quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Um Cardeal do passado?

O patriarca emérito de Lisboa – Cardeal D. José Policarpo – participou há dois ou três dias numa conferência intitulada “Caridade é a fé em acção”. Nessa conferência o senhor D. José aproveitou a ocasião para mandar recados aos cidadãos que manifestam o seu descontentamento com as políticas postas em prática pelo actual governo, e em particular aos trabalhadores que se manifestam reivindicando os seus direitos, acusando-os de não perceberem que estamos em crise e teimam em impor as suas reivindicações, preterindo o bem comum. Fiquei a saber que o patriarca emérito engrossa a lista daquelas pessoas que fazem questão de mostrar que são mais troikistas que a Troika e que defendem esta política de austeridade, que empobrece os portugueses, com o argumento de que caso não se atinjam as metas da troika não vai haver dinheiro para pagar salários e pensões. No fundo, amedrontam as pessoas com o dilema: Ou a austeridade ou “fim do mundo!”.
O senhor Cardeal Policarpo, enquanto cidadão, tem todo o direito de defender as políticas neoliberais do Governo, mas deve ter algum cuidado na forma e nos lugares em que o faz, para que não suceda o que me sucedeu a mim: ao ler o que ele disse comecei a recordar as preleções do Cardeal D. Manuel Gonçalves Cerejeira quando fazia a defesa da velha política de Salazar: “pobretes mas alegretes”. É verdade que D. José Policarpo é patriarca emérito (felizmente, digo eu), mas não deixa de ser Cardeal e, assim, faz parte do Sacro Colégio Cardinalício, podendo participar num Consistório ou até num Conclave, dado que ainda não tem oitenta anos. Mas está completamente desalinhado com os novos princípios que o Papa Francisco pretende implementar na Igreja Católica. Este quer uma Igreja preocupada sobretudo com os pobres e os mais desprotegidos, o combate ao desemprego e a defesa dos direitos de quem trabalha. Infelizmente, à boa maneira do Estado Novo, o Cardeal D. José Policarpo quer uma Igreja ao serviço do Governo, auxiliando-o a convencer os cidadãos da inevitabilidade das suas más políticas. Mas, até ver, e para nosso sossego, a maioria dos prelados portugueses não pensa assim.

A REFORMA DO ESTADO

A célebre reforma de Estado, em choco há um ano, é "aquilo" que o desgastado Paulo Portas anunciou? O que ouvi, para além de generalidades mais que conhecidas,  foi uma lista de intenções que o governo gostaria de ver implementadas (nada de novo), mas de que não é capaz de concretizar sozinho. 
Depois de uma gestação prolongada, uma paridela medíocre, para cumprir um sempre adiado calendário.
Este governo já deu o que tinha a dar e há muito que deveria ter dado o berro. Só o Presidente da República ainda não deu conta.


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CONTRIBUTOS EXTERNOS


Mais um contributo do Zé Gil.



CANTAR DE GALO
                                                                                          Gil Monteiro*

Cantar de galo é, e terá sido, uma expressão depreciativa. Será por dar ares de arrogância de comportamento ou pela exuberância das penas ou corpulência?! Como pessoas que se armam nessa matriz?!
Ao nível do conhecimento, muita gente canta de galo – esquecendo as regras das loas contadas de cor!
Ter a ventura de assistir a avó a por a galinha a chocar ovos, e tinha que ser pedrês (forte e bonita), no fundo de um cesto vindimeiro, onde estavam os 12 ovos e o ninho de palha centeia, foi uma aula prática perfeita que, meio século depois, os conhecimentos adquiridos estão presentes, mas não os vou contar todos...
Apenas informo como se conheciam os pintainhos por sexos:
Quando as penas começavam a crescer, eram pendurados pelo bico, antes de regressarem ao cesto, os que se debatiam forte, arranhando a mão com as patas, eram frangos e os mais pacíficos eram futuras galinhas produtoras de ovos e carne. Claro, o mais ativo, futuro “comandante” do galinheiro, era-me oferecido ou melhor dito meu. Não podia ser sacrificado, nem para dar sabor às alheiras! Os outros, bem identificados pela Adélia, morriam pelas festas! Levar frangos assados, para a Senhora da Azinheira, no alto da serra, até o concerto da Banda de Mateus era mais afinado, e o Codinhas dançava melhor à sombra dos castanheiros; no dia seguinte, os sãomartinhenses comiam as merendas à volta da Ermida; aos toques do “piqué”, bailavam e conviviam.
Estamos a voltar ao antigo. As músicas e os hábitos é que são outros... Os automóveis mudaram tudo – os cafés e restaurantes estão logo ali. Mas, as bandas musicais continuam a subir nos coretos!
Curiosa nota:
A febre da compra de alojamento nas zonas balneares, principalmente no Algarve, está a ser invertida pelo adquirir casas ou terrenos nas aldeias, não só por naturais da beira-mar como holandeses ou belgas. Alguns só passam as férias, mas outros vão ficando. O regresso à agricultura vai surgindo...
Os sons campestres são sempre encantadores. Ouvir o chilrear dos pássaros, pela manhã, o balir das ovelhas, o cantar dos ralos, em serenas noites de verão nos lameiros, e as melodias das cigarras nas ribeiras?!
Mas, há agora quem embirre com o cantar do galo de noite, e se queixe às autoridades próximas!
No tempo que só o meu pai tinha relógio de bolso e de tampa de abrir, as horas, pelas manhas de inverno, eram dadas pelo cantar do galo – “toca a sair da cama, já o galo cantou três vezes”! A noite chegava, embrulhada em neblina, quando as galinhas começavam a recolher ao poleiro. Outras horas eram referidas às passagens das carreiras (autocarros), nas idas e vindas dos comboios do Pinhão, quando nas estadias na quinta de Provesende. Mas, a melhor referência era a sombra da cruz cimeira da capela na rua, com descontos conforme o andar dos dias.
A residir na freguesia de Paranhos (Porto), tive o privilégio, e ainda vou tendo, de ouvir o có-corócó dos galos e garnisés. Perto da quinta do Covelo, organizada em parque biológico, ainda perdura alguma rusticidade, agricultura e alguns galinheiros. As noites mal dormidas têm música de capoeira, que enleva o sono e embala o sonho, nos cós-corós!
E as modernices?
              - Ter vidros duplos, nas janelas e varandas, é bom.
O cantar do galo ficou mais longe!...


   Porto, 2 de outubro de 2013

                                                                               *José Gil Correia Monteiro

                                                                              jose.gcmonteiro@gmail.com

terça-feira, 29 de outubro de 2013

A QUALIDADE DAS LEIS

Se um dia forem apanhados pela polícia a mudar um pneu ou a tentar resolver um acidente rodoviário sem o colete reflector, digam sempre que não têm, mesmo que o tenham convosco.
É que a multa por não ter o colete é de 60 a 300 euros.

