Já
bastava o que nestes últimos dias tem sido noticiado sobre o relacionamento de
Miguel Relvas com o ex-espião Silva Carvalho e, também, sobre as alegadas
pressões e chantagem a jornalistas do jornal Público, para concluirmos que
Relvas está enterrado no lodo até às orelhas. Mas o que hoje se podia ler em
quase todos os jornais e ouvir e ver nas rádios e nas televisões, dá para concluir
que até as orelhas já não se vêm. Ah, e pelos vistos a promiscuidade com o
espião já tinha começado antes mesmo das eleições, no pressuposto de que o PPD
iria ganhá-las e formar governo, o que diga-se até era previsível, mas era absolutamente
reprovável. Dá para questionar: Como é que Relvas pactuou quando, pelo
contrário, tinha obrigação de desmascarar a atitude de Silva Carvalho e dar
conhecimento à Procuradoria Geral da República?
Mas,
se estes casos a que Miguel Relvas está ligado, quer o caso das secretas, quer
o caso das pressões a jornalistas do Público, lhe retiram a credibilidade
política, o que dizer do facto de ter mentido ao Parlamento? Vem o ouvimos
dizer: não, não…, e não. Afinal, concluímos agora que devia ter dito: sim, sim…,
e sim. É grave que o coordenador político do Governo, como ele vaidosamente se
intitulou, minta ao Parlamento. Nada disto pode, ou deve, ficar impune.
Temos
um Presidente da República que se preocupa mais com ele do que com as
obrigações que jurou cumprir, mas desta vez não pode assobiar para o lado.
Perante estes reles acontecimentos tem que agir e rápido.
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