sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

DA LÍNGUA PORTUGUESA

TRATAR AS PESSOAS POR VOCÊ OU TU?

Sabe a diferença entre o tratamento por tu e por senhor?  Pensa que sabe, mas leia abaixo um pequeno exemplo, que ilustra bem a diferença:


O Director Geral de um Banco, estava preocupado com um jovem e brilhante director, que depois de ter trabalhado durante algum tempo com ele, sem parar nem para almoçar, começou a ausentar-se ao meio-dia. Então o Director Geral do Banco chamou um detective e disse-lhe:
- Siga o Dr. Mendes durante uma semana, durante a hora do almoço.
O detective, após cumprir o que lhe havia sido pedido, voltou e informou:
- O Dr. Mendes sai normalmente ao meio-dia, pega no seu carro, vai a sua casa almoçar, faz amor com a sua mulher, fuma um dos seus excelentes cubanos e regressa ao trabalho.
Responde o Director Geral:
- Ah, bom, antes assim. Não há nada de mal nisso.
O detective pergunta-lhe:
- Desculpe. Posso tratá-lo por tu?
- 'Sim, claro' respondeu o Director surpreendido!
- Então vou repetir: o Dr. Mendes sai normalmente ao meio-dia, pega no teu carro, vai a tua casa almoçar, faz amor com a tua mulher, fuma um dos teus excelentes cubanos e regressa ao trabalho.

Fabulosa... esta língua portuguesa! Ler devagar e atentamente!


A lingua Portuguesa é estupenda e presta-se a estas coisas: Por exemplo:

Se o Mário Mata, a Florbela Espanca, o Jaime Gama e o Jorge Palma, o que é que a Rosa Lobato Faria?
E, já agora: alguém acredita que a Zita Se-abra para o António Peres Metello?
A lingua Portuguesa é mesmo fascinante!




quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

DA LÍNGUA PORTUGUESA

Esta pérola veio parar à minha caixa de correio electrónico, através de um amigo, e decidi partilhá-la com quem passar por aqui.
"Uma das histórias judiciais que ficaram célebres, na primeira metade do século XX, teve a ver com a defesa de um arguido acusado de chamar "filho da puta" ao ofendido, expressão que, na altura, era considerada altamente ofensiva.
Nas suas alegações, o escritor e advogado Ramada Curto começou por chamar a atenção do juiz para o facto de muitas vezes se utilizar esta expressão em termos elogiosos: «Grande filho da puta, és o melhor de todos!», ou carinhosos: «Dá cá um abraço, meu grande filho da puta!», tendo concluído da seguinte forma:
«E até aposto que, neste momento, V.Exa. está a pensar o seguinte: "Olhem lá do que este filho da puta não se havia de ter lembrado só para safar o seu cliente!"...»

Chegada a hora da sentença, o juiz vira-se para o réu e diz :
«O senhor está absolvido, mas bem pode agradecer ao filho da puta do seu advogado!»"


Esta já é velhinha, mas como voltei a recebê-la hoje, entendi dar dela conhecimento a quem ainda a não conheça.

POESIA, PARA VARIAR

Afirmas que brigámos. Que foi grave.

 
Que o que dissemos já não tem perdão.

   
Que vais deixar aí a tua chave 

     
e vais à cave içar o teu malão.


Mas como destrinçar os nossos bens? 

 
Que livro? Que lembranças? Que papel? 

   
Os meus olhos, bem vês, és tu que os tens. 

    
Não te devolvo - é minha! - a tua pele.
Achei ali um sonho muito velho, 

 
não sei se o queres levar, já está no fio. 

   
E o teu casaco roto, aquele vermelho 

    
que eu costumo vestir quando está frio?
E a planta que eu comprei e tu regavas? 

E o sol que dá no quarto de manhã? 

   
É meu o teu cachorro que eu tratava? 

    
É teu o meu canteiro de hortelã?


A qual de nós pertence este destino?

 
Este beijo era meu? Ou já não era?

   
E o que faço das praias que não vimos?

    
Das marés que estão lá à nossa espera?


Dividimos ao meio as madrugadas?

 
E a falésia das tardes de Novembro?

   
E as sonatas que ouvimos de mãos dadas?

    
De quem é esta briga? Não me lembro.

Rosa Lobato de Faria


SÓ?

O outro tema maior do dia é sobre a sucessão na liderança da Caixa Geral de Depósitos. A administração liderada por José de Matos está a chegar ao fim e já foram convidadas duas pessoas, contam o João Vieira Pereira e a Anabela Campos. Mas a coisa não está fácil, por causa do salário do novo presidente da Caixa, 16.578 euros brutos, bem inferior ao auferido pelos seus concorrentes da banca privada.

Expresso online


De facto, é um vencimento miserável. Eu até era capaz de aceitar o cargo, se escorressem por fora outras mordomias.
A vida não está fácil.