A multa por não o utilizar (tendo-o) é de 120 a 600 euros...


 

Código da Estrada (Decreto-Lei 114/94 de 3 de Maio alterado pelo Decreto-Lei n.º 44/2005 de 23 de Fevereiro)
Artigo 88.º
Pré-sinalização de perigo
1 - Todos os veículos a motor em circulação, salvo os dotados apenas de duas ou três rodas, os motocultivadores e os quadriciclos sem caixa, devem estar equipados com um sinal de pré-sinalização de perigo e um colete, ambos retrorreflectores e de modelo oficialmente aprovado.
2 - É obrigatório o uso do sinal de pré-sinalização de perigo sempre que o veículo fique imobilizado na faixa de rodagem ou na berma ou nestas tenha deixado cair carga, sem prejuízo do disposto no presente Código quanto à iluminação dos veículos.
3 - O sinal deve ser colocado perpendicularmente em relação ao pavimento e ao eixo da faixa de rodagem, a uma distância nunca inferior a 30 m da retaguarda do veículo ou da carga a sinalizar e por forma a ficar bem visível a uma distância de, pelo menos, 100 m.
4 - Nas circunstâncias referidas no n.º 2, quem proceder à colocação do sinal de pré-sinalização de perigo, à reparação do veículo ou à remoção da carga deve utilizar o colete retrorreflector.
5 - Em regulamento são fixadas as características do sinal de pré-sinalização de perigo e do colete retrorreflector.
6 - Quem infringir o disposto no n.º 1 é sancionado com coima de (euro) 60 a (euro) 300, por cada equipamento em falta.
7 - Quem infringir o disposto nos n.os 2 a 4 é sancionado com coima de (euro) 120 a (euro) 600.






Esta foi recebida por email.e é real, como verifiquei no referido Decreto-Lei.
Será que o autor desta preciosidade já terá sido condecorado?

OS BONS ESPÍRITOS...

Os bons espíritos sempre se encontram, como se pode constatar em Loures, onde o recém eleito presidente Bernardino se coligou com os amigos do PSD.
A primeira visita do estado da arte será  à democrata Coreia do Norte, onde será proposta ao kamarada Kim Jong-un a geminação de Pyongyang com Loures? Não se pode fazer por menos,.

CÃES, GATOS E OUTRO ANIMAIS

A contribuição da ministra Cristas para a crise está encontrada: limitar o número de cães e de gatos que cada família pode ter. Um dia destes podem vir as galinhas, os coelhos, os porcos, os cavalos, os burros, as mulas e até, quem sabe?, as ratazanas do quintal. O controle das moscas da merda é que vai ser mais difícil, mas pode ser que chegue lá. Medidas destas, inteligentes, é que poderão permitir que o país saia da fedorenta fossa onde nos meteram. Que a ministra e seus colegas continuem a usar o bestunto é o que se pede.

só desta gente!

Pelos vistos, as mercearias “Pingo Doce” encomendaram à editora Babel 250 exemplares do livro de José Sócrates, provavelmente, pensaria toda a gente, para vender. Ontem foi noticiado que, por ordens superiores, provavelmente do merceeiro-mor Soares dos Santos, a Jerónimo Martins tinha cancelado a encomenda. Entretanto, hoje é noticiado que as ditas mercearias Pingo Doce voltaram atrás na intenção de devolverem os exemplares do livro de José Sócrates e mandaram pô-los imediatamente à venda em várias lojas.

O que dizer disto? Mais um golpe publicitário daquela gente, que aproveita todas as ocasiões para ser falada na Comunicação Social. Eles sabem bem que o êxito do livro não passa pelos 250 exemplares que possam vender. E como não gostam de Sócrates até fariam tudo para os deitarem ao lixo. Mas como até vendem a alma ao diabo para se fazerem notados e serem falados, inventaram este rasteiro golpe publicitário. Só desta gente!   

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

CONTRIBUTOS EXTERNOS

Mais um contributo do Henrique Antunes Ferreira

Vamos ajudar a Galp

Por Antunes Ferreira
Há momentos na vido de um homem em que a tristeza e até a desilusão imperam por força das desgraças que acontecem a outrem. Pessoas e instituições que se lamentam da desdita merecem-me a afirmação de que estou com elas, lhes dou a minha solidariedade mais sincera, e que estou disposto – se tal for necessário – a enxugar-lhe as lágrimas.
Ombro em que se amparem ofereço-lhes desinteressadamente, e nele podem estar certas que podem chorar as suas mágoas. Os amigos têm de ser assim sobretudo nas ocasiões mais difíceis. Por isso compreendo as lamentações, aliás justíssimas, dos que sofrem na carne e nos órgãos (refiro-me obviamente a entidades, as mais das vezes pouco habituadas ao negativo da vida e por isso mal preparadas para reagir ao descrédito) as inclemências e os desvarios que existem neste planeta azul.
Feita esta declaração muito sentida em virtude de preocupações ciclópicas (parece-me que o termo foi utilizado por um governante que sucedeu a outro no antigo regime) que apoquentam homens e organizações, debruço-me verdadeiramente preocupado sobre notícia que obnubila uma empresa que nos acompanha a todos (ou quase) no dia-a-dia e que se esforça por nos servir bem. Vamos, pois, ao augúrio: “A Galp apurou um lucro de 218 milhões de euros nos nove primeiros meses do ano, menos 58 milhões (ou 21%) do que no mesmo período do ano passado” Numa confissão pública – o que é sempre de louvar – foi a própria petrolífera portuguesa que o revelou há dias.
E num revolver o punhal da angústia na ferida (diga-se que não foi um haraquíri) juntou logo em seguida que o resultado foi penalizado pelo desempenho no terceiro trimestre, período em que a empresa apresentou uma deterioração dos resultados financeiros e teve um aumento das amortizações e provisões no negócio de refinação e distribuição.
O povo que gosta de ser informado e portanto elucidado carregou o cenho. Podia lá ser? Um tal desastre de dimensão nacional era quase um cataclismo para não dizer mesmo um tsunami. Receou. Seria necessário recorrer à Igreja que nos momentos mais complicados está sempre ao dispor dos que sofrem? Umas novenas? Umas procissões? Umas penitências? A hipótese de umas voltas de joelhos à volta do recinto sagrado de Fátima?
As declarações do Emérito Cardeal Policarpo vieram, porém, lançar a hesitação sobre a intercepção da casa de Deus. Isto porque o ilustre purpurado/reformado tinha afirmado que lhe parecia “ que ninguém sabe que Portugal está numa crise e dá a ideia que todos reagem como se o estado pudesse satisfazer as suas reivindicações». Mas, não se ficou por aqui o prelado resignatário.
Disse mais: que não encontrara ”ninguém das oposições - todas elas - que apresentasse soluções. E se falhasse este mecanismo da economia liberal, Portugal só teria dinheiro para mês e meio», frisou, acrescentando que, nesse cenário, «não haveria dinheiro para pagar salários e pensões». É certo que D. Policarpo se considerou a si próprio fora do prazo de validade, mas não é menos o que entendeu sobre isso a Santa Sé. Donde, para ajudar a Galp, tinha de haver outras soluções que não a intervenção divina, mesmo dando de barato que o auxilio da Senhora de Fátima poderia ser ineficaz. A testá-lo, o Imóvel de Belém continuou – imóvel. Nem com a ajuda da ilustríssima esposa falou. E se o fizesse certamente diria mais uma vez asneirada da grossa, já que em alternativa nenhuma mosca se arriscaria em entrar em boca tão suja, vingativa e mentirosa.
Daí que reafirme a minha irrecusável piedade pela Galp. Que já foi Sacor fundada pelo judeu Martin Saim, residente em Paris e que teve nos seus corpos gerentes figuras importantes do salazarismo, a mais conhecida delas foi Francisco Casal Ribeiro, o ultra mais ultra no combate ao “primaveril” Marcelo Caetano.

