segunda-feira, 21 de maio de 2012

Quem não deve não teme; e o Relvas teme


Quando alguém é injustamente acusado de qualquer coisa que não fez, nega tê-la feito, como é evidente, mas dispõe-se a ser interrogado, investigado e a esclarecer tudo o que possa causar dúvidas aos outros, de modo a que se conclua que não fez mesmo aquilo e que, portanto,  a acusação é infundada. No fundo segue o velho ditado popular que diz: Quem não deve não teme.
O ministro Miguel Relvas está a ser acusado pelo jornal Público de ter feito pressões no sentido de não serem publicadas notícias relacionadas com o ex director dos serviços secretos e, pior ainda, de ter feito chantagem com uma jornalista, ao ameaçá-la com a divulgação na Internet de factos da sua pessoal. É uma acusação grave, como grave será se for verdade ou se ficarem dúvidas.
Como o Governo presta contas ao Parlamento, os partidos da Oposição querem ouvir o que Miguel Relvas tem a dizer sobre o assunto e, por isso, querem-no em audição no Parlamento. Era natural, pensei eu, que Miguel Relvas seguisse o tal princípio do “quem não deve não teme” e se dispusesse logo a ir prestar contas aos deputados. Mas não, várias figuras (algumas delas figurinhas) do PPD já disseram que o partido votará contra os pedidos de audição …, por não ser oportuno. Quer dizer, então , que Miguel Relvas teme; e se teme … “deve”, não éassim?

  

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