sábado, 25 de junho de 2011

SINAIS

Loas foram tecidas e trombetas soaram pelo facto de o primeiro-ministro ter voado para Bruxelas em classe económica e de se comprometer que assim sempre será em vôos até 2 horas. "É um sinal", dizem uns quantos, ufanos, quantos deles com carros de alta cilindrada do Estado, é claro, e conduzidos por um dos muitos motoristas ao seu dispor. Pois, por mim, 2 ou mais horas que dure o vôo, prefiro que o primeiro-ministro viaje com o maior conforto e reserva possíveis, revendo, com os assessores que costumam acompanhá-lo, as intervenções/discussões objecto das viagens, sem ter que sentir alvo da atenção dos restantes passageiros da cabine. A executiva é mais cara? Pois seja, mas a dignidade do cargo e das funções têm um preço, que ninguém regateia, julgo.


O primeiro-ministro não tem que se fazer transportar num Rolls Royce, mas ninguém quererá vê-lo a conduzir, ele próprio, um Fiat 500, mesmo de ou para Massamá. Eu não quero.


Mas o mais caricato, é que, afinal, não há poupança nenhuma. Por razões que desconheço, o primeiro-ministro (mas não só), quando viaja na TAP, não paga bilhete, apenas os custos acessórios, sendo a transportadora a suportar o custo da viagem.


A ver se entendo: a TAP é do Governo ou é uma empresa, pública que seja? Quem nela viaja, seja até o Presidente da República, deve pagar o preço normal, e o orçamento do organismo requesitante deve suportar o respectivo custo. De outro modo, falseiam-se os resultados da TAP e os encargos dos organismos que utilizam os seus serviços.


Passos Coelho poderá não ter sido ouvido nem achado neste "incidente", mas é lamentável o "barulho" feito à sua volta.


Senhor primeiro-ministro: mude a lei, passe, obrigatoriamente, a viajar em executiva e o seu gabinete que pague o preço à TAP, como deve.


A Bem da Nação.

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