Estou mesmo na expectativa do aparecimento no Facebook de uma proposta para a constituição de uma associação cujo escopo será a angariação de fundos para ajudar a gasolineira. Para tal sugiro a contratação da Dona Isabel Jonet, especialista em peditórios a nível nacional, com especial incidência às portas das grandes superfícies comerciais. Com uma condição sine qua non: que o litro da gasolina vá descendo a pouco e pouco, até que me seja possível encher o depósito do meu carro sem recorrer ao método usado pelo (des)Governo: assalto e roubo à mão desarmada.

E AS CRIANÇAS, SENHOR?

Leio e ouço que o casal Bárbara Guimarães/Manuel Maria Carrilho anda de candeias às avessas, com insultos mútuos públicos e outros desmandos, onde cabem seguranças privadas, cada um culpando o outro pelo desastre matrimonial (anunciado há muito?). Cada um come do que gosta, bem sabendo que algumas iguarias podem vir a provocar dores de barriga....
Só não entendo é como é que a Segurança Social e o Tribunal de Menores ainda não institucionalizaram as crianças, já que, ao que parece, os pais não têm as necessárias condições parentais para delas cuidarem. Critérios, por se tratar de VIPs?

domingo, 27 de outubro de 2013

sábado, 26 de outubro de 2013

AVISO

Não esquecer de, hoje, antes de adormecer, ligar o despertador para as 2 horas da próxima madrugada. Deve então levantar-se e atrasar em uma hora todos os relógios que tem em casa, incluindo o do fogão e o do micro-ondas.
Não tem de quê.

MEMÓRIAS


Neste dia, em 1942, nasceu Milton Nascimento, cantor brasileiro

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

MENTIROSOS

O Sócrates só veio levantar a confusão onde já tudo é  mui confuso. Então, não vem ele dizer que, enquanto primeiro-ministro, terá sondado o Pedro para o governo, cousa confirmada pelo padrinho e patrão do Pedro, de seu nome Ângelo,  e  sobre o que o Pedro diz  nunca ter ouvido falar? Alguém anda aqui a mentir e não pode ser apenas um.

A Direita está em pânico. Com medo de quê?

Após perder as eleições legislativas de 2011 José Sócrates afastou-se da vida política, pelo menos em termos activos. Demitiu-se de líder do Partido Socialista, resignou ao cargo de deputado e foi para Paris complementar a sua formação académica, concretamente, fazer um mestrado numa conceituada universidade.
Mal José Sócrates entrou no avião que o levou a Paris, a Direita, sobretudo a mais trauliteira, e o Governo e a maioria que o sustenta, começarem a atacar José Sócrates, fazendo dele um diabo que era o responsável de todos os males, mesmo sabendo, como sabiam, que ele não tinha quaisquer possibilidades de se defender. No fundo foram iguais àqueles cobardes que gostam de atacar o adversário pelas costas, com a agravante no que ao Governo diz respeito de ter dito aos portugueses que de forma alguma iria governar apresentando desculpas com o que havia sido feito pelo Governo anterior.

 Um pouco antes de passados dois anos, José Sócrates foi convidado pela RTP para comentar semanalmente a vida política portuguesa, convite esse aceite  com a condição de o fazer de forma gratuita (deduzo eu que provavelmente lhe darão um cafezinho, não?). Caiu o Carmo e a Trindade! A Direita foi logo assolada de um certo nervosismo meio cretino, chegando ao ponto de quererem saber quais os critérios para tal convite. Esqueceram-se, por certo, que há vários comentadores da Direita que também fazem comentários  nas televisões, incluindo na RTP. Entretanto, nestes próximos passados dias, para lá da apresentação dum livro, correspondente à tese do seu mestrado, José Sócrates dá uma entrevista à jornalista Clara Ferreira Alves do Expresso e outra entrevista à jornalista Maria Flôr Pedroso da Antena 1. Nestas três peças – livro, entrevista ao Expresso e entrevista à Antena 1 – José Sócrates defendeu-se de muitos dos ataques que lhe foram feitos, das muitas tropelias que a Direita, sedenta do poder, lhe arranjou e das muitas mentiras e acusações vis com que foi presenteado. Daí ter-lhes chamado bandalhos, pulhas e filhos da mãe (se foi mesmo assim, foi pouco). A Direita…, entrou em pânico. Porquê; Tem medo de José Sócrates? Só pode. Eles sabem que Sócrates é corajoso, não tem medo, conhece bem os dossiers governativos e, sobretudo, está mortinho por “dar o troco” a quem “lhe bateu”. Muitos deles nem devem dormir. Tremem tanto toda a noite!

MEMÓRIAS

Neste dia, em 1838, nasce o compositor francês Georges Bizet





quinta-feira, 24 de outubro de 2013

SEGURO

Creio que o Seguro esteve ontem na AR a dizer ao Passos para não se irritar. Depois disso, desapareceu. Não esteve no lançamento do livro do Sócrates (onde esteve todo o mundo) e hoje não foi avistado na tomada de posse do António Costa (onde também não faltou nenhum filho d'algo).
Que se passa com o Tozé?

