O Senhor Presidente da República e o Senhor Governador do Banco de Portugal participaram num torneio de golfe, intitulado "5ª. Taça de Golfe Portugal Solidário", evento destinado a angariar fundos para uma Associação de Portadores de Trissomia 21. É de louvar que o nosso Venerando Chefe de Estado e o Governador do nosso Banco Central tenham participado numa iniciativa que lhes serviu de motivo para apelarem à solidariedade, mas extravasaram a importância do Golfe, quer quanto à importância que tem nas férias dos portugueses, quer quanto ao que tem na recuperação da nossa economia. O Golfe, senhores Presidente e Governador, não é um desporto praticado pelo comum dos portugueses. Bem pelo contrário, praticá-lo só é acessível aos portugueses de maiores recursos financeiros (dizendo doutro modo: é um desporto para ricos). Daí aproveitar um evento de Golfe para apelar aos portugueses para que sejam solidários com os que se encontram em situações de sofrimento, parece-me despropositado. Mas pior, parece-me ter o senhor Governador ter dito que este desporto deve ser valorizado para combater o desemprego e reforçar a solidariedade. "São dois vectores importantes da acção social e da acção política", disse. Já agora, digo eu, subam já o IVA do golfe para 23%; e quando mexerem nas taxas do IVA criem uma especial de 35% para o Golfe; A diferença entre as taxa normal e a especial a criar, reverterá para instituições de caridade. Acham bem?
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