segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

É só disparates

Paulo Portas e Passos Coelho andam numa roda-viva, e à disputa, para ver quem diz o maior disparate. E se relativamente a Portas ainda se possa compreender tanto arreganho, pois quer mostrar serviço com medo do voto útil em caso de eleições antecipadas, a passos Coelho exige-se bom senso nas suas intervenções e credibilidade nas suas propostas.
Ora, neste fim de semana, Passos Coelho veio exigir ao Governo que feche todas as empresas públicas que dão prejuízos crónicos. Nem se deu conta de que, de entre outras empresas de importância estratégica para satisfazer necessidades fundamentais da vida dos cidadãos, sobretudo os economicamente mais débeis, estão as empresas de transportes públicos como a CP, a Carris, os STCP, as empresas do Metro de Lisboa e do Metro do Porto. E pior; o homem acha que não servem para alienar, porque não têm grande valor; o valor que trarão para o Estado é a poupança que resulta do seu encerramento. Até Marcelo Rebelo de Sousa lhe caíu em cima. Atenção portugueses, muita atenção! E já agora, vão ver o que Sá Carneiro preconizava relativamente à política de transportes públicos quando fundou o PPD em 1974.

sábado, 29 de janeiro de 2011

O Futebol, tal como as outras pessoas colectivas ou singulares, tem de cumprir as leis da República

O Futebol Português continua infelizmente, ainda que por pouco, a depender dos Pintos e dos Lourenços, que tudo fazem e tudo movem para não perderem o poder que ainda lhes resta. Mas se o movimento associativo, seja ele qual for, se reger por princípios ou estatutos que contrariam as leis da República, os poderes competentes do Estado que têm o dever de fazer cumprir as leis, devem agir e repor a legalidade.
O que se passou hoje na Assembeia Geral da Federação Portuguesa de Futebol foi um desafio à autoridade do Estado por parte de alguns que não se conformam de já não terem o poder de antigamente. Mas "é bem feito" para o Estado que tem para com eles uma benevolência que não tem para com muitos outros cidadãos. Desta vez é preciso metê-los na ordem. Será uma vergonha se a UEFA, a FIFA ou qualquer outra confederação internacional de futebol tiver de
intervir. Para já, amanhã se possível, devem ser-lhes retiradas todas as benesses e ajudas de que beneficiam. Até ver; depois ... ?

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Para ler e tirar conclusões

Hoje,no Diário de Notícias, a Jornalista Fernanda Câncio publica um artigo de opinião, com o título "À burla", onde se compreende bem o embuste, para não lhes chamar outra coisa, das (falsas) manifestações de protesto sobre os cortes no financiamento às escolas privadas com contratos de associação. Estou de acordo com esta jornalista. É preciso dar a conhecer à opinião pública toda a verdade sobre o que está por trás de toda esta encenação. Os hipócritas devem ser desmascarados.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

O COELHO MADEIRENSE

A quem não viu (eu não tinha visto), aconselho um saltinho ao blogue Aspirina B e ver/ouvir a entrevista dada por JoséManuel Coelho à SICN, no post com o título Já 'Chegámos à Madeira'.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Coitado, que pena!

A comunicação social noticia que Cavaco Silva decidiu prescindir do seu vencimento de Presidente da República. Ora, dá ideia que o fez de sua livre vontade, o que não foi o caso. Fê-lo por imposição legal, pois a partir de Janeiro deste ano não é possível acumular pensões com vencimentos do Estado. Cavaco Silva recebe de duas pensões cerca de dez mil euros e para além delas recebia o vencimento de Presidente, que em termos líquidos ronda os seis mil e quinhentos euros. Como ele em questões de dinheiro já mostrou não ser lorpa, optou pelo valor das pensões. Para além do mais, como ele nos confessou, ainda tem que sustentar a sua Maria que, coitada, só tem de reforma um valor que não chega aos oitocentos euritos.
Meu Deus, como conseguem viver com tão pouco!