CONTRIBUTOS EXTERNOS

Mais um contributo do Henrique Antunes Ferreira

“Eu não tenho amigos!”
Por Antunes Ferreira

“Ó sr. deputado, eu não tenho amigos!”,  afirmou Pedro Passos  Coelho, em resposta a Jerónimo de Sousa. “Não admira!”, exclamou de imediato o líder da bancada comunista, num aparte bem audível no plenário. E a oposição rompeu em gargalhadas, o que motivou que Coelho corrigisse logo a seguir, “Eu não tenho amigos no Banif”. Assim respondia ao secretário-geral do PCP que afirmara que o (des)Governo só tinha mãos largas para os amigos. Referia-se ao estranho caso do BPN. E perguntou ainda se estava “em condições de garantir que os portugueses não vão ser chamados a pagar outro BPN no caso do Banif”.
Coelho não gostou da pergunta do líder do PCP Mas nos minutos que tinha para responder a Jerónimo o chefe do Governo acabou por não dizer se o Banif já liquidara ou não as tranches das ajudas estatais que recebeu. Teve de esperar até ao final do debate para, com um papel na mão, dizer que o Banif “já devolveu 150 milhões de euros com o primeiro reforço de capital que foi realizado”.
A sessão par(a)lamentar de ontem foi um tremendo desastre para o nosso primeiro. Se quisermos sintetiza-la numa curta frase não será difícil: foi um circo. Com Passos sem compasso como palhaço aparentando ser rico, mas no fundo sendo pobre. De espírito. Os deputados da coligação espúria aplaudiram-no, defenderam-no, mas, pouco, com convicção alegro ma non tropo. Os da oposição riram-se – e não tiveram pena dele.
João Semedo já o “incomodara”; ou seja, a oposição toureava-o e naturalmente a pseudo serenidade de Passos foi-se esbatendo, chegando ao ponto de ruptura do verniz com que tenta disfarçar as mentiras que diz aos Portugueses. Encostado às cordas sobra-lhe em irritação o que tenta passar de calma e tranquilidade a quem todos os dias é roubado por ele próprio ou pelos seus capangas.
Erro pornográfico
Na sua edição on-line de hoje, como habitualmente, o Expresso publica a coluna Politicoesfera assinada pelo seu titular João Lemos Esteves. Com este não estou de acordo por diversas vezes; mas o texto merece-me um aplauso, de tal forma que, se mo permitisse a minha cabeça (e o meu teclado) não teria pejo de o assinar. Mas, assim, limito-me a transcrever dois passos dele.
“João Semedo afirmou, ontem no debate parlamentar, que não sabe se o Governo ainda tem tropas - mas certamente já não tem generais. Pois bem, acrescento que o general Passos Coelho nunca existiu e já está praticamente deposto - e as tropas, face à inexistência política absoluta do general (e inexistência, como se sabe, é mais grave do que nulidade política), as tropas - e as melhores tropas - de Portugal continuam a desertar.
(…)

Passos Coelho cometeu um
 erro pornográfico: afirmou que o Orçamento de Estado para o próximo ano comporta vários riscos. Portanto, já não bastava que o OE tivesse sido elaborado a trouxe-mouxe , nos últimos dias legalmente previstos para a sua apresentação; já não bastava as indefinições e o défice de esclarecimento sobre algumas medidas pré-anunciadas do Orçamento - ontem, Passos Coelho confessou a sua impotência para executar o Orçamento! Já não é um problema da troika. Já não é um problema de gestão política do executivo e a nossa dependência face ao exterior: é um problema de incompetência exclusiva do Governo, pois é o único órgão que tem poderes para aplicar o Orçamento de Estado e garantir a sua aplicação!”
(O destaque em negro é do autor, a quem felicito pelo artigo.
Aliás, aproveito esta oportunidade para referir que parte deste comentário é respigada do “Público” e de outros órgãos da comunicação social. A todos, o meu obrigado)

Entretanto, António José Seguro também entrou na dança. Não falou em eleições, mas não deixou de insinuar a necessidade de chamar os portugueses às urnas caso o país recorra a um segundo pedido de ajuda. O que também irritou Coelho que, na reposta, recusou debater "clichés". E porquê? Porque o líder socialista acusou o (des)Governo de chamar "programa cautelar" ao que na prática não passa de um "segundo resgate". Seguro notou que "existem quatro formas de regressar aos mercados e só uma delas é independente e dispensa condicionalidades".
António José Seguro frisou que "se houver um segundo pedido de ajuda", Passos deverá "tirar consequências" e não terá "perdão" porque significa que "o programa falhou". Com o semblante carregado, Passos considerou que "é lamentável que o PS pense em confundir os portugueses".  E renovou o desafio ao líder dos socialistas: "No dia em que quiser fechar o nosso programa sem populismo e sem demagogia, eu estou disponível para fazer uma discussão séria”. Por isso, a comunicação social considerou que o frente-a-frente entre Passos e Seguro foi o momento mais quente do debate quinzenal.
A dado passo da sua intervenção, Seguro recordou as afirmações do "ministro do CDS" (Pires de Lima, em Londres, sobre o programa cautelar que já estaria a ser preparado). Passos corrigiu: "não é um ministro do CDS. É um ministro do meu Governo". E até garantiu que a preparação de um programa cautelar não estava na sua mesa, nem na da ministra das Finanças, nem na mesa das negociações com a troika. Foi uma tentativa desesperada de interpretar “As pombinhas da Catrina”. Cruxificado, ainda assumiu pateticamente que está a aguardar o fim do programa na Irlanda para decidir como é que Portugal vai ter assistência no regresso aos mercados. Além de não saber – confessou-o – qual será o futuro da economia, está à espera de ver em que param as modas. Irlandesas.

Foi assim, com esta afirmação – que deve ser lida segundo o ditado “quem espera sempre alcança? – que Coelho deixou uma vez mais no ar a irresponsabilidade de um (des)Governo de putos mal preparados (e mal educados) quando dizem que não foram eles que tinham ido à lata dos biscoitos que a mãe tinha usado para impedir, em vão, o furto desses bolos secos. Porque o roubo que acontece quotidianamente não é de biscoitos. É daquilo com um cidadão em primeiro lugar usa para se alimentar a si e aos seus: dinheiro. Por isso estão muitos Portugueses a morrer de fome.

MEMÓRIAS


Neste dia, em 1725, morre o compositor italiano Alessandro Scarlatti

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

AS OBSESSÕES DE CAVACO

Cavaco Silva têm umas quantas obsessões, sendo que uma delas é ter um Orçamento de Estado aprovado até 31 de Dezembro.O facto de ter consciência de que algumas das normas nele contidas podem ser inconstitucionais não o preocupa nem lhe tira o sono. Promulga-o, e talvez depois poderá pedir (para descargo de consciência?) o parecer do TC, que se pronunciará lá para Maio ou Junho, com o OE em andamento e de difícil frenagem.
A apreciação prévia conduzia a que vigorasse o OE/2013. em regime de duodécimos, até que o TC se pronunciasse, o que poderia ocorrer durante o mês de Janeiro.
Que custos acrescidos resultariam para o país? E como se sentirá Cavaco se, como se perspectiva, algumas normas se vierem a mostrar inconstitucionais? Vale tudo para manter o seu governo?




