quinta-feira, 10 de outubro de 2013

A (desgraçada) entrevista

Confesso que ontem pensei várias vezes se deveria ver ou não ver a entrevista a Passos Coelho na RTP, com o nome de “O País pergunta”. Já não tenho paciência para ouvir o primeiro-ministro a dizer tantas mentiras e a faltar ao respeito aos portugueses. Mas, atendendo a que era um modelo diferente e até importado, resolvi ver, embora saiba que a nossas televisões são fracos macacos de imitação no que diz respeito a modelos televisivos.
Devo dizer que não fiquei entusiasmado com o tipo de programa. Preferia uma entrevista com três ou quatro jornalistas a interpelar o primeiro-ministro tendo em conta perguntas previamente feitas por alguns cidadãos.
Quanto à entrevista propriamente dita e ao comportamento de Pedro Passos Coelho, nada de novo. Lá veio a ladainha do costume: é preciso mais austeridade para diminuir o défice e a dívida pública, independentemente do empobrecimento dos portugueses. Passos Coelho, com ar altivo de quem está num pedestal a falar para gente menor, a quem trata pelo nome próprio apesar de o tratarem a ele por senhor primeiro-ministro (se calhar andaram todos com ele na escola), fez profissão de fé de que vai continuar o caminho por ele traçado: austeridade, austeridade e mais austeridade. E se falhar…, o país falha com ele.

Como é possível estarmos a ser governados por um tipo destes? Até quando?

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