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Acabem com estas palhaçadas

Tenho muito respeito por esses artistas do espectáculo conhecidos por palhaços. Mas não me ocorre usar outro termo mais adequado para as ditas manifestações que pretendem ser de revolta pelas novas regras que o Governo definiu para apoio financeiro às escolas de ensino privado com contrato de associação. O Estado deve canalizar todo o dinheiro destinado à educação para melhorar o ensino público, e não para financiar os negócios do ensino particular. E quando por insuficiência da cobertura da rede de ensino público o Estado recorre aos serviços de escolas particulares, paga-lhes esse serviço por um preço justo. Se o prestador do serviço não concorda com o preço, não o contrata. Agora o que não se pode admitir são espectáculos demagógicos, que utilizam jovens, para defender interesses privados cujos interessados querem que sejam financiados com os impostos dos outros cidadãos. E o ridículo (ou se quisermos a palhaçada) é tanta, que vai ao ponto de se verem cartazes e pais a dizerem que têm o direito de escolher a escola dos filhos. Pois têm; ninguém lhes tira esse direito. Mas para o exercerem, recorrendo ao ensino privado, pagam a sua escolha. Porque razão eu e outros cidadãos hão-de comparticipar no pagamento de um colégio para que o seu menino ou a sua menina tenha, para lá das respectivas aulas curriculares, aulas de equitação ou de golfe! Peçam uma ajudinha ao cidadão Cavaco Silva que, enquanto candidato às eleições presidenciais, os apoiou.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

O voto em branco não é um voto validamente expresso, porquê?

Nas eleições presidenciais, não ir votar, votar branco, ou anular o voto é na prática a mesma coisa. E estas eleições provaram que assim é. Admito que quem não vai votar não quer participar na escolha que está em causa; que o voto nulo não deve contar para nada, pois se é nulo é como se não existisse; mas já não concordo que os votos brancos não contem, sequer, para o cálculo das percentagens de cada candidato. Se contassem, ter-se-ia de realiar uma segunda volta nestas presidenciais, pois Cavaco Silva não teria (e de facto não teve) o sim da maioria dos votantes. Pior que isto só a reeleição de George W. Bush que foi reeleito presidente dos EUA com menos votos que o seu adversário. Mas, dá para pensar, não dá?

domingo, 23 de janeiro de 2011

Como era previsível

Tal como previsto, Cavaco Silva foi reeleito Presidente da República na primeira volta, embora com o pior resultado de sempre de um reeleito. Por um voto se ganha, por um voto se perde e, por isso, a sua legitimidade não pode ser posta em causa. No entanto, atendendo às circunstâncias e ao facto de os seus adversários (mesmo Manuel Alegre) não serem, figuras relevantes de qualquer partido, Cavaco tinha obrigação de atingir uma percentagem maior do aquela que obteve - abaixo dos 53%. Até Eanes, que teve um opositor forte, não pela pessoa do candidato mas pelo quadro político que o apoiava, conseguiu um resultado muito melhor. Por isso estranho que Cavaco Silva já esteja à procura de confronto quando fala da derrota da infâmia e promete magistratura actuante.

REFLEXÕES

Ficou esclarecido com a incrível campanha a que nos foi dado assistir? E fez a devida reflexão ou nem por isso? Se sim e sim, já sabe em quem votar, né? Se não e não, vá votar na mesma. Se não quer votar "a favor de", vote contra. Não falta em quem votar. É só escolher o pior deles, o que não será fácil, concedo. Já noutros tempos se dizia que o voto é a arma do Povo. Vote!