Não tem emenda!

Paulo Portas – o político mais malabarista e mais pantomineiro de quantos conheço, capaz de dizer agora uma coisa e daqui a cinco minutos dizer o seu contrário – disse, a propósito da manifestação da CGTP no passado Sábado, que as pessoas pobres não participaram porque não se manifestam na rua. Perante tal afirmação, disse cá para mim e para os meus botões: Queres ver que os manifestantes de Sábado foram as tias de Cascais; se calhar?

Este Portas não tem emenda. Para fazer demagogia, e da reles, não se importa de faltar ao respeito a muitos portugueses que se viram pobres porque o Governo do qual ele é vice-primeiro-ministro dissimulado lhes foi retirando o pouco que já tinham. Provavelmente aqueles desempregados com subsídios iguais ou pouco superiores ao salário mínimo, a quem confiscaram uma percentagem com efeitos retroactivos (que sacanice!), de certo que ao ouvirem o salta-pocinhas lhe tributaram os mais rasgados “elogios” (coitada da mãe que não tem culpa). Mas, quem diz o que ele disse, não merece outra coisa.        

MEMÓRIAS (2)


Era este o vídeo a publicar, não o anterior.
Ficam os dois...

MEMÓRIAS

Foi em 23 de Outubro de 1952 (faz hoje 61 anos!) que se estreou o filme de Charles Chaplin Limelight (Luzes da Ribalta)



terça-feira, 22 de outubro de 2013

Que linda imagem damos do nosso país!

Cavaco Silva quando tomou posse como Presidente da República prestou juramento solene perante os representantes do Povo, na Assembleia da República, conforme o número 3 do artigo 127º da Constituição, dizendo: “Juro por minha honra desempenhar fielmente as funções em que fico investido e defender, cumprir e fazer cumprir a Constituição da República Portuguesa”.

Ora, Cavaco Silva, lá jurar, jurou, mas devia estar a fazer figas, a cruzar as pernas ou outra coisa qualquer, pois pelos vistos, lá no seu íntimo já tinha ideias de “mandar às urtigas” o juramento feito. Só assim se compreende o que Cavaco disse numa conferência de Imprensa no Paraguai, com o primeiro-ministro a seu lado. Cavaco, pelos vistos, prefere promulgar um Orçamento provavelmente ferido de algumas inconstitucionalidades, mas a tempo de entrar em execução no primeiro dia do ano, do que enviá-lo para o Tribunal Constitucional para que este órgão se pronuncie sobre eventuais violações da Constituição por parte do Governo. Num Estado de Direito democrático o cumprimento da Lei e sobretudo da Constituição sobrepõe-se a tudo. Mas, para Cavaco Silva é mais importante fazer a vontade à Troika do que defender os direitos dos seus concidadãos. Que linda imagem damos do nosso país!

CONTRTIBUTOS EXTERNOS

Mais um contributo do Henrique Antunes Ferreira:

Andar por aí

Antunes Ferreira
Pedro Santana Lopes criou a frase que ficou nos anais da história política de Portugal: “vou andar por aí…” Numa remake deturpada, Aníbal Cavaco Silva, quando confrontado pelos jornalistas para que esclarecesse a sua enigmática declaração sobre a possibilidade de enviar ao Tribunal Constitucional o Orçamento de 2014, afirmou com um sorriso (o que é raro, e os que exibe são no mínimo forçados) que face à questão, pedissem ao ministro Poiares Maduro que elucidasse o que ele, Cavaco tinha querido dizer, pois “ele anda por aí”.

Curiosa esta “delegação de poder para explicar afirmação alheia”. Não consta que a nova “figura política” esteja contemplada em algum código jurídico. Donde, o apelidado Presidente da República que já inventara o façarei e os cidadões, criou agora uma também nova legislação (?) ad hoc. No meio da balbúrdia que grassa nos meios presidências/governamentais – o que é o mesmo -, esta sentença é, realmente, inesperada, mas simultaneamente sintética, concisa e clara. Muito obrigada, Senhor Professor Doutor.

De homens como este, sábios, brilhantes, cultos, dialogantes, inspirados – quiçá pela Senhora de Fátima e pela sua (dele) caríssima esposa – carece este País. Porém, felizmente, eles emergem das águas mais revoltas; para ser mais específico, ele emerge. Sem margem para dúvidas, Cavaco emerge, contrariando assim os que afirmam que imerge. Arquimedes enunciou que "Todo o corpo mergulhado num fluido em repouso sofre, por parte do fluido, uma força vertical para cima, cuja intensidade é igual ao peso do fluido deslocado pelo corpo."

Aliás, é bom que não se esqueça a sua deslocação às Desertas, a fim de visitar as cagarras. Ainda que em navio da Armada Portuguesa ele nunca imergiu. Fá-lo-ia talvez se tivesse utilizado um dos submarinos que Paulo Portas “arranjou”; mas não foi esse o caso. E sem pretender abandalhar este escrito, poder-se-á dizer que o Senhor Silva também não emergiu; não andou sob as águas do mar revolto, mas sim, sobre. Está-se, portanto, perante um émulo do Cristo. O mais alto magistrado da Nação – expressão utilizada, como é sabido, nos tempos salazarentos, mas que a Cavaco se aplica como uma luva – tem, pois, uma aura divina. E apóstolos.

Caminhar sobre as águas

Relembra-se aqui o episódio evangélico do caminhar sobre as águas, protagonizado pelo filho (?) do carpinteiro e pelos doze discípulos que o acompanhavam habitualmente. Conta a estória (que não se pode confirmar por não existir documento comprovativo) que o Nazareno recomendara à dúzia que o seguia, “Tende fé, camaradas, e andareis sobre as águas” – ressalve-se o termo aqui utilizado, que pode ser substituído por amigos - que nesse caso eram as do mar da Galileia. 

Em abono da verdade – e antes de concluir o ocorrido – há que dizer que uma outra versão do milagre foi relatada por Mateus (14:22-33), Marcos (6:45-52) e João (6:16-21). Mas, para o caso, há que retomar o que se vinha relatando. Evangelhos há muitos; pelo menos quatro; mas se contarmos com os apócrifos, que se diz serem cinco a coisa toma outro perfil e, bem entendido, outra dimensão. Adiante.

Os treze intérpretes do suposto milagre começaram, então, a caminhar sobre as águas, com os doze acólitos maravilhados e, ao mesmo tempo, espantados com o feito. Perdão, a dúzia, não; os onze. Isto por que Judas Iscariotes começou a imergir. Já preocupado, ele bateu no ombro de Filipe que o antecedia, solicitando-lhe que passasse palavra a fim de que o Mestre soubesse que ele, Judas, já tinha OH2 pela cintura.