Os resultados das presidenciais e o PS

Ainda os resultados das presidenciais não estavam completamente apurados, já muita gente – jornalistas, comentadores e políticos de todas as cores, sobretudo da Direita Neoliberal – opinava que o PS, diziam uns, e a esquerda diziam outros, tinham sofrido uma derrota. É evidente que tendo vencido um candidato da Direita, recomendado (o que é isso??) pela dupla Passos/Portas, o PS perdeu, sem qualquer dúvida, pois o PS é um partido de Esquerda, aliás o maior partido da Esquerda. Mas desenganem-se aqueles que pensam que o PS perdeu porque Maria de Belém teve aquele resultado miserável. Não, o PS perdeu porque a Esquerda perdeu.
 Não era fácil, bem pelo contrário, derrotar Marcelo, um comentador político cheio de treta, que todo o bicho careta conhece de o ver pelo menos uma vez por semana na televisão a ganhar dinheiro promovendo-se. E mais difícil se tornou quando António Guterres ou António Vitorino não quiseram ir a votos.
Confesso que não entendi, nem entendo, as críticas que alguns apoiantes de Maria Belém – Vera Jardim, Alberto Martins e Manuel Alegre – mandaram para dentro do partido. Maria de Belém não era candidata apoiada pelo partido, nem poderia sê-lo, uma vez que, de uma forma que já classifiquei de velhaca, Maria de Belém anunciou a sua candidatura num momento em que o líder, António Costa, estava a ser entrevistado na RTP. Quanto a mim, o erro do líder e, consequentemente do partido, foi não ter assumido e apoiado de facto (com a máquina do partido em acção) a candidatura de Sampaio da Nóvoa.
Por tudo isto, com todo o respeito e até gratidão que tenho por eles, recomendo a estes barões do PS: JUIZINHO!
Já agora, uma lembrança Para Manuel Alegre: Sampaio da Nóvoa teve, nestas eleições, um resultado melhor que os seus nas duas eleições em que foi candidato.


MEMÓRIAS

Neste dia,



em 1756, nasce W. A. Mozart, compositor austríaco




em 1901, morre Giuseppe Verdi, compositor italiano

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

MEMÓRIAS

Neste dia,







em 1925, nasce Paul Newman, actor norte-americano







em 1973, morre Edward G. Robinson, actor norte-americano







em 1992, morre José Ferrer, actor norte-americano, nascido em Porto Rico

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

RESULTADOS ELEITORAIS

A minha leitura sobre o resultado das presidenciais:

Marcelo ganhou.

Cavaco, sem ser concorrente, perdeu. E nem lhe deram oportunidade de dizer que bem tinha avisado do que aí vinha, o que se lamenta.

Nóvoa, caindo de pé, regressa ao seu métier do velho Tempo Novo, em que dizem ser competente.

Passos Coelho, sem surpresa, vai à vida, talvez por conta de Ângelo Correia.

Portas deixou de contar e a Cristas ainda é estagiária.

O PS perdeu em toda a linha.

António Costa não perdeu nem ganhou, antes pelo contrário.

Maria de Belém, levezinha que é, foi levada pelo vento que passa para a companhia do  padre Melícias.

Os seguristas recolhem, de vez, a penates ou vão continuar a jantar na Mealhada? 

A Mariza vendeu o seu peixe a preço bem conveniente, embora a qualidade do pescado não esteja certificada pela ASAE, sendo certo que o mesmo ostenta um belíssimo aspecto.

O avô Jerónimo inventou um ex-padre e deu-se mal, já quem os crentes não foram à missa, talvez porque o sino não tenha sido ouvido e esteja a precisar de reforma.

O Morais é um ignorante: não sabe que vive no país da cunha institucionalizada e a sua bandeira de uma só cor, desgastada e desbotada, não é chamariz para grandes batalhas.

O vencedor da noite (não fora Marcelo desmancha-prazeres) é o Tino de Rans, em que o país se reviu, como se estivesse a mirar-se ao espelho.

Dos restantes, Henrique Neto, Jorge Sequeira e Cândido Ferreira, a História será omissa.



Breve balanço das presidenciais

Acabadas as eleições presidenciais é hora de fazer um rápido balanço e dizer alguma coisa sobre os resultados das mesmas.
Marcelo Rebelo de Sousa foi o vencedor (permitam-me confessar que contra a minha vontade), conseguindo 52% dos votos – 2 410 130 votos num universo de 9 699 000 eleitores inscritos, o que é um bocadinho menos do que 25% dos potenciais votantes. Mas, sem qualquer dúvida, foi eleito e será por direito próprio o próximo Presidente da República.
Quanto aos outros candidatos:
Previsíveis os resultados de Paulo de Morais, Henrique Neto, Jorge Sequeira e Cândido Ferreira.
Que dizer do resultado de Tino de Rans? Uma completa surpresa. Perde para Edgar Silva por 0,67% dos votos e para Maria de Belém por 0,96% dos votos! Impensável no início da campanha.
Marisa Matias e Sampaio da Nóvoa, perderam as eleições, sem quaisquer dúvidas. Mas os scores conseguidos por ambos, foram animadores. Sampaio da Nóvoa que não pôde contar com a máquina e o apoio real do PS, por força da candidatura revel de Maria de Belém, atingiu praticamente os 23%, percentagem de votos superior àquelas que Manuel Alegre teve nas duas eleições que disputou.
Edgar Silva teve uma grande derrota. Um enorme erro de cálculo do Partido Comunista, que convencido fidedignidade do seu eleitorado candidatou uma figura com pouco ou nenhum carisma.
E Maria de Belém? Maria de Belém teve uma estrondosa derrota. Ficou atrás de Tino de Rans nos distritos do Porto, Viana do Castelo e Viseu. Para quem, com bazófia, dizia dever ser dona dos votos dos socialistas, teve a resposta adequada. Ela e a tralha segurista que, com desejos de vingança de António Costa, a mandou para a fogueira. Não por acaso a Comunicação Social de hoje fala em derrota do segurismo.  