sábado, 22 de janeiro de 2011

É preciso lembrar-lhe

Acabada a campanha eleitoral para as eleições presidenciais, e após a, infelizmente, mais que esperada vitória de Cavaco Silva (os portugueses têm a memória curta), o partido Socialista (e não o Governo que tem de manter com ele relações institucionais aceitáveis) deve vir expôr publicamente todas as contradições que o Presidente usou demagogicamente durante a campanha eleitoral como por exemplo, quando confrontado com manifestações (encomendadas) hostis ao Governo por causa dos cortes nos subsídios aos colégios com contratos de associação, disse não ser admissível tirar dinheiro à educação, ou aquela outra afirmação, que me fez rir ao ver tanto cinismo, de que os cortes salariais aos funcionários públicos poderiam ser evitados recorrendo à criação de um imposto sobre os ricos. Então, Ó Senhor Cavaco: Não sabia que o seu PSD estava farto de anunciar há muito tempo que não aceitava viabilizar um orçamento com aumento de impotos? Sendo professor de finanças (como gosta de recordar) não acha que, sobretudo, o controlo orçamental se deve fazer pela diminuição das despesas e não pelo aumento dos impostos, por causa da estagnação da Economia?Ah! Saber sabia mas, em campanha eleitoral, dizê-lo, não era a mesma coisa.
Por isso não podem cair no esquecimento tanto fingimento e hipocrisia.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

IMAGINEM-2

Agora há outra versão para não dever haver 2.ª volta nas presidenciais, segundo o candidato Cavaco: as taxas de juro a subir e as dificuldades daí advenientes para as familias.
Votemos Cavaco para impedir tais desgraças. As que temos já bastam!

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Como são os Direitos, Liberdades e Garantias dos Cidadãos na Coreia do Norte?

A propósito dos confrontos entre sindicalistas da função pública (e não só) e a polícia, vi o dirigente comunista Bernardino Soares muito preocupado porque estavam em causa os direitos as liberdades e as garantias dos cidadãos. Claro que tudo isto é um exagero e nem sequer teve em conta se os cidadãos em causa confrontaram a polícia quando esta lhes cortou o acesso a determinada rua, provavelmente por questões de segurança. Bom, mas disso há imagens que mostram quem fez tudo para que inevitavelmente se chegasse ao confronto, que não foi tão violento quanto os jornalistas o pintaram. E muito menos que justificasse o chinfrim que o Bloco de Esquerda e o Partido Comunista fizeram. Mas, voltando aos comentários de Bernardino Soares, gostava de lhe fzer a seguinte pergunta: Como são os Direitos, Liberdades e Garantias dos cidadãos na Coreia do Norte?

VERDADE

Cavaco apregoa com frequência que "falará sempre verdade" aos portugueses.
Não quero nem posso duvidar que assim virá a ser.
Porém, gostava que informasse cabalmente os ditos portugueses de algumas coisas passadas, menos claras, que se recusa a esclarecer, e que não se refugiasse na página oficial da PR, a que nem todos os portugueses têm acesso, e onde nem sempre (nunca?) encontram resposta.

IMAGINEM!

"Imaginem o que seria para Portugal, na situação económica e financeira em que encontra, se prolongássemos por mais umas semanas a campanha. Os custos seriam elevados", disse Cavaco.
Eu nem quero imaginar! Os "mercados" imporiam uma taxa para a dívida da ordem dos 10%, pelo menos.

Diz ainda que "não se sentia bem da sua consciência se andasse a espalhar cartazes com consequências negativas para o ambiente", enquanto os seus apoiantes atiraram milhares de papéis coloridos das janelas para a rua.
Aqui, concordo parcialmente: as consequências negativas seriam, não tanto para o ambiente, mas para a poluição visual.

Este homem não deixa de me surpreender.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

É preciso ter lata

Já não posso ouvir o candidato Cavaco a defender os coitadinhos dos funcionários públicos que vão sofrer com a crise, ao contrário de outros que têm altos rendimentos e que nada sofrem, diz ele (deve estar a falar dos seus amigos do BPN que nada pagam, nem nunca pagaram, com os negócios feitos nos paraísos fiscais). Então não foi ele, enquanto primeiro-ministro, que questionado se não havia funcionários a mais na Administração Pública, disse que: não podia despedi-los; não valia a pena reformá-los porque continuariam a receber do Estado através da Caixa Nacional de Pensões; só restava esperar que fossem morrendo? A demagogia, para ele, não tem limites. É preciso ter lata!

