Anteontem
resolvi fazer um grande teste à minha paciência, ouvindo a ministra das
Finanças, Miss Swaps, anunciar o Orçamento do Estado para 2014. Devo confessar que
não fiquei surpreendido com o conteúdo, pois para lá do agravamento de impostos
sobre veículos a gasóleo e sobre o tabaco, pouco ou nada é novo. Lá vêm os
cortes nas pensões, nos vencimentos dos funcionários públicos, nas prestações
sociais, na Saúde e na Educação. No fundo, a receita do costume – mais austeridade,
sobretudo para quem vive com rendimentos do trabalho dependente e/ou de
pensões.
Mas,
se Miss Swaps não me surpreendeu no conteúdo da sua comunicação, menos me surpreendeu
na maneira como comunicou. Com aquela cara de safada a que já nos habituou
quando está a dizer mentiras jurando que está a falar verdade, justificou as
medidas deste Orçamento com a governação Sócrates. A tipa (vá lá, é melhor que
gaja) julga que somos tolos ou totós. Nem se lembrou (ou se calhar não) que
Gaspar, quando se demitiu do Governo, deixou uma carta de despedida
justificando que se ia embora porque tinha falhado na política de consolidação
das contas públicas, na redução do défice e no crescimento económico. E houve
uma altura em que quase me comovi. Quando Maria Luís anunciando que em 2014 o
subsídio de Natal vai voltar a ser pago em duodécimos, justifica o facto
dizendo que a medida é tomada, não por conveniência do Governo, não por
teimosia do Governo, mas por conveniência dos cidadãos. É obra; esta tipa tem
cá uma lata!
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