sexta-feira, 15 de julho de 2011

As baixas policiais

Já foi tratado neste blog a estranha coincidência de pelo menos vinte e nove polícias da esquadra do Bairro Alto terem metido baixa (assim noticiam vários órgãos de comunicação social), imediatamente a ser conhecida uma sentença do Tribunal Criminal de Lisboa, que condenou a quatro anos de prisão efectiva dois agentes que terão agredido um jovem alemão.

Não posso perder esta oportunidade para fazer um apelo ao Bastonário da Ordem dos Médicos, no sentido de tomar posição sobre esta mais que estranha coincidência de adoecerem quase metade dos efectivos de uma esquadra de polícia. E, para lá de estranha, esta coincidência é referida pelos jornalistas como sendo um acto de "solidariedade com dois colegas condenados a prisão por agressões em esquadra de Lisboa". A ser assim, somos levados a pensar que todos ou quase todos aqueles polícias faltosos estavam tão doentes quanto estavam os outros seus colegas que se apresentaram ao serviço. O próprio presidente de um dos sindicatos da polícia veio lamentar a "posição extrema a que se chegou" e veio dizer que a pena aplicada aos agentes condenados é muito dura quando comparada com outro tipo de sentenças relacionadas com casos mais graves. Daí poder entender-se que as baixas não são mais do que actos de protesto levados a cabo com a conivência dos médicos que atestaram as respectivas doenças. Está, então, em causa um acto médico absolutamente condenável. É preciso acabar com estas situações e credibilizar, de uma vez por todas, os atestados médicos.

E o que diz o senhor ministro da Administração Interna? Não é a primeira vez que uma situação destas ocorre na PSP. Intolerával. É preciso tomar medidas.

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