domingo, 16 de janeiro de 2011

NOTÍCIAS E FUTEBOLICES

Bem se sabe que o futebol, além de muitos interesses, envolve multidões e capta a atenção de muitos portugueses (e não só, bem sei). Convenhamos, porém, que abrir o Jornal da Uma, na RTP, com a notícia da demissão do presidente do Sporting e dedicar ao assunto 15 minutos - quinze -, é seguramente um exagero que não alcanço. O facto era justamente o FACTO do dia, merecedor de abertura, com reporter deslocado a Alcochete, com entrevistas e tudo? Valha-me Deus para os critérios do alinhamento da informação da RTP!

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Coitadita da Senhora; Ou será demagogia?

Hoje em Viana do Castelo, Cavaco Silva ouvia uma idosa que se queixava da vida e dizia ter sido professora. Num acto ternurento (é só fachada!) Cavaco Silva, com um braço pelos ombros da sua Maria, revela aos presentes que esta recebe como reforma de professora menos de 800 euros. Coitadita da Senhora, pensei eu já cheio de pena! Como consegue viver com tão pouco? Mas..., depois lembrei-me que, mesmo assim, ganhava duas ou três vezes mais que muitas outras Senhoras reformadas, de quem o seu Aníbal nunca se lembrou durante os dez anos em que foi primeiro-ministro e numa altura em que vinha para Portugal muito dinheiro da União Europeia. Lembrei-me, ainda, que à volta de oitocentos euros ganha uma professora contratada no início da carreira, e que algumas professoras, entretanto reformadas, com uma carreira considerada normal, auferem de reforma à volta de duas vezes e meia mais do que o valor da reforma da Drª Maria. Quer dizer, então, que a reforma da Srª Cavaco Silva ou é um caso de reforma antecipada, com muita penalização, ou um caso de reforma com um número de anos de serviço muito inferior ao que é normal. De qualquer modo, não é um caso de "reforma coitadinha". Serviu, isso sim, para o candidato fazer demagogia em campanha eleitoral.

FALTA DE MEMÓRIA

O homem que nunca tem dúvidas e raramente se engana, não recorda onde registou (o registo não aparece) uma moradia que mandou construir no Algarve, num lote adquirido por permuta (!), não se sabe bem a quem. Dado que também não se recorda do nome das empresas ("com nomes esquisitos em inglês") em que tem aplicados algumas poupanças do seu míero vencimento, o homem está a perder qualidades. Se é que ainda não tem dúvidas e raramente se engana, terá que reconhecer que está a perder a memória, o que não é nada bom. Bem sei que tem tudo registado no seu diário, mas este não está assim tão acessível a todos os chatos coscuvilheiros da praça.

A CRISE CHEGA A TODOS

A crise não poupa ninguém. Nem sequer a Holanda. Até as prostitutas holandesas, cuja profissão é reconhecida há muito, vão passar a pagar impostos. Ignoro qual a base de tributação, mas receio que pague a justa pela pecadora, como sucederia se fosse em Portugal. Como, porém, a Holanda não é Portugal, hão-de encontrar um método justo. Talvez o dos sinais exteriores da riqueza, sei lá.

O HOMEM DO LEME, DE NOVO?

Cavaco quer ser reeleito para que 'o País encontre o rumo certo'. Vai voltar o homem do leme por interposto Passos Coelho? Este afirma que aquele "está em grande forma"! Livra!!!