  

A DEVOLUÇÃO DA SOBRETAXA

Estou fulo. 
Até Setembro/Outubro fui consultando o Portal das Finanças para ver a quanto montava a devolução da sobretaxa do IRS de que eu iria beneficiar. À medida que o tempo decorria, ia vendo um valor cada vez mais diminuto, mas sempre acreditei que ia ver algum - promessa da então senhora ministra das Finanças, a dos cofres cheios. Ouço hoje que, afinal, não há nada para ninguém. Está visto: o António Costa e o Mário Centeno arranjaram maneira de me lixar. Se "lá" tivessem continuado o Passos e a Maria Luís nada disto acontecia e talvez eu pudesse vir a trocar de carro. Mas por que é que eu havia de ter votado no Costa?

PRESIDENCIAIS

Não votei Marcelo, porque sim, mas a partir de 9 de Março será o "meu" Presidente e espero que continue a sê-lo durante o mandato.
Um "pormenor" bem grande no seu discurso de vitória: a diferença entre tal discurso e o de Cavaco Silva, em noite idêntica, em 2011. 

Acabaram-se as presidenciais. Marcelo Presidente

E pronto! Acabaram-se as eleições presidenciais. Marcelo Rebelo de Sousa foi eleito, como previsto desde o início da pré-campanha, à primeira volta com 52% dos votos, num acto eleitoral em que se abstiveram mais de 51% dos eleitores inscritos. Ora, como ele próprio disse, o Povo é quem mais ordena e, assim, Marcelo será a partir de 9 de Março – dia da posse –, o próximo Presidente da República. Embora, como muitos portugueses, saiba que Marcelo já disse muitas vezes uma coisa e o seu contrário, fico à espera que cumpra o seu mandato com os princípios e regras que se fartou de apregoar durante a campanha. Gostaria de poder dizer daqui por algum tempo que Marcelo tem sido o Presidente de todos os portugueses. 

MEMÓRIAS

Neste dia, 




em 1990, morre Ava Gardner, actriz norte-americana











 morre Ava Gardner, actriz norte-americana

domingo, 24 de janeiro de 2016

NOVO PRESIDENTE DA REPÚBLICA





Marcelo Rebelo de Sousa é o novo Presidente da República

Espero que a sua prática corresponda ao discurso de vitória.


MEMÓRIAS


Neste dia, em 1943, nasce Sharon Tate, modelo e actriz norte-americana, casada com o actor e realizador Roman Polanski, e que foi assassinada quando grávida

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

VAMOS REFLECTIR

Estamos quase, quase a entrar em período de reflexão, uma das coisas bem esdrúxulas que nos impingiram. Reflictam, pois.
Por mim, e se mais não fora (e é) por exclusão de partes, quero ver, na 2.ª volta, o Marcelo e o Nóvoa e continuar a assistir (o que não faço) à missa dominical na TVI.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

CONTRIBUTOS EXTERNOS

NA MARGEM DO MANDOVI


 0HERALD0

Antunes Ferreira em Goa



Corre tranquilo o Mandovi a caminho do oceano Índico que o espera. Está uma noite deliciosa, não faz muito calor e até desliza  uma brisa, termo que aqui é muito usado… quando ela ocorre. No rio os barcos casinos fosforejam num arraial de cores; há tempos, mais precisamente dois anos, pude ler em 0HERALD0 que o Governo do estado ia proibir os navios onde funcionam os casinos; mas foi sol de pouca dura; o turismo, a segunda fonte de receitas de Goa, tem muita força, a corrupção também e eles lá estão, carregados de luzes que anunciam a riqueza, a felicidade e a plenitude para toda a vida. Isto é, para se encherem de rupias ou preferencialmente de dólares, de euros ou de libras inglesas, moedas correntes em Goa paralelamente com a indiana.

Estou sentado na esplanada Riviera  que pertence ao hotel Mandovi, do outro lado da rua, que foi construído no tempo dos Portugueses e depois da invasão muito remodelado. Comigo estão a Raquel e o doutor Zito Menezes, que foram colegas no então Liceu Nacional Afonso de Albuquerque, uma instituição com muito peso, fundada em 1854 e encerrada em Dezembro de 61, Janeiro, Março e Abril de 1962. Os dois parecem irmãos gémeos, ambos não gostam de arroz (???) a não ser do basmati e bem solto cozido a preceito para não ficar duro nem empapado. Para Goeses isto não se compreende; mas o problema é deles.

Abro o tema da conversa. O HERALDO era um diário do tal tempo dos Portugueses e obviamente escrito na nossa língua. Ainda o encontrei em inglês mas com duas páginas em Português. Li-o pela primeira vez em 1980, aquando da minha primeira visita a Goa. Em 82 já era todo em inglês. No entanto havia que mudar o título para que não fosse exemplo da colonização lusa; mas como queriam mantê-lo “disfarçado” arranjaram uma solução gráfica. Os “O” inicial e final foram “transformados” em “adereços” do mesmo título; daí 0HERALD0… A imaginação tem coisas…

Há dois anos o diário entrevistou-me. A jornalista que veio falar comigo fez um excelente trabalho. Chama-se Diana Fernandes, faz parte da comunidade católica cada vez mais reduzida mas, apesar do nome, só fala inglês e concanim. Mas disse-me que depois de me entrevistar tinha gostado tanto da conversa que ia apender Português. Achei quase carinhosa a ideia. Transmiti-a ao Alexandre Moniz Barbosa, um dos editores do periódico e meu Amigo.

