em nada, ou quase nada, pesa na diminuição das despesas do Estado e não melhora, nem um bocadinho, a vida dos portugueses mais desfavorecidos. São, pelo contrário, atitudes domagógicas que apenas servem para os distrair. Como classificar esta decisão de Passos Coelho em viajar em classe económica, quando paga o mesmo se viajar em executiva, que é: paga nada? Bem, se fosse o Sócrates a fazer isto os nossos comentadores chamavam-lhe, no mínimo, mentiroso, aldrabão e, até, desonesto. Mas como foi Passos Coelho, dizem que são actos simbólicos para embalar o povo. Mas o povo um dia vai acordar e, depois, a coisa vai ser séria!...

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