Assim se fez; e o Senhor, voltou-se para Pedro que o seguia uns passos atrás e disse-lhe que, segundo em caminho inverso ao que se verificara, fosse acentuado a Judas que tivesse fé e andaria sobre as águas. Mas, quando a informação chegou ao Iscariotes, este já tinha água pelo peito. E de novo, o caso repetiu-se, com a transmissão oral – que me seja permitida a expressão um tanto pecadora, em linguagem politicamente correcta e usada em campanhas eleitorais, boca a boca.
Quando já estava imerso até aos primeiros pelos da barba, o apóstolo e futuro bufo repetiu o apelo. Este chegou a Jesus que, entre o preocupado e o irónico, respondeu a Pedro: “pronto, não se fala mais nisso; ensinem-lhe a localização das pedras. Estas sim, estas emergiam. Passe o anedótico da estória, há que reconhecer que ela tem algum fundamento: não se deve acreditar nem na própria sombra. Si non e vero, e bene trovato.
Ainda está muito verde

Voltando à expressão utilizada na política nacional, o andar por aí já ganhou foros de consagrado de tão repetido. A única dúvida que subsiste consiste em tentar saber que o próprio Cavaco não entendeu o que antes afirmara. O que é absolutamente natural nele, até mesmo com laivos de patológico. Procurou-se o ministro que andava por ali. Encontrado o mesmo, fizeram-lhe a pergunta. A expectativa era razoável. Da sua resposta podia compreender-se o enigma cavaquista. Mas o ministro Maduro baldou-se: ele também não entendera. Apesar do apelido, ele está ainda muito verde.



sexta-feira, 18 de outubro de 2013

EXAGERO POR DEFEITO

Portugal tem cerca de 1400 escravos


Expresso online


Esta edição do Expresso deve ter sido publicado na Noruega.
Com que então "Portugal tem cerca de 1400 escravos"? Só? Devem ter feito mal as contas. Se calhar só contaram os de um único bairro.

O USO DOS PALITOS

"Para tirar os restos de comida que ficaram entre os dentes, nada mais simples do que removê-los com um palito. É um hábito tão antigo entre os humanos que há registos de que o Homo habilis o fazia, há 1,8 milhões de anos. Agora, uma equipa espanhola encontrou marcas na maxila de um Neandertal deixadas pelo uso constante de um palito. Mas se já se sabia que os Neandertais também palitavam os dentes – afinal, surgiram há cerca de 400 mil anos, muito depois do Homo habilis, que tinha esse hábito, e nós ainda hoje o mantemos –, nunca se tinha visto um caso como o do dono da maxila agora estudada: palitava os dentes para aliviar o desconforto de uma inflamação grave nas gengivas."

Público online

Ora essa! Quer dizer: o uso dos "palitos" é bastante mais antigo do era suposto.... Contudo, a notícia apenas se refere aos Homo Habilis e aos Neandertais, e não às respectivas fémeas. Elas não usavam, ou não se sabe?

COMO DIZ?

Lisboa, 18 out (Lusa) - O Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE) denunciou hoje a omissão na proposta do Orçamento do Estado (OE) para 2014 da fórmula do corte de remunerações dos trabalhadores da Administração Pública.
Em carta enviada à presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, a que a agência Lusa teve acesso, o STE referiu que a proposta do OE2014, já em discussão pública, "não se encontra completa".
"De facto, não é disponibilizada a fórmula a que se refere o artigo 33.º, n.º 4, c), e que permite o cálculo da taxa progressiva de redução a aplicar aos valores das remunerações", escreve-se no texto.

Em boa verdade, quem é que se preocupa com essas minudências? O que é preciso é que os "ajustamentos" sejam os necessários para a engorda do porco.

BOLAS À TRAVE

"Manuel Oliveira no FC Porto-Trofense e Rui Costa no Cinfães-Benfica"


TFS online

O Manuel de Oliveira vai filmar o FCPorto-Trofense, o que quer dizer que o jogo, para além dos descontos habituais, vai ter prolongamento e marcação de penáltis, ou seja, jogo para 3 horas sonolentas.
Já o Cinfães-Benfica vai ser disputado em bicicleta e ganha o Rui Costa, claro. O Jesus que se cuide já que pode sair de patins.

UM ESPANTO!

Ouço na SICN que os gabinetes ministeriais vão gastar no próximo ano mais 47 milhões de euros (um acréscimo de 8%) do que em 2013! O ministro Marques Guedes meteu as mãos pelos pés ao tentar justificar a coisa, o que não conseguiu, dando um exemplo esfarrapado que nem uma criança de 5/6 anos utilizaria. Um espanto.
Assim se cortam as gorduras do Estado, pelo que vejo.
A sem vergonhice no seu esplendor!
E como o céu está nublado, não se avista a estrela sobre Belém.

Temos que nos indignar!

É absolutamente inadmissível a pressão que o representante em Portugal da Comissão Europeia fez sobre o Tribunal Constitucional. É um ataque rasteiro e vil ao nosso Estado de Direito, e mostra quão pouco democráticos são alguns servidores da União Europeia. Não sei quem é, nem sei a nacionalidade do autor de tal documento, mas acredito que seja mais um lacaio do projecto neoliberal europeu, capitaneado pela Senhora Merkele de que são fieis súbditos, entre outros, os portugueses Durão Barroso, Passos Coelho e, sempre que lhe convém, e só quando lhe convém, Paulo Portas o maior salta-pocinhas da política.
Mas, como disse Jorge Sampaio há dias numa entrevista à SIC Notícias, não devemos nem podemos ficar calados perante tal afronta às nossas instituições. Por isso os cidadãos têm que mostrar a sua indignação. Infelizmente quem devia reagir e pedir explicações seriam o Governo e o Presidente da República. Mas, o Governo é farinha do mesmo saco e, além disso, em vez de governar para o bem-estar dos portugueses governa para a Troika. E o Presidente da República? Bom, o Presidente da República está em Belém a fazer o que sempre faz: NADA!