Alexandre tinha sido o editor do “Times of Índia” (Goa), um dos maiores jornais do Mundo com delegações em todos os Estados da India e decidira mudar para 0HERALD0 onde também tinha a mesma categoria profissional, mas já foi promovido sendo hoje editor executivo; fala correctamente Português. E quando há dois anos fiz uma conferência na Fundação Oriente, no bairro mais castiço da capital, Fontaínhas, foi ele o meu tradutor, pois o meu inglês não é suficiente para uma palestra. Para uma conversa ou para uma entrevista chega-me…

Moniz Barbosa e eu tornámo-nos  bons amigos e até já tenho escrito umas “coisas” de Lisboa para o quotidiano. Mas, agora o que está na moda é o novo primeiro-ministro português que apenas eleito passou a ser conhecido pelo “Gandhi lisboeta”. Agora, António Costa é conhecido: o chefe do Governo Português é luso-indiano. A História é muito complicada, eu diria até muito traiçoeira. Num Estado como Goa subsiste algum anticolonialismo em relação aos lusos. Um exemplo: falar Português é indício de neocolonialismo, mas há quem negue a afirmação –o que acontece com muito boa gente, incluindo – pasme-se hindus.

Na cavaqueira agora a quatro pois Moniz Barbosa combinara ir ter connosco ao Riviera, o tema é controverso, Os dois interlocutores, de cepa goesa e de boa casta, interrogam-se sobre esse “receio” do facto de se usar a língua de Camões e de Pessoa. Decido meter uma coelhada numa tal sopa de letras. E sublinho, com o ar mais inocente possível, que a segunda língua oficial da Índia é o inglês. E se a grande Mãe Índia foi esmagadoramente colonizada pelos súbditos de vários reis britânicos, por que raio de bulas o inglês não  é considerado um resíduo do colonialismo do Reino Unido?

Boa pergunta diz-me o médico (que para mim é o exemplo típico de luso-indiano ainda que sedeado em Goa, tal é o seu amor por Portugal, uma vez mais igualzinho à Raquel). Alexandre Moniz Barreto carrega o cenho: tem piada nunca tinha pensado nisso, mas a tua pergunta tem toda a razão de ser. Vou tentar saber alguma informação sobre a questão e depois disso dir-te-ei o resultado. Ao lado lado, o Mandovi continua a deslizar, plácido, apenas interrompido pelos motores dos dois ferry-boats que unem as duas margens. Goa é definitivamente “sôssêgada”…

(Há gravuras do jornal no Google Images)




Eleições presidenciais 5

À medida que a campanha para as presidenciais vai caminhando para o fim, mais me convenço que só dois dos candidatos podem ganhar: Marcelo Rebelo de Sousa, sem dúvida o candidato com melhores expectativas de poder vencer, já que é o único da área da Direita e António Sampaio da Nóvoa, o candidato da Esquerda não refém de nenhum partido. E Maria de Belém? Bom, Maria de Belém, com tantos tiros nos pés que foi dando e continua a dar, com a radicalização do seu discurso, com a arrogância com que ela se acha dona dos votos dos socialistas e ainda com a aceitação que Sampaio da Nóvoa foi conquistando em muitos eleitores de esquerda, perdeu, em meu entender, todas as hipóteses de ganhar.
E este meu entender vem-me daquilo que vou ouvindo e lendo e, sobretudo, das conversas que vou tendo com amigos e algumas pessoas com quem falo. Quando lanço a pergunta: e se Maria de Belém, por absurdo, for à segunda volta, em quem votas? Tenho recebido dois tipos de resposta: ou, não vou votar, ou, voto em branco; em Maria de Belém é que não voto, complementam.

Tenho pena, muita pena mesmo, que o PS se tenha alheado destas eleições. Sei que a actual direcção do partido se viu confrontada com a candidatura velhaca e revel de Maria de Belém, e não quis dividir os militantes. Fez mal.        

EFEMÉRIDES

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Neste dia, em 1941, nasce Placido Domingo, tenor lírico espanhol 


MEMÓRIAS

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Neste dia, em 1961, morre João Villaret, actor e declamador português




quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Eleições presidenciais 4

Parece que a candidata Maria de Belém se arroga em ser, ou melhor, em querer ser a candidata do Partido Socialista. É claro que não é. E eu digo, ainda bem. De qualquer modo, ou ando muito mal informado, ou estou certo que o PS, e quando digo o PS, quero dizer os seus órgãos dirigentes e a sua Direcção foram bem explícitos quanto à posição do partido nestas eleições presidenciais: Na primeira volta o PS não apoia nenhum dos candidatos; se houver segunda volta, o PS poderá apoiar oficialmente um dos candidatos, presumo eu, o candidato da esquerda que for disputá-la com Marcelo Rebelo de Sousa. E se há candidato (neste caso candidata) que nada pode apontar a esta posição do PS, é Maria de Belém, já que a sua candidatura aparece completamente à revelia do partido. Pior, aparece como um acto de vingança da tralha segurista, à qual se juntaram alguns apoios de barões para os quais o partido não deve apoiar quem não for seu militante. E eu pergunto: Muitos destes barões não foram apoiantes de Eanes? A Jorge Coelho não, porque não sei por onde ele andava, mas a Vera Jardim e a Manuel Alegre gostaria que me informassem em quem votaram nessa altura. E se o PS decidiu não apoiar um candidato na primeira volta, os seus dirigentes e outras figuras de primeiro plano, tal como todos os outros militantes e simpatizantes, votam de acordo com a sua vontade e consciência, como é óbvio num país do “primeiro mundo”.
Espero que muitos deles façam como eu que não sou militante e votem em António Sampaio da Nóvoa.


LUTO


Resultado de imagem para almeida santos



Morreu António Almeida Santos

Paz à sua alma

MEMÓRIAS

Neste dia,




em 1942, nasce Nara Leão, cançonetista brasileira





em 1982, morre Elis Regina, cançonetista brasileira 

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

AINDA ESTÁ PARA NASCER...

As aquisições de bens e serviços por parte da Presidência da República são sempre feitos por ajuste direto e sem que se dê qualquer explicação, mesmo estando em causa dinheiro público.

