Ontem realizou-se uma manifestação de todas as forças
de segurança, já considerada a maior de sempre.
Houve desfile e posterior concentração junto à
escadaria da Assembleia da República, como já vem sendo hábito neste tipo de
manifestações de protesto. Como de costume os manifestantes pediram demissão
(só podia ser do Governo) e entoaram algumas palavras de ordem mostrando a sua
revolta com as medidas de austeridade de que também são vítimas. Os ânimos
aqueceram e houve uma “invasão” simbólica, em meu entender, com os polícias
manifestantes a tirarem barreiras e a subirem alguns degraus da escadaria e os
polícias que garantiam a segurança – os não manifestantes – a pedirem calma e a
tolerarem o que ainda era possível tolerar. Tudo isto para que se sentisse o
estado de indignação das polícias portuguesas, e mais nada! E pronto, a
exaltação dos ânimos ficou por ali.
Mas – há sempre um mas –, gente de direita, sobretudo
dirigentes e deputados da maioria, mostraram hoje a sua frustração pois,
provavelmente, estavam à espera de mais um episódio dos “secos e molhados”,
como ficou conhecida uma manifestação de polícias, há vinte anos, nos tempos do
primeiro-ministro Cavaco Silva. Esta gente da direita trauliteira está sempre
sedenta de “porrada para cima da malta”. Se cascalhar, até que a malta se ponha
à porrada para cima deles. Bem, eu espero bem que não se chegue a isso.
1 comentário:
Espera que não se chegue a isso, o quê? Porrada nos coelhos e comandita? Só merecem.
É evidente que o chefe dos polícias só podia demitir-se, porque os seus homens não cumpriram, e bem, a sua missão. Mas vai sobrar para quem comandava a coisa, que não soube "impor-se", mandando arriar nos manifestantes.
Até a Assunção gostou, vejam só!
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