Os
grandes vencidos da noite foram: Luís Filipe Menezes, Fernando Seara e António
Parada.
Luís
Filipe Menezes foi, sem qualquer dúvida o maior vencido da noite. Entrou
triunfante na campanha. Falava já num programa para doze anos, ou seja, os três
mandatos que a lei lhe permitiria governar, caso contrário governaria o Porto
…, até morrer? Afinal, teve uns miseráveis 21%. Que bazófia quando o
confrontaram, a dois ou três dias das eleições, com uma sondagem que dava
empate técnico entre os três principais candidatos! Ele, o todo poderoso
Menezes, tinha sete sondagens (só?) que lhe davam a vitória. Como ele se
enganou; ficou em terceiro! Menezes representou, como candidato à Câmara do
Porto, o que de pior há na política: O populismo primário. De tal ordem que nem
sequer deu conta que estava a insultar a inteligência dos cidadãos. Que lição
que o povo do Porto lhe deu! Mas, atenção. Menezes é vingativo. Assente a
poeira, vai arranjar culpados da sua derrota e vai-lhes apontar “as armas”.
Outro
grande vencido da noite foi Fernando Seara. Não basta apresentar-se ao povo de
Lisboa como sendo o careca do Benfica. O povo esperava estratégias coerentes e
não demagogias baratas, como livros e estacionamentos à borla. Pouco mais de
22% em coligação PPD / CDS é um desastre.
Finalmente
falo da humilhante derrota de António Parada em Matosinhos. É, sem qualquer
dúvida, uma derrota pessoal. Uma derrota de alguém que para atingir as suas
ambições pessoais (se calhar um sonho desde menino) não hesitou em atropelar as boas práticas
democráticas, tomar o aparelho local do partido e depois apresentar-se dizer …,
meus senhores, agora sou eu! O outro que se lixe. E não me venham com a treta
das primárias. Pois, ganhar uma votação (ou mesmo eleição) dentro duma
estrutura local dum partido, onde só votam aqueles que pagaram as quotas ou que
lhas pagaram, não são primárias. Por isso António Parada ganhou na concelhia,
mas perdeu no concelho, apesar de ter a máquina do partido ao seu dispor e o
apoio pessoal do líder António José Seguro. Este poderia e deveria ter evitado
a derrota do PS em Matosinhos, mas não teve coragem para impor a sua autoridade
de líder.
2 comentários:
Subscrevo.
os tribunais concederam-lhes a oportunidade e o povão deu-lhes nos coiros...justiça popular...
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