19 autarcas do Marco de Canavezes, entre presidentes, secretários e tesoureiros de juntas de freguesia do concelho, foram condenados a 3 anos de prisão, embora com pena supensa, por terem disponibilizado uns dinheiros das respectivas autarquias para a compra de um relígio de ouro oferecido a Avelino Ferreira Torres, além de terem de devolver as importâncias desviadas.
O crime de peculato pelo qual foram condenados, tem alguma gravidade, já que se trata de uso indevido de dinheiros públicos. Só que eu gostava de ver aplicada a lei em apreço em casos de muito maior gravidade, em que os prevaricadores têm plena consciência dos actos o que, receio, não tenha acontecido no caso presente, e em que os valores envolvidos são de maior monta. A maior parte daquela gente não tem plena consciência do acto. Alguém mais esperto lhes diz: "e se as juntas oferecessem um relógio ao nosso presidente, pelos seus anos"? E se algum pusesse em causa a legalidade da coisa, logo lhe poderia ser replicado: "levas isso a despesas de representação ou a ofertas", ou coisa parecida, podendo acrescentar : "não há nenhum problema".
Embora não conheça a prova provada, creio que, neste caso, a justiça exagerou.
Nota - não tenho qualquer ligação ao concelho nem conheço nenhum dos intervenientes, salvo e apenas de nome, como toda a gente, de Ferreira Torres.
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