Uma auditoria feita às contas de 2014 – a primeira alguma vez feita à Presidência – denuncia aquilo que considera ser uma prática pouco correta e aconselha a que tal seja mudado em prol de uma maior transparência.
“O procedimento adotado para a aquisição de bens e serviços tem sido, frequentemente, o ajuste direto, por motivos materiais relacionados com a segurança”, lê-se no relatório do Tribunal de Contas, que não deixa de fazer notar que “as razões que impõem o recurso ao ajuste direto têm implicado também o recurso frequente a um conjunto de empresas que, devido às relações de confiança estabelecidas ao longo do tempo, têm recomendado e continuam a recomendar a sua escolha”.
Não sendo nenhum dos contratos em causa publicados no portal Base e sendo, por isso, desconhecidos dos portugueses os motivos que levaram à sua assinatura, o Tribunal de Contas entende que deve haver uma “ponderação entre as dimensões de segurança e transparência”.
Assim sendo, aconselha a Presidência a adotar o “princípio-regra” de publicitar os contratos públicos e “só excecionalmente” restringir essa informação.
A sugestão foi acolhida pelo Palácio de Belém, que admitiu ao Jornal de Negócios vir a mudar os procedimentos, mas só em relação aos contratos assinados a partir de 1 de janeiro de 2016.

Dos Jornais


Já nada me espanta, neste reino fétido. Mas, confesso, gostei do último parágrafo da notícia.

MEMÓRIAS

Neste dia,






em 1955, nasce Kevin Kostner, actor norte-americano






e em 1984, morre José Carlos Ary dos Santos, poeta português

sábado, 16 de janeiro de 2016

CONTRIBUTOS EXTERNOS

Mau-olhado ou ensaio clínico


Por Antunes Ferreira
Mau-olhado diria a minha avó materna Maria da Assunção Prata Antunes, natural da aldeia da Ponte na Beira Baixa. Era dada ao exoterismo sem saber o que era e como era. E acreditava em bruxas, o que originava uns sorrisos de comiseração do meu avô Braz Antunes, o senhor tenente da Guarda Fiscal que ia ao pálio nas procissões. E que tinha uns bigodes encerados apontando para cima. Pequeninha e enrugada assim sempre me lembro dela e em momentos menos felizes ou mais complicados recordo o responso de Santo António para encontrar coisas perdidas ou a novena ao santo Padre Cruz para curar todas as maleitas – e sem mezinhas, apenas com rezas e devoção.

Este intróito vem a propósito (virá?) do malfadado caso do ensaio clinico do medicamento que causou cinco ou seis doentes graves, com um em morte cerebral. Tratava-se do ensaio clínico com voluntários de uma nova molécula os quais já decorriam desde Junho do ano passado e participado 108 pessoas, todas em regime de voluntariato. Nunca tinha havido notificação de qualquer reacção adversa moderada ou grave A molécula é produzida pela Bial a principal empresa farmacêutica de Portugal e uma das maiores da Europa.

Os testes decorriam em França, numa unidade de ensaios clínicos  em França e os resultados funestos levaram a que, naturalmente, eles fossem suspensos. Os doentes que apresentaram sintomas graves estavam e estão sob observação no Hospital Universitário de Rennes, "em vigilância permanente". A própria Bial, que distribuiu um comunicado sobre o gravíssimo assunto informou ainda que um dos voluntários internados está no serviço de reanimação em estado de morte cerebral. A empresa farmacêutica portuguesa vincou ainda que o ensaio foi aprovado pelas autoridades francesas, bem como pela comissão de ética em França, e está de acordo com a legislação que enquadra os ensaios clínicos.

A Bial assegurou ainda que está “fortemente empenhada em assegurar, em primeiro lugar, o bem-estar de todos os participantes neste ensaio, bem como em apurar de forma rigorosa e exaustiva as causas que estarão na origem desta situação”. A ministra francesa da Saúde, Marisol Touraine, adiantou ontem, sexta-feira que já foram abertos dois inquéritos para apurar o que terá sucedido. Paralelamente Adalberto Campos Fernandes, o ministro da Saúde português disse estar a acompanhar "com preocupação" o caso do ensaio clínico do medicamento que causou a hospitalização de seis pessoas, em França, mas manifestou confiança na empresa Bial.
Até ao momento em que escrevo esta crónica nada mais se avançou na questão, Sabe-se que os temas que abordam questões da saúde são morosos, mas têm de ser assim; ela é o maior bem que os homens têm e costuma-se dizer que só se sabe o valor da saúde quando ela se perde. Mas o facto gritante é o envolvimento de uma empresa farmacêutica portuguesa que num dos campos a que se dedica corre o risco de vir a ser desacreditada contra a opinião que sobre ela havia.
Portugal de há uns anos para cá tem sofrido tratos de polé por esta ou aquela razão, nos domínios das finanças, da economia ou da política. São os défices excessivos, são os PIB, são as PPP, são os swaps, são as eleições diversas, são as coligações impensáveis, são as corrupções inacreditáveis, é tudo isso a que leva que os de fora nos olhem de cenho franzido. Isto não quer que estes aspectos negativos e muitas vezes criminosos não existam noutros países. Mas é conhecida a fábula do leão moribundo criada por Esopo.
É nos momentos mais difíceis que é muito mais fácil atirar pedradas. A chamada União Europeia (melhor será desunião), o Fundo Monetário Internacional e o Banco Central Europeu uniram-se na troika que não interessa a ninguém – a não ser ao triunvirato que a formou. Já não nos bastava a crise e odienta austeridade, e vem agora o ensaio clínico de um produto português. Os desastres avolumam-se, investiga-se, criam-se comissões da mais diversa índole e no fundo uma catrefa de mons parturiens. Culpados – nicles.