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Que grande incoerência

O dia de ontem era tido como um dia fundamental para as finanças de Portugal, já que ia ser colocada no mercado financeiro uma emissão de dívida pública, à volta de mil e trezentos milhões de euros, de cujo sucesso ou insucesso dependeria a quase obrigação de recorrer à ajuda do FMI, o que para os políticos da Oposição era quase uma humilhação, da qual o Governo seria o responsável. Até Passos Coelho já teria uma garrafinha de espumante (perdão, champagne - provavelmente "Dom Pérignon" - já que o homem é fino e não bebe qualquer coisa), para festejar o insucesso. Também o candidato Cavaco (ou o presidente?) estava espectante e, lá no fundo, à espera da tragédia. Se não vejamos: Questionado a pronunciar-se se já teria informações de como estaria a correr a operação, Cavaco Silva disse que sendo economista lhe estavam a chegar informações dos mercados; que as notícias iam sendo boas mas..., era preciso e importante saber quem estava a comprar. Só depois se poderia falar de sucesso. Ah, grande incoerência! Então põe reticencias sobre estas transacções, enquanto não souber quem compra, mas as suas poupanças entregou-as aos bancos e..., "seja o que Deus (ou o Oliveira e Costa?) quiser. Tomei nota!

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Exige-se firmeza do Estado

Conforme noticiado, o Fisco pretende cobrar aos clubes de futebol 35 milhões de euros (!) de dívidas. Esperemos, ou melhor, exigimos que seja firme nestes seus propósitos e não desista de atingir o seu objectivo, venham donde vierem as pressões. Está na hora de o futebol deixar de ser "um estado dentro do próprio Estado" e de não obedecer a algumas leis, quando lhe convém. Seria um escândalo, ou até mesmo uma afronta a muitos portugueses que, nesta altura de sacrifícios, o futebol continuasse a não cumprir com prontidão as suas obrigações fiscais. De certo que os portugueses pobres e aqueles que caminham para a pobreza, a quem têm sido cortados ou diminuidos certos subsídios sociais e comparticipações nas despesas com a saúde e educação dos filhos, se sentiriam muito mal ao verem condescendência para com um sector da sociedade que movimenta milhões de euros e que paga ordenados milionários e mordomias a jogadores, dirigentes, árbitros, outros farsantes (e outras!). Ah! E onde se estraga tanto dinheiro.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

É bom ver reconhecido o sucesso de um português

José Mourinho foi hoje considerado o melhor treinador de futebol do mundo. Pode não se gostar das suas posturas em certas alturas, mas é indiscutível que o prémio lhe foi atribuído com toda a justiça. Mesmo treinando grandes jogadores não se ganha, ou quase se ganha, por quase todos os sítios por onde se passa. Parabéns pois a José Mourinho.
Ah! Apesar de saber exprimir-se, e bem, em várias línguas, incluindo o inglês, língua mais usada na FIFA, Mourinho fez questão, e referiu-o, de falar em português. Só lhe ficou bem.

SOS

As manifestações de alunos, pais e professores de estabelecimentos de ensino particular, frente a Cavaco Silva, desenhando e proclamando SOS, cheiram-me a encomenda. Ou estarei errado?

sábado, 8 de janeiro de 2011

O grande negócio foi na compra, não foi na venda

Afinal, conforme é hoje notícia na Comunicação Social, o grande negócio de Cavaco Silva com as acções da SLN foi na compra, não foi na venda.
Como já é público, para realizar um aumento do seu capital, a SLN emite acções e fixa três categorias de preços: 2,2 euros para investidores identificados (entre os quais Dias Loureiro), 1,8 euros para os já accionistas, e 1 euro destinadas apenas e excepcionalmente para três sociedades do grupo e para ... Oliveira e Costa. Sem se saber ainda como, meses depois Cavaco Silva compra acções a este valor (muito mais baixo do que o valor definido para os já accionistas!). Quem lhas vendeu? Era bom que se soubesse. Só Oliveira e Costa e as tais três sociedades do grupo (por ele controladas e geridas) o poderiam fazer sem perder dinheiro, mas também, sem ganhar algum. Caso contrário quem seria o "bom samaritano" que para cair nas graças do Senhor professor o presenteava com milhares de euros? Não estou a ver. Portanto, ainda há muito para esclareser sobre este assunto.
Ah! Marques Mendes deve ter razão. É natural que tenham sido vendidas acções por valor superior ao valor de venda das de Cavaco Silva. Pudera! Também as compraram por mais do dobro do dinheiro. Bom, será que agora vai aparecer Marques Mendes a anunciar que há quem as tenha comprado ao "preço da uva mijona"? Eu sei lá!

