segunda-feira, 6 de junho de 2011

AS LISTAS DE DEPUTADOS

Não sei bem em que medida a lista dos candidatos a deputados por cada um dos círculos eleitorais tem influência no voto. Creio que será próxima do zero, pois desde há muito (desde sempre?) que "votamos" para o primeiro-ministro. Quantos eleitores saberão qual o cabeça de lista do seu distrito, mesmo o do "seu" partido? E qual o segundo ou terceiro? Uma minoria, quero crer, só mesmo os "aficionados" o saberão. E a culpa é toda de todos os partidos, onde, na campanha, só brilha o dirigente máximo. Nas habituais arruadas lá vai o cabeça de lista do distrito ao lado do líder, mas nem sempre fala e diz ao que vai.
E quem é que os partidos incluem nas listas? Para além dos paraquedistas, salvo raras excepções, e para os primeiros lugares, são os que "prestam bons serviços" aos dirigentes locais que os impõem à liderança. Depois, temos um parlamento de média/fraca qualidade e onde apenas falam e mostram trabalho dois ou três deputados. E a coisa é ainda mais grave quando o partido ganhador vai ao parlamento buscar deputados para o governo ou para elevados cargos do Estado. Sou dos que defendem que o cargo de deputado deve ser aliciante para quem se sentir capaz e queira prestar digno serviço ao país. E dignamente remunerado, com regras claras, sem senhas e subsídios os mais diversos, não permitindo, por outro lado, que o cargo seja um trampolim para os negócios dos seus escritórios, para onde se deslocam após assinar o ponto.
A abstenção, sempre crescente, não terá a ver, também, com este tipo de coisas? E não seria tempo de responsabilizar cada um dos "nossos" deputados?

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