Os
portugueses, sobretudo os da classe média e os de menores rendimentos, estão a
contas com uma austeridade cega, que os empobrece de dia para dia. Pois bem,
apesar do aumento das taxas de IVA para produtos alimentares, alguns deles de
primeira necessidade, do aumento brutal
das taxas moderadoras, dos aumentos desmesurados dos transportes públicos,
incluindo os passes sociais, dos cortes nos subsídios sociais, nos vencimentos
dos funcionários públicos, nas comparticipações dos medicamentos e nos
subsídios de férias e de Natal, o défice do Estado atingiu nos primeiros quatro
meses do ano os 3,05 mil milhões de euros. Ou seja subiu, e muito,
relativamente ao défice homólogo do ano passado que foi de 2,45. Parece um
contra senso, mas apesar do aumento das taxas dos impostos, as receitas fiscais
caíram 3% e a despesa corrente agravou cerca de 1%. Tudo isto consequência da
enorme recessão económica e do aumento brutal do desemprego, a que nos conduziu a
austeridade desenfreada destes talibãs que nos governam. Os portugueses têm
cada vez menos dinheiro, logo consomem menos. E, consumindo menos, o Estado arrecada
menos impostos, sobretudo os indirectos. Por outro lado, muitas empresas não se
aguentam. Umas fecham, outras reduzem ao pessoal e, logicamente, o desemprego
aumenta o que causa mais despesa em prestações sociais e aumento da pobreza. É
uma bola de neve, que não para de crescer se não for estancada. Será que
perante este quadro negro, Passos, Gaspar e quejandos vão mudar de atitude e
ouvir as vozes discordantes? Aguardemos e esperemos que sim. Caso contrário cairemos
na desgraça.
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1 comentário:
Aprendizes de feiticeiro e quem se f... é sempre o mesmo. A "receita" não resultou em lado nehum, logo não pode resultar em Portugal. Sem investimento, sem crédito, sem consumo, estão à espera de quê?
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