Começo a pensar que a minha avó Maria da Assunção Prata Antunes, quando falava em mau-olhado era capaz de ter alguma razão. E não sabia ela o estado em que anos depois estaria o país, sobretudo depois da famigerada coligação que governou (?) Portugal nos últimos quatro anos, bem como o cúmplice dela que é conhecido por suposto PR. Nada tinha de pitonisa, nem habitava em Delfos, tinha a sua casa na Rua de Infantaria 1 em Portalegre. 

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

MEMÓRIAS

Neste dia,






em 1957, morre Humphrey Bogart, actor norte-americano




em 2006, morre Shelley Winters, actriz norte-americana




quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Do que Marcelo é capaz!

Já ouvimos neste tempo de campanha eleitoral quase todos os outros candidatos a Presidente da República, à excepção do visado, claro está, acusarem Marcelo Rebelo de Sousa de ser capaz de tudo fazer para ganhar votos. É óbvio que nunca duvidei disso, pois sei bem que Marcelo é um refinado malabarista da política e um bom pantomineiro. Mas Marcelo não para de me surpreender. Hoje de manhã sou confrontado com uma pequena reportagem da sua campanha em que Marcelo visita um lar de idosos e, pasme-se, a dada altura, dizendo umas baboseiras, começa a passar roupa a ferro. Nem queria acreditar. Do que Marcelo é capaz! Que mais iremos ver?


terça-feira, 12 de janeiro de 2016

O MEU CANDIDATO




Já caracterizei neste blog todos os candidatos que se apresentam à eleição de Presidente da República. De todos eles, pelo seu porte, pela sua seriedade, pelas suas ideias e princípios favor dos mais desfavorecidos, pela sua preocupação com o chamado Estado Social e até porque é apoiado pelos três ex-Presidentes da República eleitos após o 25 de Abril, o meu candidato é:


SAMPAIO DA NÓVOA

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

domingo, 10 de janeiro de 2016

Eleições presidenciais 3

Vi os últimos debates da pré-campanha das eleições presidenciais entre os três candidatos que, em minha opinião (e penso que não só na minha), podem vencê-las: Marcelo vs Maria de Belém; Marcelo vs Sampaio da Nóvoa e Sampaio da Nóvoa vs Maria de Belém.
Marcelo, que de certo chegou a pensar conseguir furtar-se a discutir política nestas presidenciais, foi “igual a si próprio”. Não é de esquerda nem de direita; já viabilizou orçamentos ao PS contra os barões do seu partido; se é verdade que já tomou posições contra o Serviço Nacional de Saúde, o Estado Social e a Escola Pública, também já disse bem. Melhor: já disse muitas coisas e o seu contrário. É o tal malabarista refinado. Mas, infelizmente, há muita gente que gosta!
As prestações de Maria de Belém nos debates (e não só nestes), dão-me infelizmente razão quando digo que foi metida nisto por sede de vingança da tralha segurista contra António Costa e depois apoiada por alguns barões que, Deus os livre, não se viam a apoiar candidato estranho ao Partido. Mas…, já não era possível promover outra candidatura. Sem mais comentários, considero as suas prestações confrangedoras. Que dizer daquele “ataque”(?) a Marcelo, lembrando-lhe que “em mil novecentos e troca o passo” chamou lélé da cuca a Balsemão?
Quanto a Sampaio da Nóvoa: Mostrou que, apesar de não ter experiência política, tem presença para primeira figura do Estado e capacidade para ocupar o cargo de Presidente da República. Nos dois debates – com Marcelo e com Maria de Belém –, não entrou em golpes baixos nem em ataques de carácter, apesar de ter lembrado, e bem, a Marcelo muitas das suas contradições, quer enquanto político, quer enquanto comentador.
Aguardemos as suas prestações durante a campanha eleitoral.     


MEMÓRIAS

Neste dia, em 2007, morre Carlo Ponti, realizador e produtor italiano (casado que foi com a actriz Sofia Loren)




sábado, 9 de janeiro de 2016

CONTRIBUTOS EXTERNOS

O “milagre” de João Soares
Por Antunes Ferreira
É raro ouvir um ministro de um Governo da Esquerda dizer que está à espera de um “milagre”. Mas isso aconteceu em Viseu. Explique-se. Foi na sessão de apresentação das comemorações do centenário do Museu Nacional Grão Vasco que vai acontecer em 16 de Março – e o “culpado” chama-se João Soares, ministro da Cultura. Membro da Maçonaria, tem uma herança muito difícil: é filho de Mário Soares e isso diz tudo.
A verdade é que foi mesmo assim. O ministro ainda está à espera do OE 2016, bem como muitos outros dirigentes políticos e a população. E naturalmente da dotação orçamental para a “sua” pasta. O tom da intervenção de Soares foi pautado pela revelação do que é para ele o “segredo” para “fazer muito com pouco dinheiro”. Ou seja o “trabalho”; e alguém alimentasse dúvidas, aliás legítimas, ficou assim desvendado o “segredo”.
E foi perante a pergunta se poderá reforçar a dotação orçamental na Cultura que respondeu que só “por um milagre” Para um homem que não é cristão a expressão tem que se lhe diga. Mas, João Soares, aproveitando a presença de entidades religiosas na cerimónia, com habilidade política fez-lhes um pedido que também foi uma proposta: que pedissem a “ajuda divina”…
É óbvio que a intervenção do ministro da Cultura conteve diversos pontos do tema geral – as comemorações do centenário do Museu. Depois de abordar esses itens Para o ministro da Cultura, o centenário do Museu, que “finalmente” tem título de Nacional, é a oportunidade de homenagear ao mesmo tempo “um dos maiores pintores portugueses de sempre” e uma “grande figura de Viseu e da República”, referindo-se a Almeida Moreira, fundador do Museu Grão Vasco. “Estamos a prestar homenagem ao homem que em 1916 pôs este de pé este Museu, criado na mesma altura em que isso também aconteceu com outros importantes museus nacionais, nomeadamente o da Arqueologia”.

