Numa
altura em que o nosso país enfrenta uma enorme crise financeira com incidências
sociais terríveis, com uma taxa de desemprego trágica a caminhar para os
dezasseis por cento, com o empobrecimento do país e de uma enorme percentagem
de portugueses, muitos dos quais viviam razoavelmente bem e agora estão no
limiar da pobreza, ficamos a saber pela Comunicação Social que os salários,
reportados ao ano de 2011, dos presidentes das empresas do PSI-20 subiram 5,3%,
enquanto o salário médio dos seus trabalhadores desceu quase 11%. A soma das
remunerações dos 20 presidentes foi de 17,6 milhões de euros, sendo que um
deles – Manuel Faria de Oliveira da Galp, pasme-se, recebeu 1.642.600 euros,
qualquer coisa como mais de 136 mil euros mensais, o que corresponde a mais de
duzentas e oitenta vezes o valor do salário mínimo. E nem é bom compará-lo com
aquelas pensões de velhice que rondam os 300 euros. Isto, meus amigos, é
obsceno!
Mas
estas empresas são privadas, dirão alguns. Pois são, mas quase todas elas, são
empresas de enorme importância estratégica para o desenvolvimento do país e
para os portugueses, ou são bancos que, pelas loucuras que fizeram e ainda
fazem, estão descapitalizados (em linguagem popular e brejeira, estão à rasca)
e querem “meter a mão no prato” dos dinheiros da troika.
Isto
dá para meditar: Em que é que a crise afecta estes tipos? Porque hão de ter
eles tudo e milhões de portugueses não terem quase nada? Um dia o povo
acorda e vai ser um sarilho.
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