O tipo não tem vergonha

Ontem assinalou-se o Dia Mundial para a Erradicação da Pobreza. Várias foram as instituições de solidariedade e de apoio aos mais desprotegidos e à pobreza, como a AMI, algumas Misericórdias e a Cáritas, que deram conta do grande aumento da procura de apoio e do crescente número de portugueses que cai na pobreza extrema. E muitas delas relacionaram este aumento de pobreza à austeridade a que estamos sujeitos. Alguns órgãos da Comunicação Social quiseram saber o que pensava disto o secretário de Estado da Solidariedade e Segurança Social Agostinho Branquinho. Pois o Branquinho, mostrando-se algo zangado, disse que era injusto relacionar a austeridade ao aumento da pobreza, pois o Governo tudo tem feito para ajudar quem menos tem. E falou no cuidado de não tocar nas pensões mais baixas e ter criado e ajudado a criar cantinas de modo a que ninguém passe fome. Deu quase a entender que só passa fome quem quer.
Ao ouvir este disparate desabafei: Este tipo não tem vergonha!
Agostinho Branquinho faz parte daqueles políticos que tomando posições desfavoráveis a uma grande empresa acabam por ser recrutados para a Administradores ou altos quadros das mesmas. No fundo, vão “comer ao prato onde cuspiram”. No que diz respeito ao Branquinho todos nos lembramos da cena da On Going. Ora, Branquinho depois de comer, e bem, na manjedoura dourada daquela empresa, resolveu regressar à vida política (sabe-se que bom não é estar no governo, mas ter estado). Se tivesse um mínimo de decoro, tinha-se recatado e prudentemente dizia, por exemplo, que estava atento e ia tomar medidas, etc, etc. Nunca podia ter dito os disparates que disse, e com alguma arrogância. Por isso, repito: Este tipo não tem vergonha!  


quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Há limites para o cinismo!

Eu não vi, mas já li. Maria Luís Albuquerque, ministra das Finanças, lembrou hoje em entrevista que concedeu que tem três filhos pequenos e dado que tem os seus rendimentos diminuídos, uma vez que os cortes na função pública também a atingem, tem pouca margem para poupar. Coitada!

Agora, mais a sério: Ó Luís; há limites para a demagogia cretina e, sobretudo, para o cinismo! 

A tipa tem cá uma lata!

Anteontem resolvi fazer um grande teste à minha paciência, ouvindo a ministra das Finanças, Miss Swaps, anunciar o Orçamento do Estado para 2014. Devo confessar que não fiquei surpreendido com o conteúdo, pois para lá do agravamento de impostos sobre veículos a gasóleo e sobre o tabaco, pouco ou nada é novo. Lá vêm os cortes nas pensões, nos vencimentos dos funcionários públicos, nas prestações sociais, na Saúde e na Educação. No fundo, a receita do costume – mais austeridade, sobretudo para quem vive com rendimentos do trabalho dependente e/ou de pensões.

Mas, se Miss Swaps não me surpreendeu no conteúdo da sua comunicação, menos me surpreendeu na maneira como comunicou. Com aquela cara de safada a que já nos habituou quando está a dizer mentiras jurando que está a falar verdade, justificou as medidas deste Orçamento com a governação Sócrates. A tipa (vá lá, é melhor que gaja) julga que somos tolos ou totós. Nem se lembrou (ou se calhar não) que Gaspar, quando se demitiu do Governo, deixou uma carta de despedida justificando que se ia embora porque tinha falhado na política de consolidação das contas públicas, na redução do défice e no crescimento económico. E houve uma altura em que quase me comovi. Quando Maria Luís anunciando que em 2014 o subsídio de Natal vai voltar a ser pago em duodécimos, justifica o facto dizendo que a medida é tomada, não por conveniência do Governo, não por teimosia do Governo, mas por conveniência dos cidadãos. É obra; esta tipa tem cá uma lata!

MAIS UM UM DESVERGONHOSO ASSALTO

"Segurança Social pede devolução parcial de subsídios

Publicado hoje às 21:26


Segundo uma carta da Segurança Social, em causa está a aplicação da taxa de seis por cento ao subsídio de desemprego e a aplicação da taxa de cinco por cento ao subsídio de doença.
A Segurança Social está a pedir a devolução de parte dos subsídios de desemprego e doença relativos aos últimos dois meses por causa de cortes aplicados aquelas prestações e que, em alguns casos, não terão sido processados pelos serviços.
Segundo uma carta enviada pela Segurança Social, houve pagamentos indevidos e que por isso os beneficiários têm 30 dias para devolver a quantia em causa.
A mesma carta adianta ainda que em causa está a aplicação da taxa de seis por cento ao subsídio de desemprego e a aplicação da taxa de cinco por cento ao subsídio de doença, que não foram descontados nos pagamentos efetuados desde o final de julho."


Quer dizer: os desempregados e doentes são, como é por demais sabido, gente abonada e desleixada, que deveriam ter pago a horas as taxas prevista na lei sobre os subsídios que recebem. A gaita é que os serviços respectivos, a quem compete a dedução, se esqueceram de aplicar as normas e processam os pagamentos sem as deduções. Mais tarde, "porra, enganei-me" e toca a pedir a devolução do pago a mais, sob pena de os subsídios serem cortados. 
Palpita-me que se a devolução não ocorrer no prazo indicado, ainda vão ter que pagar juros de mora.
Os erros têm que ser pagos por quem os não comete?
Esta merda será um verdadeiro Estado de Direito?

REFORMA DO ESTADO

Quando é que o irrevogável senhor vice-primeiro-ministro Paulo Portas apresenta ao país a tão badalada Reforma do Estado prometida pelo seu chefe (ou subordinado?) há quase um ano? Ou vai sendo feita aos soluços em consonância com os soluços e lágrimas dos funcionários públicos e pensionistas/reformados? Esta gente não terá um pingo de vergonha na puta da cara? Até onde irá a paciência para aturar esta abjecta tropilha fandanga que está a conduzir as famílias à pobreza e humilhação? Será necessário começar a partir os vidros das repartições de finanças, dos bancos ou dos tribunais? Ou será, como diz um renomado blogger, que tem que aparecer por aí um Buíça, o que não aprovo? 
O senhor Presidente da República, tão atento, presente e solícito nos anteriores governos, também não se dá conta do descalabro social que aí vem? Ou apenas estará preocupado com a sua própria economia doméstica?
Parece que a Grécia fez, agora, um manguito à troika e fez muito bem. Por cá, brandos e mansos (ou cornos?) que somos, aceitamos continuar cada vez mais agachados e com as calças ao nível dor tornozelos. Há que dizer BASTA! em altos berros e agir em conformidade, de modo a correr com esta cambada imbecil. 