Embora se trate de expressões correntes, as frases em causa motivaram escassos comentários, críticas ou aplausos. Tivessem sido a propósito dos “duelos” Bruno de Carvalho – Luís Filipe Vieira ou Jorge Jesus versus Rui Vitória e logo saltariam à estacada intervenções com palavras menos cultas, mais escabrosas, insultuosas e ameaças de se chegar às vias de facto, ou seja “o que ele(s) merece(m)  são uns murros nas trombas” ou então “que lhes partisse(m) o focinho” ou mesmo qualifica-los “uns bons filhos da pu…, mãe!
Se tal não acontecesse então teríamos sem margem para dúvidas “um milagre”. Mesmo pela intercepção da Virgem de Fátima, do milagreiro Santo Padre Cruz ou até do doutor Sousa Martins, para não falar da Senhora da Agrela (de que o povo diz que não há santa como ela) os dislates não cessariam, os insultos não regrediriam, as ameaças não desapareceriam. Os Portugueses adoram o Rei Futebol, mas – e se tal fosse possível  – saia o pleonasmo: “adorariam mais” as tricas que ele origina. Que o mesmo é dizer que nesta vida o verbo futebolar é o mais importante da conjugação da vida.
No entanto enquanto se espera que acabem os ataques e os contra-ataques (linguagem perfeita para o assunto) no mundo do desporto-rei, o que significa esperar pelas Calendas Gregas, volte-se ao “milagre” que o ministro também espera que possa acontecer, ainda que seja muito difícil, (mas com uma correcção semântica, em vez de espera deve grafar-se desespera) e até com a “ajuda divina” a dotação orçamental para a Cultura não terá sucesso. É o trabalho que entra em cena. Por muito que muitos torçam o nariz, o trabalho é o “segredo”, sem ele o “milagre” é uma boa intenção e invocação – mas não passa disso.
Nós, os Portugueses, estamos fartos de esperar por um milagre. Os velhos do Restelo profetizaram o desastre da descoberta da viagem por mar à Índia. Bartolomeu Dias e Vasco da Gama contrariaram-nos e o último concluiu o feito que o outro começara. Por mais que o cabo das Tormentas passasse a ser da Boa Esperança, restaram umas quantas dúvidas. Mas resto João de Barros, nas suas Crónicas da Ásia tinha escrito que "Partidos dali, houveram vista daquele grande e notavel cabo, ao qual por causa dos perigos e tormentas em o dobrar lhe puseram o nome de Tormentoso, mas el-rei D. João II lhe chamou cabo da Boa Esperança, por aquilo que prometia para o descobrimento da Índia tão desejada. Era o “milagre” alcançado pelos navegadores fruto do trabalho da preparação e da concretização do objectivo.
O diabo é que depois aconteceu Alcácer Quibir e a esperança de mais um “milagre”: o aparecimento de Dom Sebastião montado num cavalo branco saindo de um nevoeiro. Por certo que para João Soares o sebastianismo não é um “milagre”; mas o aumento da dotação orçamental para a Cultura parece sê-lo. E atente-se uma vez mais no povo: mais vale sê-lo do que parece-lo…



ZANGAS (ALENTEJANAS)

Dois alentejanos, zangados há muito tempo, passam um pelo outro, num caminho.
Um deles leva um bovino à frente.
Diz o outro:
- Atão, vais passear o boi?
O outro, muito admirado:
- Atão essa agora, compadre? A gente nã se fala há tanto tempo, e vem agora cá com conversas! Além do mais enganou-se isto nã é um boi, é uma vaca.
Resposta do primeiro:

- Ê cá nã falê consigo. Foi com a vaca!

MEMÓRIAS


Neste dia, em 2011, morre Peter Yates, realizador britânico

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

LA FONTAINE REVISITADO

Estava uma rata preparando-se para comer uma mosca, quando um mocho que observava a cena disse:

- Rata, não comas já a mosca! Espera que a abelha a coma, depois tu comes a abelha. Ficarás melhor alimentada!

Então a abelha comeu a mosca. A rata preparou-se então para comer a abelha, mas o mocho interrompeu-a novamente:

- Rata, não comas a abelha, ela vai ficar presa na teia da aranha e a aranha vai comê-la. Então, tu comes a aranha e ficarás melhor alimentada!

A rata de novo esperou. A abelha levantou voo, caiu na teia da aranha, veio a aranha e comeu-a. A rata preparou-se para saltar sobre a aranha, mas, de novo, o mocho interveio:

- Rata, não sejas precipitada! Há-de vir o pássaro que comerá a aranha, que comeu a abelha, que comeu a mosca. Comerás o pássaro e ficarás melhor alimentada!

A rata, reconhecendo os bons conselhos do mocho, aguardou. Logo após, chegou o pássaro que comeu a aranha.

Entretanto, começou a chover, e a rata, ao atirar-se sobre o pássaro para o comer, escorregou e caiu numa poça de água...!


Moral da história:
Quanto mais duram os preliminares, mais molhada fica a rata!

