Ninguém acredita que Miguel Macedo, ministro da Administração
Interna, não tenha falado com o demissionário (ou demitido?) director nacional
da PSP, Paulo Gomes, no dia da manifestação, mal deu conta que o assunto era
muito complicado. Relata hoje a comunicação social que ontem, quando Paulo Gomes
se deslocava para uma reunião do topo da hierarquia da PSP, em Vieira de
Leiria, recebeu via telefone um ultimato para fazer meia volta, regressar a
Lisboa e apresentar-se no ministério, pois o ministro estava desejoso de
vingança e se calhar frustrado por não ter havido “porrada”, e da boa, entre
polícias na escadaria do Parlamento.
Claro que o “sabidola” do Miguel Macedo já previa que,
sendo o superintendente Paulo Gomes um polícia cauteloso e sobretudo muito
ponderado nas suas acções, era fácil e rápido conseguir que o mesmo se
demitisse das suas funções de chefe máximo da polícia. E daí abrir-se a porta a
outro, mais dócil e predisposto a ser pau-mandado. Só assim se compreende que
para substituir Paulo Gomes não tenha sido escolhido Paulo Lucas, o número dois
da hierarquia da polícia, e sempre apontado como o seu sucessor natural, mas
sim, coincidência ou talvez não, um tal Luís Farinha, comandante da Unidade
Especial da PSP (os homens da “porrada”) que já foi chefe dos guarda-costas de …,
Cavaco Silva.
Pergunto: É coincidência, ou talvez não? Se não é
coincidência, é muito estranho, não acham?
Já agora; Miguel Macedo tutela o MAI há mais ou menos
dois anos e meio e já demitiu dois directores nacionais. Por este andar o
Macedo vai ter uma grande performance como ministro das polícias. Cá para mim,
o homem quer é ser o ministro da porrada.
1 comentário:
Pereiróamigo
Ministro das torradas é, se calhar, o que ele quer ser. Não das porradas das ruas; apenas nas que dá em Directores Nacionais.
Abç
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