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

OE E ELEIÇÕES

Pelo que me é dado a conhecer, o OE/2014 não é exequível, seja pelo lado das receitas, que dizem empoladas ou 'pintadas' (com a aquiescência da troika), seja pela lado das despesas, que apenas contemplam os suspeitos do costume - os funcionários públicos e os reformados/pensionistas - , ficando de fora as tão apregoadas gorduras, que permanecem intocáveis a Bem da Nação.
Acrescendo que algumas das medidas previstas se mostram de constitucionalidade duvidosa, é de crer que o PR não arrisque a promulgação sem o visto prévio do TC, ainda que isso o possa contraiar. Em alternativa, promulga e requer a constitucionalidade sucessiva, tentando lavar as mãos em água seca. De qualquer modo, os partidos da oposição não vão deixar de enviar o OE para o TC. Seja como for, certamente que o TC não vai deixar "passar" todas as medidas previstas. Então, com o PR corado de vergonha e com Passos Coelho dentro da lura, sem saída, apresenta a demissão, e Cavaco, contrariado, terá que convocar eleições antecipadas, o que deveria ter feito em Junho. Não poderá ser esta a jogada do governo (e de Cavaco)?


segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Os ex-Presidentes Soares e Sampaio

Neste último fim-de-semana os ex-Presidentes da República, Mário Soares e Jorge Sampaio, concederam entrevistas à Comunicação Social, respectivamenete, à TSF/DN e à SIC-Notícias. Ambos manifestaram enorme preocupação com a situação económico-financeira do nosso país e foram críticos, mesmo muito críticos, com a governação, mas não só. Mário Soares foi mais agressivo e disse, com todas as letras, que o Governo não presta, que alguns membros do mesmo, ministros e secretários de Estado, se portam como delinquentes e por isso deviam ser julgados quando deixassem as suas funções. Jorge Sampaio foi mais contido, mas não deixou de criticar o Governo e sobretudo a insensibilidade com que trata as pessoas, esquecendo-se que é para elas que governa. Um e outro mostraram-se preocupados com a ligeireza com que se criticam órgãos do Estado, nomeadamente o Tribunal Constitucional, e com a facilidade com que se atiram à Constituição, considerando-a como um travão às medidas neoliberais que gostavam de pôr em prática.

Ainda bem que estes dois ex-Presidentes, figuras prestigiadas interna e externamente, vieram chamar atenção para a grave situação em que vivemos e apelar a que é preciso mudar urgentemente de política. Infelizmente quem agora ocupa o Palácio de Belém, nada diz ou faz, para desgraça nossa.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Futebol - a nossa selecção

Queremos quê? Ir ao mundial vencendo o play-off? Juízo! Sejamos realistas, não temos equipa. Só se nos calhar a selecção considerada mais fraquinha e, mesmo assim, desfalcada de um ou dois jogadores. Depois, tenham dó. Temos um seleccionador que é cego e surdo (mas não mudo, porque lá letra tem ele) que não escolhe os melhores jogadores da altura, quer para o grupo, quer para as equipas titulares. Por exemplo: hoje foi notório que Éder devia ter sido titular em vez de Hugo Almeida que esteve quase setenta minutos em campo, a fazer o quê?

Ficarei muito contente se a nossa selecção se qualificar para o mundial do Brasil – é quase uma obrigação, fazermos parte da festa do futebol do país irmão – mas temo que sejamos o bombo dessa festa. Aguardemos.

É preciso dinheiro? Paga o "ZÉ"

Não há dúvidas, cada vez mais somos governados com os princípios mais primários dos tempos do Estado Novo. Agora chegou a vez da RTP. O Governo já deu várias cambalhotas para resolver, dizem eles, os problemas que a estação de televisão pública causa às finanças do Estado. Pois bem, como em todas as outras soluções que o governo inventa para resolver (?) os problemas que vai enfrentando, a solução vai ser: mandar trabalhadores para o desemprego e, se não chega, o resto paga o “ZÉ”.

Assim, é hoje noticiado que a chamada contribuição audiovisual que já pagamos, queiramos ou não na conta da Luz, vai aumentar para financiar o plano de reestruturação da RTP. Assim é fácil governar!

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

A (desgraçada) entrevista

Confesso que ontem pensei várias vezes se deveria ver ou não ver a entrevista a Passos Coelho na RTP, com o nome de “O País pergunta”. Já não tenho paciência para ouvir o primeiro-ministro a dizer tantas mentiras e a faltar ao respeito aos portugueses. Mas, atendendo a que era um modelo diferente e até importado, resolvi ver, embora saiba que a nossas televisões são fracos macacos de imitação no que diz respeito a modelos televisivos.
Devo dizer que não fiquei entusiasmado com o tipo de programa. Preferia uma entrevista com três ou quatro jornalistas a interpelar o primeiro-ministro tendo em conta perguntas previamente feitas por alguns cidadãos.
Quanto à entrevista propriamente dita e ao comportamento de Pedro Passos Coelho, nada de novo. Lá veio a ladainha do costume: é preciso mais austeridade para diminuir o défice e a dívida pública, independentemente do empobrecimento dos portugueses. Passos Coelho, com ar altivo de quem está num pedestal a falar para gente menor, a quem trata pelo nome próprio apesar de o tratarem a ele por senhor primeiro-ministro (se calhar andaram todos com ele na escola), fez profissão de fé de que vai continuar o caminho por ele traçado: austeridade, austeridade e mais austeridade. E se falhar…, o país falha com ele.

Como é possível estarmos a ser governados por um tipo destes? Até quando?

COMOP DIZ?

Teresa Leal Coelho lembra que Passos Coelho renunciou a subvenção vitalícia
10 Outubro 2013, 18:08 por Lusa
A vice-presidente da bancada social-democrata Teresa Leal Coelho sublinhou hoje que o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho renunciou a uma subvenção vitalícia a que tinha direito, o que lhe garante "legitimidade" para discutir o assunto.
 "[Passos Coelho] Foi dos poucos políticos que renunciou à subvenção vitalícia. É talvez um dos poucos políticos que tem legitimidade para propor esta medida", disse Teresa Leal Coelho aos jornalistas, no dia em que o Diário Económico noticia que o Governo da maioria pretende cortar 15 por cento das referidas retribuições, eliminadas em 2005, mas ainda válidas para os políticos que já tivessem direito a elas anteriormente.

Teresa Leal Coelho sublinhou que "naturalmente que o PSD concorda que o esforço deve ser dividido por todos e também por aqueles que titulam subvenções vitalícias", e assume que a "título pessoal" apoia a suspensão a 100% das subvenções aos ex-políticos.

"Aguardamos a proposta de Orçamento do Estado. Vamos analisar a proposta detalhadamente, não sabemos ainda quais são os contornos que virão a ser propostos através da proposta de OE e nessa altura vamos avaliar o alcance e extensão que consideramos adequada e com significado orçamental para que todos possam contribuir para este esforço", declarou a deputada do PSD.

As subvenções vitalícias dos políticos foram eliminadas em 2005, continuando a recebê-las quem tinha constituído esse direito anteriormente a essa data.

TSF on line


Vamos a ver se entendi:
a subvenção vitalícia terminou em 2005, sem prejuízo daqueles que, à data, a ela já tinham direito;
o que tinha feito até então o senhor Passos Coelho para abdicar de uma subvenção a que pudesse ter direito? que me recorde, apenas foi líder da jotinha
quererá a senhora Teresa Leal Coelho explicar-me a coisa, como se eu fosse assim para o atrasadinho?