MEMÓRIAS

Neste dia,




1935, nasce Elvis Presley, rockeiro norte-americano




2003, morre José Viana, actor (de comédia) e artista plástico




2007, morre Yvonne de Carlo, actriz canadiana





2001, morre Jonh William (aliás, Ernest Armand Huss) cançonetista francês 

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

INV(F)ERNO(S)

Para apreciadores do Inverno


http://www.youtube.com/embed/xKy2lLNQYrI?rel=0

PRESIDENCIAIS

Debates em directo, não vi nenhum. Tenho-me limitado aos resumos dos noticiários e parece-me que não perdi nada. E o eleitorado em geral, estará a ficar esclarecido?  Ficam-me muitas dúvidas. E se a campanha propriamente dita não for mais esclarecedora, receio bem que o grande vencedor vá ser a abstenção, superior à que elegeu Cavaco para o 2.º mandato.
Aguardo as cenas dos próximos capítulos.

MEMÓRIAS

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Neste dia, em 1987, morre Trevor Howard, actor britânico





quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

QUAL É A PRESSA?

Estavam dois alentejanos encostados a um chaparro, um deles volta-se para o outro e pergunta:
- Compadre, eu tenho a braguilha aberta?
O outro responde:
- Não, Compadre, não tem.
Responde o primeiro:
- Porra, então mijo amanhã!

O malabarista refinado

Sempre considerei, e considero ainda, que Paulo Portas é e continuará a ser, pelos vistos com um interregno (de quanto tempo?), o maior malabarista e pantomineiro da vida política portuguesa. Mas Marcelo Rebelo de Sousa não fica muito atrás dele. E em cretinice rasteira é, sem sombra de dúvidas, muito mais avançado e refinado. Não era Marcelo (e ainda é, sem sombra dúvidas) o grande criador de factos políticos. Sempre, sempre, para lixar o parceiro. Parceiro esse que a maior parte das vezes estava dentro do seu próprio partido.

Ora, enquanto candidato a Presidente da República, é só pantominas. É cada cambalhota!! Dá gozo vê-lo vestir de alentejano quando vai a Beja, de minhoto quando vai ao Minho, de chapeuzinho de palha na Madeira, etc,etc. Eu até gostava de o ver  ir visitar um circo. Será que iria de palhaço? No catecismo dele está bem sublinhado aquele velho princípio segundo o qual: Em Roma sê Romano. Marcelo sabe que mais de 90% dos votos da Direita são dele. Sabe que precisa de cativar muitos eleitores da esquerda para ganhar e sabe que beneficia da divisão da esquerda e, sobretudo, da divisão do PS. Daí, o descaramento com que diz nos debates que não é de direita, que foi crítico dos governos do seu partido, que criticou e critica Cavaco Silva e outras aldrabices. Mas di-lo com cara de safado compulsivo, ou melhor de pantomineiro compulsivo. É um homem destes que poderá ser a primeira figura do Estado! E por culpa de quem? Quanto a mim, por culpa da Esquerda em geral e em particular da tralha segurista e de alguns barões do PS.

MEMÓRIAS

Neste dia, em 1993, morre Dizzy Gillespie, músico de jazz norte-americano


DIAS

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Hoje é Dia de Reis 









terça-feira, 5 de janeiro de 2016

DIRCURSOS

Assim discursava o Cantinflas


https://www.youtube.com/watch?v=DMMrs9HZ5-k

Eleições Presidenciais 2

Tal como à maioria dos portugueses, estas eleições presidenciais não estão a despertar-me a mesma atenção que eleições presidenciais anteriores. Talvez por isso não tenho dedicado a devida atenção aos debates que têm ocorrido na Comunicação Social. Vi alguns na totalidade e excertos de outros em serviços noticiosos dos vários canais televisivos, sobretudo nos canais informativos – SIC Notícias, RTP 3 e TVI 24. Para classificar aquilo que vi, só me apetece dizer: Que pobreza, ou melhor, que tristeza!
Ninguém tem dúvidas que dos 10 candidatos só três poderão ganhar: Marcelo Rebelo de Sousa, que andou dez anos a ganhar dinheiro para se promover – caso inédito no Mundo –; Sampaio da Nóvoa, apoiado por sectores de esquerda e centro esquerda e por três ex-Presidentes da República; e Maria de Belém Roseira, atirada para o combate pela tralha segurista do PS, sedenta de se vingar de António Costa e depois apoiada por alguns barões que não aceitam que o partido apoie um não militante.
E os outros? Os outros dividem-se em três grupos: Marisa Matias e Edgar Silva, cujos partidos – Bloco de Esquerda e Partido Comunista – quiseram fazer notar a sua presença e, quiçá, a sua influência na eleição do novo Presidente; Henrique Neto e Paulo de Morais, que fazem o papel de ressabiados da política e daí os constantes ataques de carácter aos outros candidatos (Paulo de Morais mais parece um candidato a Procurador Geral da República, tal a obsessão em falar da corrupção); e finalmente Cândido Ferreira, Jorge Sequeira e Tino de Rans que, com todo o respeito que me merecem, mais parece que procuraram algumas, poucas, horas de protagonismo e que provam que qualquer cidadão português que se disponha a gastar uns milhares de euros – duas ou três dezenas de milhar – pode ser candidato. Já agora estarei atento à publicação dos resultados eleitorais para ver se qualquer destes três candidatos atingirá um número de votos superior ao número dos seus proponentes.  

Tudo isto faz com que, evidentemente, seja fraco o interesse dos cidadãos eleitores por estas presidenciais, o que é pouco edificante quando está em causa a eleição do mais alto magistrado da Nação.