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

"Só fala de orelhas quem é orelhudo"

Há um velho ditado popular que diz: "só fala de orelhas quem é orelhudo".
Esta expressão "aplica-se que nem uma luva" a Manuela Ferreira Leite, quando disse na cerimónia comerorativa dos nove anos de Rui Rio na Câmara do Porto que "a classe política está desacreditada".
Querendo, como sempre, imitar o seu amigo Cavaco Silva, resolveu dizer mal da classe política da qual faz parte. Até parece que nunca ocupou cargos políticos relevantes. A senhora só foi: secretária de estado e ministra de Cavaco Silva; líder do grupo parlamentar do PSD; ministra de Durão Barroso e líder do partido, tendo, há pouco tempo, disputado eleições que, em caso de vitória, a levariam a liderar um Governo. É Pouco? Parece que não. Só pode estar ressabiada com quem a conduziu à porta da rua.

A entrevista do nosso "Tiririca"

Num Estado de Direito democrático, todos os cidadãos têm os mesmos direitos. Por isso a RTP, enquanto televisão de serviço público, tem que tratar todos os candidatos às eleições presidenciais de modo igual. Por isso, José Manuel Coelho - o candidato da Madeira - foi hoje entrevistado pela jornalista Judite de Sousa no canal 1
Conclusão: também temos o nosso candidato Tiririca, cujo objectivo não é apresentar aos cidadãos qualquer projecto político alternativo mas, tão só, aproveitar a ocasião para insultar e fazer escárnio dos políticos, recorrendo a graçolas e expressões demagógicas que caem bem sobretudo a quem se sente injustiçado pelos poderes do Estado.
Infelizmente, os sistemas democráticos estão sujeitos a isto!

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Que grande incomodidade!

É visível a incomodidade de alguns actuais altos dirigentes do PSD em falarem do negócio das acções da SLN/BPN que renderam a Cavaco Silva, em mais ou menos dois anos, um lucro de 140%!
Vi na SIC-Notícias um debate, ou melhor, um frente-a-frente, entre Luís Fazenda, deputado do Bloco de Esquerda e Miguel Relvas, Secretário Geral do PSD. Este, barafustava por todo o lado e praticamente não deixava falar o seu interlocutor. Limitava-se a repetir que estão a levantar uma calúnia sobre Cavaco Silva, que é uma pessoa honesta, acima de todas as suspeitas, etc, etc ..., e que o fazem para tentar inverter o sentido de vitória das candidaturas. Mas a ira e raiva com que falava, dizia tudo sobre a sua grande incomodidade.
Já à tarde, na Assembleia da República, o líder parlamentar do PSD, Miguel Macedo, teve o mesmo comportamento, quando contestou uma intervenção de Francisco Louçã.
Já agora: pedir a alguém que ocupa um alto cargo político que diga com quem negociou acções que lhe renderam lucro fabuloso em dois anos, não é insulto. Insulto é sim chamar cobarde a quem lho pediu.
Volto a perguntar: porque é que Cavaco Siva não responde a uma pergunta tão fácil?

MAIS UM CASO BPN?

Ouvi há instantes que Manuel Alegre terá feito publicidade ao BPP uma ápoca em que legalmente o não poderia ter feito, por ser deputado, ao que me pareceu.
Mais um caso BPN?

MEDIDAS CAUTELARES

Centenas de providências cautelares vão ser metidas nos tribunais para suster a descida dos vencimentos na função pública, o que sou capaz de entender, mas cujo resutado me palpita vir a ser nulo. Uma pergunta, porém, me ocorre: quais vão ser os custos e as custas, e quem vai ganhar com a coisa? Palpita-me que os sindicatos (e os advogados dos ditos) vão cobrar a sua comissãozinha à conta, não? Os cofres devem estar depauperados, pelo que até convém que a medida seja tomada em todos os concelhos do País e por todos os sindicatos da FP. Quantos mais, melhor.

HÁ TIPOS CURIOSOS

Cavaco, há tempos, foi à Madeira em visita oficial. Como o tio Alberto não abriu a Assembleia Regional (terá perdido a chave?), teve que receber os partidos da oposição regional num quarto de hotel. (Abro um pasêntises: não recordo se todos os partidos foram ao beija-mão; por mim, teria dito: muito obrigado, fica para melhor oportunidade).
Agora, em pré-campanha, regressou e, como sempre (salvo nos tempos do 'senhor Silva'), o tio Alberto levou-o a beberricar umas ponchas ao som do cavaquinho. Nada a objectar.
Só que, o senhor Silva (o tio Alberto dixit), ido aos Açores em idêntica função de pré-candidato, nem sequer teve a gentileza de avisar o César da sua visita às Ilhas. Não terá curado ainda a azia do Estatuto Regional (caso em que, aliás, eu concordava com Cavaco, diga-se)?
Curioso, este Cavaco Silva, presidente de todos os portugueses. (Outra redundância, esta de "presidente de todos os portugueses", de que se usa e abusa).
Poupem-me a redundâncias e inutilidades e expliquem-me ao que vêm, por palavras que eu entenda e sem subterfúgios de qualquer natureza. E, já agora, que diga que nada fez de errado na compra-venda das acções, antes pelo contrário, já que como bom chefe de família procurou obter um lucro lícito num negócio com terceiros, maiores e vacinados. Não seria mau, também, que explicasse aquela "coisa" das escutas ao seu telefone (e telemóvel?) e o "assalto" ao seu e-mail. Terá dido alguém a soldo da Wikileaks?

A CRISE E OS AUTOMÓVEIS

Interroga-se o 4-pereiró sobre as vendas de automóveis no final de 2010. Pois não foram só automóveis: o mesmo aconteceu com as motos e as moto-quatro. Razões? Por mim, não tenho explicação definitiva. Haverá, contudo, várias explicações parciais possíveis. A subida do IVA é uma delas, tal como a extinção do incentivo fiscal para abate. Quem (classe média) estava a precisar de novo veículo, antecipou-se e poupou algumas centenas de euros, que podem vir a fazer jeito.
Os vendedores, por sua vez, desenvolveram campanhas agressivas na imprensa e na televisão, com garantia de crédito. Que faz um cidadão? Vai a correr, antes que seja tarde, até porque não sabe o que o espera. Porquê aguardar por sapatos de defunto? Depois, logo se verá, e enquanto o pau vai e vem, folgam as costas.
Quanto aos automóveis de gama superior e motos, a razão deverá radicar na poupança de alguns milhares de euros, por via do IVA, que irão ser gastos noutra coisa qualquer. A esses, a crise não vai tocar.
Nada de espanto, portanto.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Ataques ou pedidos de esclarecimento?

Demonstrando um nervosismo exasperado a candidatura de Cavaco Silva e o próprio candidato, acusaram o adversário político Manuel Alegre de fazer campanha suja, com ataques desonestos e cobardes. Ora, não se entende o porquê. O que Manuel Alegre quer e muitos portugueses também querem é que Cavaco Silva responda, concretamente e sem subterfúgios e rodeios, a quem comprou e a quem vendeu as acções da SLN/BPN de que foi titular e que lhe renderam um lucro fabuloso. Nada mais do que isso. Ninguém o está a acusar de qualquer negócio ilícito ou fraudulento. Cavaco Silva não é um cidadão comum. É ainda o Presidente da República e candidato a voltar a sê-lo. Por isso, deve esclarecer qualquer negócio invulgar em que se viu envolvido, mesmo que o tenha feito de boa fé. Não é lícito saber porque razão não achou esquisito ganhar tanto dinheiro, em tão pouco tempo, na transacção de acções? Todos nos lembramos do primeiro-ministro que nos anos oitenta alertou os portugueses para não comprarem "gato por lebre", numa altura em que se faziam bons negócios na Bolsa, mas com lucros percentualmente mais baixos do que o dele. É altura de não fugir à questão, como sempre faz.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

A crise não é para toda agente

A palavra crise foi de certo uma das palavras mais pronunciadas em 2010. Por isso, não era previsível que a vendas de veículos automóveis, sobretudo ligeiros de passageiros, subissem tanto - cerca de 39% relativamente ao ano de 2009. Acabou por ser o melhor ano de vendas nos últimos oito anos, ou seja, é preciso recuar ao ano de 2002 para se encontrar um ano com vendas superiores às de 2010. Previsível seria que diminuissem as vendas de bens de consumo que não são de primeira necessidade, como os automóveis. Mas compreende-se, e até se justifica, esta inversão de comportamento dos consumidores no que diz respeito aos automóveis de gama baixa ou média, atendendo aos incentivos à compra dados pelas marcas, apoiados na mais que certa subida de preços, por via do aumento da carga fiscal e não só. Por isso Dezembro de 2010 cresceu mais de 60% relativamente a igual mês do ano anterior.
Agora, o que não se compreende (ou talvez sim) é a anormal subida de vendas de carros topo de gama, as quais bateram até recordes em relação aos últimos anos, acima até das vendas de 2002. Entre outros, venderam-se mais Lamborghinis, Mercedes (mais 31%) e Porsches (mais 88%!). Como é possível? Isto só prova que a crise não é para toda a gente.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

POR ESSES CAMINHOS FORA...

O senhor Silva (Jardim dixit) já se encontra em campanha "oficial", precisamente nas terras do dito Jardim.
Bons bailinhos e melhores ponchas...

Claro..., foi mal interpretado

Num dos debates televisivos da pré-campanha, Cavaco Silva acusou a actual Administração do BPN de não ter sido capaz de recuperar o banco do enorme "buraco" financeiro ocasionado pela gestão da anterior Administração. E até, servindo-se da mais primária demagogia professoral, comparou o insucesso daquela gestão com o sucesso da recuperação de bancos ingleses, também nacionalizados. Comparação absurda, atendendo às diferenças entre os dois mercados financeiros e, sobretudo, à natureza do bancos. O BPN nasceu da ganância de gente bem ligada à política (e a Cavaco Silva) que quizeram ganhar muito dinheiro e rapidamente.
É evidente que esta acusação de Cavaco Silva foi muito criticada, até mesmo por pessoas da sua candidatura. E criou uma polémica.
Questionado a comentar estas críticas, Cavaco Silva, como de costume, mandou as culpas para os outros. Segundo ele, foi mal interpretado no que disse; mais, "houve uma deturpação" da sua resposta a uma pergunta que lhe foi feita num debate. Mais uma vez ..., a culpa da polémica não foi dele.
Mas pior; para que não se pensasse que estava a atacar amigos, apontou na direcção do Governo e toca a dizer que a diferença estava no facto de as administrações nomeadas em Inglaterra eram profissionais e a tempo inteiro e a nomeada para o BPN era uma administração em part-time. Ora, já veio a Administração da Caixa Geral de Depósitos, entidade a quem o Estado entregou a gestão do BPN, após a nacionalização, explicar que quatro dos sete administradores o são a tempo inteiro. E perante isto há que questionar: o que pretende Cavaco Silva? Diz que a anterior gestão é caso de justiça, mas nunca lhe ouvi criticar os seus amigos. Porquê? Merecemos uma explicação.

sábado, 1 de janeiro de 2011

CHEGOU O ANO 2011

A TODOS OS AMIGOS, DIRECTA OU INDIRECTAMENTE LIGADOS A ESTE BLOG, DESEJO UM BOM ANO DE 2011, SOBRETUDO COM MUITA SAÚDE